O Senhor é contigo poderoso guerreiro

Jz. 6: 12
Muitas vezes temos sido enganados por nós mesmos e nos posicionamos em cima do engano।। Mas, na maioria das vezes estamos sendo enganados pela nossa mente. Um dos significados para a palavra engano é ilusão. Permitimos que a nossa mente nos iluda, nos engane, com informações que são incompatíveis com a Palavra de Deus. Quantas vezes você já se pegou dizendo: “eu não posso, não consigo, não sei”. Quantas vezes o medo lhe impediu de realizar mais com Deus? Outras vezes vinha uma sensação de incapacidade terrível e você acabava desistindo de realizar coisas tão simples que, se contasse, poderia transformar-se em motivo de chacota. Porém, cada vez que você desistiu de fazer algo que Deus lhe pediu para fazer e deixou que sua mente lhe desse essas respostas, elas subiram ao trono de Deus. Será que foi Deus quem se enganou a seu respeito? Será que Ele estava investindo na pessoa errada? Será que a visão Dele estava embaçada naquele momento? Ou será que você é que ainda não havia percebido quem realmente é?

“Então, o Anjo do SENHOR lhe apareceu e lhe disse: O SENHOR é contigo, homem valente।” Jz. 6: 12

– A Bíblia não diz isso, mas eu gostaria de entrar no cenário do capítulo seis de Juízes e tentar pensar o que Gideão pensou no momento em que ouviu aquela saudação. Talvez sua mente o tenha levado a dizer coisas mais ou menos assim: “Hi! O sujeito viajou na maionese! Não me conhece! Não sabe nada a meu respeito! Como assim varão valoroso? Quem chamaria assim a um homem que está escondido do inimigo, moendo trigo no lugar em que se fabricam vinho? Não posso levar a sério essa saudação.
– Porém, algo de que precisamos nos lembrar é que quem afirma a nossa identidade é o nosso Pai. Gideão se esquecera disso, como nós muitas vezes também nos esquecemos. Mas Deus jamais se esquece! Se pudesse dizer que Deus pode ter fé, diria que Deus tem muito mais fé em você do que você tem Nele. Deus acredita em você! Quando o Pai afirma a nossa identidade Ele está apenas revelando aquilo que Ele vê em nós desde o dia no qual fomos criados na eternidade. O Senhor nos criou perfeitos para o Seu propósito. Por isso, quando Ele nos dá uma ordem, um comando, Ele sabe que podemos cumprir aquilo que nos foi ordenado, porque sabe quem somos. Há um pastor amigo meu que me chama de companheiro do caminho. Ele tem um casal de filhos. Certa ocasião ele estava instruindo ao seu filho sobre onde guardar a escova de dentes após a higiene. Então ele chamou o seu filho e lhe disse: “filho, quando você terminar de escovar os dentes quero que você coloque sua escova de dentes nesse lugar aqui no armário, está bem?” O filho dele olhou para o armário onde deveria guardar a escova e disse: “está bem papai.” Este ensino continuou por alguns dias e aquele pai continuava encontrando a escova jogada sobre a pia. Nosso irmão começou a pensar na possibilidade de disciplinar o filho por desobediência. Então, certa manhã os dois entraram para o banheiro para escovarem os dentes, pai e filho. Ao terminar, o filho de apenas quatro anos saltou duas ou três vezes para tentar colocar a escova no lugar, mas não alcançou o armário e saiu deixando a escova sobre a pia. Nosso irmão sentiu o coração pequeno dentro do peito e um nó lhe veio à garganta. Ele naquela hora começou a orar pedindo perdão a Deus por exigir do filho que ele colocasse a escova em um lugar que a criança não alcançava. O Senhor então falou com ele e disse: “– meu filho, algum dia eu já lhe pedi que fizesse algo que você não pudesse fazer?” A resposta foi rápida: “– não Senhor, o Senhor nunca me pediu algo assim. Mas, como eu devo agir agora com o meu filho?” O Senhor continuou dizendo: “– continue ensinando. Ele vai crescer e quando tiver altura suficiente para alcançar o armário ele vai se lembrar do que você lhe ensinou e colocará a escova no lugar certo.” O Senhor sabe quando pode nos dar uma ordem. Ele sabe quando estaremos prontos para cumpri-la.
– Embora o contato entre o Senhor e Gideão fosse tão íntimo, ele continuava a reafirmar o engano. Seu foco estava em quem era o inimigo e no que ele estava fazendo. Ele estava reagindo como se o inimigo fosse maior do que Deus. Ele dizia: “eu sou um desamparado! Coitadinho de mim, vítima de mim…” NÃO QUERIDO! NÃO É ISSO O QUE DEUS DIZ! O que Ele diz é: O Senhor é contigo homem valente! O Senhor jamais nos desampara! Gideão se esqueceu de que a nação pecou e por isso atraiu o juízo de Deus sobre si. Observando o texto de juízes, notaremos que o Senhor prossegue falando com Gideão como se ele tivesse recebido o entendimento e a revelação de sua identidade. O Senhor diz: Vai nessa tua força!
Gideão talvez tenha dito novamente: “Pirou de vez! Estou escondido dos midianitas, malhando o trigo no lagar e Ele me diz que sou forte?! Diz que eu devo livrar a nação. Enlouqueceu!
Uma das nossas dificuldades é que somos muito superficiais até em relação a nós mesmos. Mas, o Senhor nos conhece profundamente! Ele conhece a nossa substância! Gideão insistia em dizer: “como livrarei Israel?
– Minha família é a mais pobre, como poderei fazer uma obra tão grande? Não tenho dinheiro, como poderei fazer a obra? Como poderia sair para o campo? Amado, Deus não precisa do seu dinheiro para fazer a obra que é Dele! Se Ele lhe chamou, vá. Porque tudo o que você precisar chegará às suas mãos. É com você mesmo que Ele está falando!
– Minha tribo é a menor. Não tenho exército, cooperadores, intercessores, guerreiros, minha congregação é tão pequenina… Como farei a obra? Em 1Sm. 14: 6 lemos uma fala muito tremenda de um guerreiro. Ele entendeu que era o Senhor que trazia os livramentos e que ele só precisava posicionar-se corretamente, então ele declara: “para o Senhor nenhum impedimento há de livrar com muitos ou com poucos.” A questão não é o tamanho do seu exército, mas o tamanho do seu Deus!
– E eu sou o menor na casa do meu pai – sou jovem ainda, o Senhor tem um negócio com os primogênitos, eu sou o caçula. Envie outro no meu lugar, não sou capaz. O Senhor não chama os capacitados, Ele capacita os chamados! Deixe de argumentar com Deus! Assuma a sua identidade! Ele te saúda: “O SENHOR É CONTIGO VARÃO VALOROSO!” E se Ele te chama de varão valoroso é porque esta é a sua identidade!
Mais tarde, quando Gideão recebe a revelação de sua identidade, ele mobiliza um exército de trinta e dois mil homens. Foi necessária a intervenção de Deus dizendo, em outras palavras: “Acalme-se Gideão. Você já entendeu sua identidade, mas, se todos estes forem à guerra vão dizer que a vitória foi conquistada pela força do braço e não pelo meu poder.” Agora, com entendimento, Gideão ouve a voz do Senhor, recebe Suas estratégias e vê vitória sobre vitória, até o ponto dos seus compatriotas desejarem que ele reinasse sobre eles e ainda estabelecesse seus filhos como seus sucessores no governo de Israel. Ele, porém declara que o Senhor é quem deve dominar sobre o povo.
Paradoxalmente à atitude inicial de Gideão veremos outro personagem bíblico. Seu nome é Davi.
1Sm. 17: 31 a 51 conta parte da história de Davi e sobre como ele conhecia a sua própria identidade. Davi era um adolescente que presenciava os exércitos em guerra contra os filisteus. Mas, na sua postura vemos outra atitude. Percebemos aqui alguém que conhecia e assumia a própria identidade. Não se tratava de alguém cheio de dúvidas, incertezas, inseguranças. Mas, de alguém que mantinha estreito relacionamento com Deus e que por isso sabia exatamente quem era. Observando o texto de 1º Samuel aprenderemos algumas característica inerentes àqueles que conhecem a sua própria identidade.
1 – Aquele que conhece a sua identidade tem sempre uma palavra de conforto e de encorajamento;
2 – Aquele que conhece a sua identidade se apresenta para a batalha;
3 – Aquele que conhece a sua identidade terá sempre um testemunho de vitória pra contar;
4 – Aquele que conhece a sua identidade sabe que a sua força é proveniente de Deus;
5 – Aquele que conhece a sua identidade reconhece os livramentos do Senhor;
6 – Aquele que conhece a sua identidade tem a bênção da autoridade;
7 – Aquele que conhece a sua identidade sabe que tem uma vestimenta própria, não usa a roupagem de outro;
8 – Aquele que conhece a sua identidade sabe onde buscar e encontrar o Senhor, porque Ele é o autor da vitória;
9 – Aquele que conhece a sua identidade não se esquece das suas origens e do seu chamado principal;
10 – Aquele que conhece a sua identidade não leva em conta o desprezo dos homens, pois está em Deus;
11 – Aquele que conhece a sua identidade pode proclamar a vitória pela fé e exaltar o nome do Senhor;
12 – Aquele que conhece a sua identidade sabe que as suas armas não são carnais;
13 – Aquele que conhece a sua identidade não tem medo do inimigo, mas parte para cima dele;
14 – Um homem só, conhecendo bem a sua identidade, põe para correr um exército inteiro.
Quero ainda analisar outro personagem bíblico com o qual poderemos aprender um pouco mais. Seu nome é Acsa. Esta é uma daquelas pessoas que podem passar desapercebidas por nós. O nome de Acsa aparece rapidamente e depois desaparece na mesma velocidade. Mas, é tremendo perceber como Deus pode usar pessoas para nos ensinar. Bendita Acsa!
Jz. 1: 11
Acsa era a filha de Calebe. O seu nome significa: aquela que é capaz de correr na areia; aquela que não tropeça facilmente, aquela que tem os tornozelos fortes. Provavelmente foi uma mulher muito bonita.
1 – Ela era a motivação para que outros fossem à guerra em Hebrom. Calebe a ofereceu como prêmio, como presente àquele que conquistasse o monte Hebrom. E Otniel não pensou duas vezes antes de tomá-la por mulher.
2 – Ela recebe como presente de casamento a terra seca ( deserto ).
3 – Ela pede ao pai as fontes de águas e o pai lhe dá as fontes superiores e as fontes inferiores. A Bíblia diz: “os céus são os céus do Senhor, mas a terra deu-a Ele aos filhos dos homens”. A terra nós já temos, mas as fontes das águas precisam ser buscadas. Acsa buscou as fontes.
4 – Ela é um canal de prosperidade para a vida das pessoas com quem se relaciona. Otniel em Jz. 1 era um guerreiro, um conquistador. Em Jz. 3: 7 a 11 nós o vemos como um juiz e libertador de Israel – uma figura de Jesus. Acsa traz crescimento às vidas das pessoas.
Você não tem que ser uma Acsa. Mas, seria tremendo se você cultivasse as atitudes dela. Que tremendo se você fosse alguém que motivasse outras pessoas a continuarem a guerra e encorajasse essas pessoas até ver a vitória delas! Que tremendo seria se você puder ser aquela pessoa que se mantém de pé, correndo no meio do deserto! Que sabedoria você pode demonstrar e que riquezas pode alcançar se buscar as fontes das águas de Deus! Que pessoa abençoada você será se puder trazer crescimento às vidas das pessoas com quem você vier a se relacionar!
Sabe de uma coisa querido? Muitas vezes nós só queremos sugar o que os outros têm para nos dar. Muitas vezes nos relacionamos simplesmente por interesse. Não nos alegramos com a vitória dos outros, não nos importamos com as derrotas dos outros e vamos passando pela vida como se só vivêssemos para estudar, trabalhar, enriquecer, possuir. Não nos importamos em conhecer nem mesmo a nossa identidade. Mas Deus quer que você saiba quem você é! Ele deseja lhe dizer com que propósito você foi criado! Você não veio ao mundo apenas para passar por aqui. Deus tem um propósito tremendo em sua vida e Ele te criou para cumprir este propósito. Não aceite viver sem conhecer e cumprir este propósito. Não vale a pena! Deus lhe conhece e deseja que todo o seu potencial seja descoberto. Você não tem idéia do que Deus pode realizar em sua vida, através de sua vida e por causa de sua vida! Procure conhecer melhor a sua identidade. Isso é uma questão de sobrevivência nos dias em que estamos vivendo.
Sl. 134 – Nós somos aqueles que assistem na casa do Senhor nas horas da noite. Noite fala de trevas, fala dos dias nos quais estamos vivendo atualmente. Estes dias têm características que lhe são peculiares e requer estratégias peculiares:
1 – Vai alta a noite e as trevas são densas: nesse momento em que as trevas parecem poder ser tocadas precisamos da luz do Senhor, porque algumas vezes quando percebemos a chegada do inimigo ele já está muito perto de nós. Somos pegos como que de surpresa.
2 – O cansaço é grande: as pessoas já estão cansadas de ouvir bobagens dos púlpitos, já estão cansadas dos inconvenientes e das inconveniências. Estão cansadas das falácias que não resultam em nada. Estão cansadas de profecias que não se cumprem por estarem sendo proferidas pela boca de homens que não estão comprometidos com Deus.
3 – A desmotivação: ninguém quer fazer nada. Ninguém apóia nenhum projeto. Nem pense em estabelecer um projeto novo, dizem alguns. Não conte comigo, dizem outros. O certo parece ser errado e o errado ficou comum.
4 – O público: o público da noite é o povo que ninguém quer. São as prostitutas, os homossexuais, os viciados, os catadores de papel, os sem teto, os desabrigados, enfim.
Nós somos o povo do turno da noite. Somos chamados para amar os não amáveis. Somos chamados para ministrar a compaixão a estas pessoas. Somos chamados a olhar com os olhos de Deus. E Deus tem uma estratégia para o povo do turno da noite, como a que deu a Gideão. E a estratégia foi: quebra o cântaro, deixe a tocha brilhar e toque a trombeta. O Senhor está nos dizendo algo aqui:
– Quebra o cântaro: Ele quer que nos quebrantemos, nos humilhemos e nos arrependamos;
– Deixe a tocha brilhar: Ele deseja que brilhemos como luzeiros no mundo, que demos um bom testemunho;
– Toque a trombeta: Ele também deseja que proclamemos o evangelho do Reino, Sua Palavra.
No meio das trevas precisamos nos lembrar que Ele nos fez luz do mundo. Precisamos nos lembrar de que Ele já nos deu o comando para nos despertar porque a Sua luz já brilha sobre nós. Is. 60: 1 a 5.
“1 Dispõe-te, resplandece, porque vem a tua luz, e a glória do SENHOR nasce sobre ti. 2 Porque eis que as trevas cobrem a terra, e a escuridão, os povos; mas sobre ti aparece resplendente o SENHOR, e a sua glória se vê sobre ti. 3 As nações se encaminham para a tua luz, e os reis, para o resplendor que te nasceu. 4 Levanta em redor os olhos e vê; todos estes se ajuntam e vêm ter contigo; teus filhos chegam de longe, e tuas filhas são trazidas nos braços. 5 Então, o verás e serás radiante de alegria; o teu coração estremecerá e se dilatará de júbilo, porque a abundância do mar se tornará a ti, e as riquezas das nações virão a ter contigo.”

Você é sal da terra e luz do mundo. Assuma sua identidade e brilhe, salgue.

Que o Senhor lhe abençoe em nome de Jesus.

Transformados para transformar

trans.for.mar
v. 1. Tr. dir. Mudar a forma de; metamorfosear; transfigurar. 2. Tr. dir. Converter, mudar. 3. Pron. Converter-se. 4. Tr. dir. Dar nova forma a. 5. Pron. Tomar outra forma. 6. Pron. Disfarçar-se, dissimular-se. 7. Tr. dir. Alterar, variar.
trans.for.ma.ção
s. f. 1. Ato ou efeito de transformar(-se). 2. Metamorfose. 3. Modificação.

Pessoas transformadas são pessoas que passaram por um processo de completa mudança em suas vidas e que não viram mais a possibilidade de voltarem a ser o que foram antes. Toda transformação é radical e leva o indivíduo a ser totalmente diferente do que já fora antes. Em alguns casos essa transformação é imediata, em outros casos ela é processual. Mas, em todos os casos ela é radical. É improvável que uma pessoa transformada passe por nós sem nos afetar de alguma forma, sem nos chamar a atenção de alguma forma. Seu estilo de vida, seu desejo de compartilhar a maneira como vê o mundo ao seu redor, sua vontade que outros também cheguem à uma compreensão mais clara do propósito para o qual existimos e nos movemos, são a força motora que a leva a “tocar” tudo e todos à sua volta. Jesus é o nosso maior exemplo de transformação. Porém, precisamos olhar para Ele de uma maneira diferente. Ele era perfeitamente Deus e transformou-se em um homem, era perfeitamente santo e transformou-se em pecado, era todo “glória” e transformou-se em humilhação. Mas disse: “quando for levantado da terra, a todos atrairei a mim”. ( Jo. 12: 32 ) Jesus é o nosso modelo em tudo! Todas as transformações passam por Ele, porque sem Ele não há transformação. Ao longo do texto bíblico vamos encontrar muitos homens transformados, porém todos eles vieram de um estado desgraçado para a graça de Deus. Todos estiveram separados de Deus e vieram para uma vida de relacionamento com Deus. Todos estiveram muito embaixo, em abismos de trevas e subiram para a presença de Deus. Todos foram transportados “do poder das trevas para o reino do Seu Filho amado.” ( Cl. 1: 13 ) Apenas Jesus desceu de toda a Sua glória para habitar entre os homens. Apenas Ele foi transformado em vergonha para nos transformar em dupla honra, apenas Ele foi transformado em injustiça para que fôssemos feitos justiça de Deus, apenas Ele foi transformado em inimigo para que fôssemos feitos amigos de Deus. Apenas Ele trouxe cinzas sobre a Sua cabeça para que sobre a nossa fosse posto óleo de alegria. A Ele a glória para todo o sempre! Não há outro como Ele.
Há níveis diferentes de transformação e veículos diferentes que Deus usa para nos transformar. Quero citar apenas alguns deles:
O primeiro veículo é a Palavra
Paulo escrevendo aos Romanos nos instrui dizendo que a Palavra de Deus nos transforma enquanto renova a nossa mente. Ou seja, enquanto somos cheios com a Palavra de Deus, somos transformados em nossa maneira de pensar e agir. Olhamos para a Palavra e ela nos mostra a maneira como devemos nos comportar, em que direção andar. Como uma bússola, somos levados a caminhar na direção correta e a experimentar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus enquanto Lhe oferecemos um culto inteligente. Quando buscamos receber revelação na Palavra enquanto a lemos, o que lemos passa então a ser uma realidade dentro de nós e não pode mais ser retirado. É como se agora fizesse parte de nós. Não podemos mais viver fora daquela realidade. É o conhecimento se transformando em vida. Era isso que o apóstolo dizia em Romanos 12: 2: experimentem a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.
“Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus”. ( Rm. 12: 1 e 2 )
O salmista ao escrever o Salmo primeiro diz que aquele que tem prazer na Palavra do Senhor e medita nela de dia e de noite é como árvore plantada junto a ribeiros de águas. Dá o seu fruto na estação própria, as folhas não caem e tudo quanto fizer prosperará.
Uma pessoa realmente transformada produz e manifesta frutos bons e no tempo certo ( frutos saborosos para quem os busca – amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio ). Conserva sempre uma boa visibilidade, mantém boa aparência perante o Senhor, perante os homens e ainda perante os demônios – lembre-se de Jó – ( suas folhas não caem – as folhas falam daquilo que é visível, aparente. Mesmo fisicamente pode-se perceber o reflexo da transformação interior ); e prospera em tudo o que faz ( não tem necessidade de nada, é suprida de tudo, abençoa tudo o que toca ).
O segundo veículo é a contemplação
Muitos de nós perdemos muito da comunhão com o Pai porque entramos em nossos momentos de oração apenas como alguém que está de passagem pelo mundo espiritual, lançamos ali nossas necessidades e saímos apressados sem contemplar a gloriosa e transformadora presença de Deus. Mas, a Palavra nos garante que a contemplação de Sua glória nos transforma.
“E todos nós, que com a face descoberta contemplamos a glória do Senhor, segundo a sua imagem estamos sendo transformados com glória cada vez maior, a qual vem do Senhor, que é o Espírito.” ( 2Co. 3: 18 )
Também Davi declarou no Salmo 27: 4: “uma coisa pedi ao Senhor e a buscarei: que possa morar na Casa do Senhor todos os dias da minha vida, para contemplar a formosura do Senhor e aprender no seu templo.
Há um segredo espiritual somente revelado àqueles que dedicam tempo em contemplar ao Senhor. Porque será, perguntamos muitas vezes, que aquele irmão ou irmã recebe tanta revelação na Palavra de Deus? Como será que esse irmão ou irmã descobre coisas tão tremendas em um texto tão simples da Palavra? No que ele ou ela é melhor do que eu? Procure conhecer melhor este ou esta irmã e você vai descobrir que ele ou ela passa um tempo de qualidade na presença transformadora do Senhor apenas contemplando a Sua formosura. O Salmo vinte e quatro revela no seu versículo quinze que a “intimidade do Senhor é para os que O buscam. A este Ele revela os Seus segredos.”
O terceiro veículo é a glorificação. Esta já será uma etapa futura, quando então estaremos com Ele para sempre. Este é o tempo que todos aguardamos, quando então a noiva ataviada se encontrará com seu Noivo Amado para as bodas. Então estaremos para sempre com Ele.
“Eis aqui vos digo um mistério: Na verdade, nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados, num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados.” ( 1Co. 15: 51 e 52 )
“Mas a nossa pátria está nos céus, de onde esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, que transformará o nosso corpo de humilhação, para ser conforme o seu corpo glorioso, segundo o seu eficaz poder de sujeitar também a si todas coisas.” ( Fp. 3: 20 e 21 )

Mas, para o que precisamos ser transformados? Porque precisamos ser transformados? Já não temos andado na presença do Senhor? Já não somos Seus adoradores? Então para que uma transformação?
Parece que a consciência do propósito eterno de Deus para nós ainda não está suficientemente impregnada em nossas vidas. Parece que temos nos tornado ainda mais egoístas à medida que conhecemos ao Senhor. Chegamos ao tempo que, segundo as palavras de Jesus, o amor tem esfriado, a apostasia tem-se aproximado e a iniqüidade tem proliferado abundantemente.
Quantos de nós ainda carregamos, dentro do coração, o calor dos primeiros dias da conversão? Quantos de nós ainda carregamos o desejo de levar a vida do Reino de Deus àqueles com quem nos relacionamos? Quantos de nós ainda buscamos momentos para estarmos a sós com o nosso Pai? Quantos de nós ainda procuramos as vigílias de oração para gastarmos mais tempo nos enchendo do poder de Deus para a pregação do Evangelho? Quantos de nós temos uma experiência recente de transformação seja na região em que moramos, seja na vida de pessoas com quem nos relacionamos? Para onde foi o desejo de cuidar das crianças? Para onde foi o desejo de pregar a Palavra em países africanos, asiáticos, europeus, americanos? Para onde foi o desejo de ensinar a Palavra? Para onde foi o desejo de pregar nos presídios? Para onde foi o desejo de evangelizar as prostitutas? Para onde foi o desejo de libertar os drogados? Para onde foi o desejo de manifestar o amor de Deus àqueles que não se sentem amados?
Temos nos tornado em pessoas necessitadas de transformação, quando deveríamos estar levando transformação a todas estas pessoas. Talvez tenhamos perdido nossa autoridade e unção tentando resolver nossos próprios problemas e nos esquecemos de que enquanto fazíamos aquelas coisas Deus cuidava destas. Talvez tenhamos deixado a obra da cruz de Cristo para nos apegarmos à “cruz da obra”. Talvez estejamos nos envergonhando do Evangelho porque já não há poder em nós. Talvez não possamos dizer com a mesma autoridade o que disse o apóstolo Paulo aos Coríntios: “Graças, porém, a Deus que em Cristo sempre nos conduz em triunfo, e por meio de nós difunde em todo lugar o cheiro do seu conhecimento; porque para Deus somos um aroma de Cristo, nos que se salvam e nos que se perdem. Para uns, na verdade, cheiro de morte para morte; mas para outros, cheiro de vida para vida. E para estas coisas quem é idôneo? Porque nós não somos falsificadores da palavra de Deus, como tantos outros; mas é com sinceridade, é da parte de Deus e na presença do próprio Deus que, em Cristo, falamos.” ( 2Co. 2: 14 – 16 )
Mas a Palavra diz que “a criação aguarda com ardente expectativa a revelação dos filhos de Deus.” E nós vamos nos manifestar agora em nome de Jesus!

Manifeste-se filho de Deus! Lute com o anjo Jacó! Saia da prisão José! Saia da caverna Elias! Deixe as suas vaidades, Salomão! Jeremias pare de se lamentar! Ezequiel veja o Espírito de Deus em ação! Daniel deixe de viver o exílio, saia da cova dos leões, assuma o seu lugar de governo! Oséias deixe Cristo se revelar através de você! Joel profetize a restituição! Amós profetize o juízo de Deus com as águas e a justiça como o ribeiro impetuoso! Obadias deixe de chorar os que já partiram. O Senhor vem e julgará o seu inimigo! Jonas pare de amar somente os que te amam e vá levar o amor e a misericórdia de Deus àqueles a quem Ele tem te mandado! Miquéias pare de carregar culpa. O Senhor é aquele que lança os nossos pecados nas profundezas do mar! Habacuque o Senhor é a tua força. Ele fará os teus pés como os da corça e lhe fará andar sobre os lugares altos! Ageu a glória da segunda casa será maior que a primeira e sobre ti o Senhor dará paz! Vem para fora Lázaro! Pedro não volte para trás, Jesus está na praia. Ele te convida a pastorear o Seu rebanho! Paulo não endureça o teu coração. É o Senhor mesmo que fala contigo no meio do deserto! Estêvão olhe para cima e contemple o Senhor Jesus assentado à direita de Deus! Ministérios enterrados venham! Ressuscitem, levantem-se e retomem o chamado inicial! Sejam luz nas trevas! Brilhem! Cumpram cabalmente o seu chamado!

Um altar de paz em meio à tribulação

Jz. 6: 1 – 24
1 Fizeram os filhos de Israel o que era mau perante o SENHOR; por isso, o SENHOR os entregou nas mãos dos midianitas por sete anos. 2 Prevalecendo o domínio dos midianitas sobre Israel, fizeram estes para si, por causa dos midianitas, as covas que estão nos montes, e as cavernas, e as fortificações. 3 Porque, cada vez que Israel semeava, os midianitas e os amalequitas, como também os povos do Oriente, subiam contra ele. 4 E contra ele se acampavam, destruindo os produtos da terra até à vizinhança de Gaza, e não deixavam em Israel sustento algum, nem ovelhas, nem bois, nem jumentos. 5 Pois subiam com os seus gados e tendas e vinham como gafanhotos, em tanta multidão, que não se podiam contar, nem a eles nem aos seus camelos; e entravam na terra para a destruir. 6 Assim, Israel ficou muito debilitado com a presença dos midianitas; então, os filhos de Israel clamavam ao SENHOR. 7 Tendo os filhos de Israel clamado ao SENHOR, por causa dos midianitas, 8 o SENHOR lhes enviou um profeta, que lhes disse: Assim diz o SENHOR, Deus de Israel: Eu é que vos fiz subir do Egito e vos tirei da casa da servidão; 9 e vos livrei da mão dos egípcios e da mão de todos quantos vos oprimiam; e os expulsei de diante de vós e vos dei a sua terra; 10 e disse: Eu sou o SENHOR, vosso Deus; não temais os deuses dos amorreus, em cuja terra habitais; contudo, não destes ouvidos à minha voz. 11 Então, veio o Anjo do SENHOR, e assentou-se debaixo do carvalho que está em Ofra, que pertencia a Joás, abiezrita; e Gideão, seu filho, estava malhando o trigo no lagar, para o pôr a salvo dos midianitas. 12 Então, o Anjo do SENHOR lhe apareceu e lhe disse: O SENHOR é contigo, homem valente. 13 Respondeu-lhe Gideão: Ai, senhor meu! Se o SENHOR é conosco, por que nos sobreveio tudo isto? E que é feito de todas as suas maravilhas que nossos pais nos contaram, dizendo: Não nos fez o SENHOR subir do Egito? Porém, agora, o SENHOR nos desamparou e nos entregou nas mãos dos midianitas. 14 Então, se virou o SENHOR para ele e disse: Vai nessa tua força e livra Israel da mão dos midianitas; porventura, não te enviei eu? 15 E ele lhe disse: Ai, Senhor meu! Com que livrarei Israel? Eis que a minha família é a mais pobre em Manassés, e eu, o menor na casa de meu pai. 16 Tornou-lhe o SENHOR: Já que eu estou contigo, ferirás os midianitas como se fossem um só homem. 17 Ele respondeu: Se, agora, achei mercê diante dos teus olhos, dá-me um sinal de que és tu, SENHOR, que me falas. 18 Rogo-te que daqui não te apartes até que eu volte, e traga a minha oferta, e a deponha perante ti. Respondeu ele: Esperarei até que voltes. 19 Entrou Gideão e preparou um cabrito e bolos asmos de um efa de farinha; a carne pôs num cesto, e o caldo, numa panela; e trouxe-lho até debaixo do carvalho e lho apresentou. 20 Porém o Anjo de Deus lhe disse: Toma a carne e os bolos asmos, põe-nos sobre esta penha e derrama-lhes por cima o caldo. E assim o fez. 21 Estendeu o Anjo do SENHOR a ponta do cajado que trazia na mão e tocou a carne e os bolos asmos; então, subiu fogo da penha e consumiu a carne e os bolos; e o Anjo do SENHOR desapareceu de sua presença. 22 Viu Gideão que era o Anjo do SENHOR e disse: Ai de mim, SENHOR Deus! Pois vi o Anjo do SENHOR face a face. 23 Porém o SENHOR lhe disse: Paz seja contigo! Não temas! Não morrerás! 24 Então, Gideão edificou ali um altar ao SENHOR e lhe chamou de O SENHOR É Paz. Ainda até ao dia de hoje está o altar em Ofra, que pertence aos abiezritas.

Quando lemos o último versículo do capítulo cinco de Juízes, vemos que Israel gozava de quarenta anos de paz. Se observamos os capítulos anteriores, veremos que esta era uma ocorrência cíclica, ou seja, Deus trazia libertação e bênção a Israel, a nação pecava, atraía a guerra, a maldição e o juízo. Quando se lembravam que haviam pecado, clamavam a Deus por misericórdia e o Senhor vinha novamente manifestando Sua misericórdia e amor ao Seu povo. O capítulo seis do livro de Juízes começa dizendo que Israel havia feito o que era mau ao Senhor e por isso agora estavam entregues nas mãos dos midianitas sob o juízo de Deus. Por causa da opressão midianita, Israel começou a construir fortalezas, cavar covas nas montanhas e a procurar as cavernas onde passaram a habitar. Este inimigo tinha algumas características peculiares:
– uma delas é que eles eram confederados, ou seja, trabalhavam em parceria com outra nação odiosa ao Senhor e outros povos do Oriente;
– uma outra característica é que eles destruíam todo o sustento de Israel. Ao contrário de outros que roubavam Israel, os midianitas destruíam o sustento. Veja que eles não roubavam para reservar em seus celeiros, ou para alimentar o seu povo, mas eles destruíam tudo o que viam diante de si. Eles subiam trazendo “seus gados” e com seus camelos e entravam na terra para a destruir.
Estas características definem os midianitas como um povo destruidor. Ou seja, Deus entregou Israel a um destruidor. Apenas para sermos bíblicos, lembremo-nos do texto de Joel no qual Deus diz que enviou o Seu exército de gafanhotos contra o Seu povo, trazendo grande destruição.
Mas, o nosso irmão Gideão recebeu a “visita” do Anjo do Senhor. Esta visita, embora parecesse inesperada, ocorreu após o clamor do povo de Deus por causa da opressão dos midianitas.
À partir daqui veremos algumas coisas que podem acontecer conosco em meio à tribulações e para as quais, creio eu, o Senhor pode estar nos chamando a atenção.
1 – Em meio à tribulação, não podemos perder a visão de Deus.
Depois de ouvir a voz profética que trazia à memória do povo o seu próprio pecado, causa da invasão midianita, o próprio Senhor se manifestou a Gideão. Mas, pelo que podemos perceber ele não consegue discernir quem falava com ele. Ele tinha o seu foco voltado para as ações do inimigo. Isso era tão forte em sua vida naqueles dias que Gideão passou a considerar que Deus era apenas um personagem da história de Israel, ou seja, um Deus histórico. E ele desabafa isso diretamente ao Senhor quando pergunta: “que é feito de todas as maravilhas que nossos pais nos contaram…” e “o Senhor nos desamparou e nos entregou nas mãos dos midianitas”. Deus estava ali diante de Gideão pronto para livrar a Israel, mas ele estava com os seus olhos muito ocupados em vigiar quando o inimigo iria atacar novamente, por isso não podia ver que Deus estava bem ali, diante dele.
Muitas vezes, estamos tão atribulados que não somos capazes de ver o quanto Deus está perto de nós desejando dar-nos o livramento. Algumas vezes estamos tão focados em nossos problemas e dificuldades que nos esquecemos de que o Soberano Deus tem tudo sob controle. Esquecemo-nos facilmente de que “até os cabelos da nossa cabeça estão contados” ( Lc.12: 7 ). Começamos a fazer nós mesmos aquilo que imaginamos que Deus não fará. Gideão pensou que Deus não guardaria a sua lavoura e por isso, logo que colheu o trigo, procurou um lugar que julgava seguro para armazená-lo de tal maneira que os midianitas não o pudessem encontrar. Da mesma forma nós, quando pensamos que Deus não fará o que pensamos, começamos a montar estratégias para nos resguardar para o caso de Deus “falhar” conosco. Algumas vezes somos muito apressados em querer que Deus faça algo a nosso respeito, mesmo quando Ele mesmo já disse que fará. Mas a sabedoria dada por Deus a Salomão lhe trouxe segurança para dizer: “há tempo para todo propósito debaixo do sol”.
2 – Em meio à tribulação não podemos nos esquecer da nossa identidade
Este é outro ponto muito importante: jamais podemos nos esquecer da nossa identidade. Isso é algo que o nosso inimigo luta para nos roubar, mas que o nosso Pai insiste em reafirmar. Como foi a saudação do Senhor a Gideão no verso 12? – O Senhor é contigo, homem valente. Gideão estava olhando para as circunstâncias, para a tribulação, para as dificuldades, para as lutas, mas Deus estava vendo Gideão como ele de fato é. Talvez você diga: “- tudo bem, Deus tem esse poder de nos ver como realmente somos, mas e nós?” Eu quero lhe dizer que esta é uma questão de posicionamento. É uma questão de entender quem eu sou em Cristo! Se olharmos para nós mesmos, saberemos o quanto somos frágeis e incapazes. Mas, se olharmos para nós do ponto de vista de Deus, veremos quem realmente somos, porque Deus nos vê em Jesus. E Nele nós podemos todas as coisas. Talvez você argumente: “- Mas Gideão não conheceu a Jesus”. Porém o propósito de Deus é eterno, não está limitado ao nosso tempo. E na eternidade Jesus já conhecia Gideão, o Pai já podia contemplar Gideão através de Jesus. Se não cremos assim, temos que considerar que a cruz só teve valor para aqueles que nasceram depois da cruz. Mas a Bíblia nos diz que Ele pregou aos espíritos em prisão que antes lhe eram desobedientes ( 1Pd. 3: 18 – 20 ). Glória a Deus pelo alcance da obra da cruz! Por causa do sacrifício de Jesus podemos receber esta mesma saudação: O Senhor é contigo homem valente! A despeito de tudo o que possa nos ocorrer, o Senhor está conosco todos os dias até a consumação dos séculos ( Mt. 28: 20 ). Aleluia! Gideão porém, apesar de ter ouvido essa saudação do próprio Senhor, começa a revelar o pouco conhecimento que tinha da sua própria identidade. Ele continua a mostrar que o seu foco estava no momento que estava vivendo. O Senhor então torna a dizer-lhe: “- vai nessa tua força e livra Israel”. O Senhor não está “preocupado” com as situações que nos sobrevêm. Ele tem a solução para cada uma delas. E muitas vezes Ele vai nos dar a solução a partir de nós mesmos. Deus via uma força em Gideão que ele mesmo não discernia. Gideão era um poderoso guerreiro, tinha uma grande força de mobilização, mas não podia enxergar nada disso. Ele tinha sido tomado de um terror que lhe paralisava. E agora ele faz uma afirmação totalmente desconectada de Deus. O Senhor lhe disse que iria com ele, mas ele começa a declarar a sua identidade natural e se esquece da sua identidade espiritual. “Com que livrarei a Israel? Minha família é a mais pobre, pertence à menor tribo e eu sou o menor na casa do meu pai”. Até aqui o Senhor não dá muita importância para as palavras de Gideão, porém agora o Senhor lhe abre os olhos dizendo: “Gideão, não é por sua força que Israel será liberto, mas porque Eu irei contigo!” Você já pensou em quantas vezes Deus teve que lhe chamar a atenção por causa do seu egoísmo de pensar que tem que resolver tudo? Pare de olhar para o seu umbigo! Pare de olhar para o mundo em redor! Olhe para o alto! A Bíblia diz que o que precisamos buscar está em cima onde Cristo está assentado à destra de Deus ( Cl. 3: 1 ). Não teremos respostas para tudo, mas poderemos encontrá-las em Jesus. E Ele está pronto para nos responder cada oração que fizermos.
3 – Em meio à tribulação devemos trazer à memória os poderosos feitos de Deus
Nos versos 8 a 11 podemos ler que o Senhor envia um profeta a Israel para confrontar-lhes o pecado, mas também para trazer-lhes à memória os Seus feitos poderosos desde a saída do Egito. Essa é outra área na qual o nosso inimigo trabalha para nos roubar, mas a Palavra de Deus nos estimula a trazer à memória os feitos poderosos de Deus. Leia o Salmo 145, especialmente os versos 4 – 6. Leia ainda o Salmo 133 e veja o comando que o salmista dá à sua alma. Experimente agora mesmo citar três ocasiões nas quais, Deus realmente marcou a sua vida de tal forma que você não pode jamais se esquecer. Depois de meditar nesses feitos poderosos de Deus e louvá-Lo mais uma vez por Ele ter sido tão tremendamente amoroso para com você, observe como o seu espírito se alegra. Um dos segredos para a vitória no meio da tribulação é trazer à memória os feitos poderosos de Deus. Quando os trazemos à memória sentimos uma alegria encher o nosso espírito. Podemos nos lembrar que “a alegria do Senhor é a nossa força” ( Ne. 8: 10 ). Você está vivendo um momento de tribulação agora? É hora de trazer à memória os feitos poderosos de Deus em sua vida e deixar que seu espírito se encha de alegria e seja fortalecido. Jamais se entregue à tristeza. Provérbios diz que com a tristeza do coração o espírito se abate ( Pv. 15: 13 ). Seu espírito não pode se abater em meio à tribulação. Deixe que o Senhor lhe fortaleça e proclame a Palavra de Deus em Lamentações 3: 21 – “quero trazer à memória o que pode me dar esperança”. Levante-se! Nenhum deserto é para sempre. Além do mais, sempre que o Senhor nos leva ao deserto Ele vai junto conosco. “Ele conhece a nossa estrutura e sabe que somos pó” ( Sl. 103: 14 ).
4 – Em meio à tribulação devemos adorar a Deus
No versículo 19 Gideão prepara um sacrifício para oferecer ao Senhor. Ele estava naquele momento pondo o Senhor à prova. Ele queria ter certeza de que era o Senhor quem falava com ele. E a maneira que ele julgou que deveria fazer isso foi oferecendo um sacrifício. Gideão sabia que se fosse realmente o Senhor quem falava com ele, receberia o sacrifício. Então saiu e preparou o sacrifício ao Senhor e Lhe ofereceu e o Senhor recebeu o sacrifício que foi consumido pelo fogo. Observe que Ele pediu que o sacrifício fosse colocado sobre a rocha, apontando para Jesus, a Rocha eterna. Todo sacrifício que fizermos precisa ser entregue totalmente a Jesus. Em meio à tribulação precisamos nos lembrar de adorar ao Senhor. A adoração nos fará reconhecê-Lo, nos permitirá vê-Lo e nos tornará cada vez mais parecidos com Ele ( 2Co. 3: 18 ). Adorar significa aproximar-se, então à medida que adoramos nos aproximamos mais do Senhor e conseqüentemente podemos obter paz em meio à tribulação e podemos edificar-Lhe um altar permanente ao qual chamaremos YHWH SHALOM.
Quando passar por tribulação reafirme a sua identidade, mantenha o seu foco em Deus, lembre-se dos poderosos feitos de Deus, adore a Deus e levante um altar ao Senhor da paz. O Senhor lhe permitirá ver quem Ele é e fará ver o poderoso guerreiro que você é.
O discípulo de Jesus irá permanecer firme e será vitorioso em meio aos momentos de dificuldades.

Um tremendo convite de Jesus

Mt. 11:27 “Todas as coisas me foram entregues por meu Pai; e ninguém conhece plenamente o Filho, senão o Pai; e ninguém conhece plenamente o Pai, senão o Filho, e aquele a quem o Filho o quiser revelar. 28 Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. 29 Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para as vossas almas. 30 Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo e leve.”

Ao longo dos anos da vida da Igreja, este tem sido um texto muito utilizado para a evangelização. De fato, ele é muito pertinente, mas veja que Jesus o direcionou a todos e não somente aos descrentes. Nada impede que o utilizemos a este público ainda nos dias de hoje, mas quero abordá-lo de uma maneira diferente que, eu espero, abra um pouco mais os seus olhos com respeito ao amor do Pai por nós, revelado na pessoa de Jesus.
Já temos dito que Deus, desde que criou os seres viventes, nos criou com o desejo de relacionar-se conosco. Ele é um ser pessoal e por isso mesmo deseja relacionar-se com outras pessoas. Ele desejou ter uma grande família, de muitos filhos, semelhantes a Jesus para a Sua glória. E esta família foi criada para relacionar-se com Ele. Porém, a queda do homem o afastou do seu Criador que, apesar de não poder compactuar com o pecado, jamais desistiu do seu desejo inicial de ser uma família com o homem, ainda que o pecado tenha representado uma violência contra a Sua Santidade. Deus amou o homem, desceu até à sua baixeza e demonstrou este amor quando, num ato que apontava para a cruz, sacrificou um animal inocente para cobrir o pecado e a vergonha que ele trouxera. Durante toda a trajetória da humanidade descrita na Bíblia, veremos Deus trabalhando para que o homem se reconcilie com Ele. É como um pai amoroso caminhando atrás do seu filho desobediente no intuito de reaproximá-lo outra vez. Então Jesus entra no tempo, assume a forma humana e se oferece em sacrifício eterno a Deus Pai a nosso favor, nos chamando mais uma vez à reconciliação com o nosso Pai. Ele desce do céu e vive entre nós para nos revelar, através de Sua própria vida, o grande amor do Pai. “e ninguém conhece plenamente o Filho, senão o Pai; e ninguém conhece plenamente o Pai, senão o Filho, e aquele a quem o Filho o quiser revelar.” Mt. 11: 27. E é nesse exato contexto que Ele nos faz esse convite tremendo que lemos no Evangelho de Mateus, capítulo onze e versículos vinte e oito a trinta. Um convite para um relacionamento profundo, que se revela em três níveis como descrevo abaixo:
1 – Vinde a mim todos os que estais cansados e sobrecarregados
Jesus não disse que deveríamos procurar nossos conselheiros, ou nossos líderes, nem ainda os nossos pastores quando estivéssemos cansados e sobrecarregados. Mas, Ele disse: “vinde a mim”! Jesus está nos chamando para irmos à fonte de onde realmente fluem as soluções para todas as nossas dificuldades. Ele é a fonte de onde flui todo o amor de Deus para as nossas vidas. É Dele que vem o suprimento para todas as nossas dificuldades. Então, quando Ele diz: “vinde a mim!” Ele está declarando que Ele quer nos prover, Ele deseja nos suprir, Ele almeja estar perto de nós. Ele está nos trazendo à memória que no dia em que O conhecemos, estávamos necessitados, estávamos sobrecarregados, estávamos desolados e quando nos aproximamos Dele, Ele nos trouxe refrigério, alegria, paz. Talvez porque o nosso dia a dia tão cheio de ativismo nos tenha afastado daqueles dias em que não abríamos mão de estarmos bem junto Dele. Nosso único desejo era estar aos pés da cruz. Nosso coração ardia cada vez que pensávamos na preciosidade daquele sacrifício que nos trouxe a paz. Os momentos em que participávamos da ceia eram como se estivéssemos diante do próprio Jesus, sendo ministrados por Ele e celebrando a ressurreição com Ele. Quando saíamos às ruas, hospitais, presídios, orfanatos, creches para evangelizar, fazíamo-lo com tamanha alegria que era impossível aos que nos ouviam ficar apáticos à mensagem que pregávamos. Poderíamos pregar a uma só pessoa ou a uma multidão, o fervor era o mesmo, a alegria era a mesma e poderíamos fazê-lo por horas porque o nosso coração estava aquecido pela Sua gloriosa presença. Mas, o dia a dia vai tomando espaço. As atividades começam a tornar-se muito importantes para nós. Não significa que deixamos de amá-Lo, apenas passamos a considerar certas coisas “mais importantes” que o desfrutar de Sua presença. Nem sempre oramos antes de sairmos do nosso quarto pela manhã, às vezes nos esquecemos de dar graças pelas refeições, a leitura da Palavra já não nos prende tanto e começamos a esfriar. E quando percebemos a nossa frieza espiritual já nos encontramos cansados e sobrecarregados. Lutar contra o pecado já se tornou em um esforço grande demais e muitas vezes caímos tão facilmente diante de inimigos que nem mesmo considerávamos no princípio. Orar é um trabalho que exige muito de nós, já deixou de ser aquele momento deleitoso na presença do Pai com o nosso irmão mais velho Jesus. Adorar é algo extravagante demais para ser feito em qualquer lugar em que estejamos. Isso é “coisa de novo convertido apaixonado”. Mas a verdade é que estamos longe Dele e por isso os céus parecem intransponíveis e essa guerra para permanecer em Sua presença tornou-se aparentemente impossível de se ganhar. Mas Jesus está dizendo: “vinde a mim!” Ele só deseja que procuremos a pessoa certa que é Ele mesmo. Ele só espera que voltemos à fortaleza de esperança ( Zc. 9: 12 ) para sermos restituídos à comunhão com Ele. Ele só deseja que retornemos ao lugar onde O deixamos por outros amantes. Ele só quer ser o primeiro no nosso coração para que possa ocupá-lo completamente e encher-nos outra vez com a mesma alegria do início da caminhada em Sua presença. Ele promete: “eu vos aliviarei”.
2 – Tomai sobre vós o meu jugo
Apenas para simplificar o entendimento dessa expressão, gostaria de levá-lo ao ambiente de uma fazenda onde dois bois trabalham juntos puxando um arado. Isso é coisa muito antiga e talvez muita gente não faça idéia do que seja. Bem, para que dois bois trabalhem juntos puxando um arado, é necessário que se coloque sobre o pescoço deles um pedaço de pau de tamanho suficiente para que os mantenha andando próximos um do outro. Esse pedaço de pau é atravessado em sua parte superior por quatro pedaços menores de pau que vão se encaixar no pescoço de cada um dos dois bois. Um pequeno pedaço de corda prende pela parte de baixo os dois pedaços de pau de tal forma que os bois são obrigados a andar juntos enquanto estiverem presos àquele pau. Esse conjunto de pedaços de pau é chamado de canga e canzil. É exatamente o que a Bíblia chama de jugo. Ele tem que ter a medida certa para permitir que os bois andem juntos, porque se estiverem fora das medidas, em jugo desigual, um deles pode não suportar o peso e pode se machucar ou até mesmo quebrar o pescoço e morrer.
Quando Jesus diz: “tomai sobre vós o meu jugo”, Ele está se colocando em uma posição de igualdade em relação a nós. Ele está declarando que assim como nós, Ele também viveu nesse mundo como homem, porém “aprendeu a obediência pelas coisas que sofreu” ( Hb. 5: 8 ) e é diante de Deus “varão aprovado” ( At. 2: 22 – 24 ). Portanto, quando diz: “tomai sobre vós o meu jugo”, Ele tem autoridade para dizer que nós podemos andar junto Dele, não precisamos ter medo de morrer pelo fato do jugo estar fora das medidas, porque é Ele quem estabelece as medidas do jugo. Quando olha para nós, Ele olha com olhos de misericórdia e a Sua graça nos alcança. Na verdade Ele está dizendo mansa e suavemente: “ande comigo! Vamos caminhar juntos! Deixe-me ficar ao seu lado e manifestar minha presença a você!” Ele quer andar junto com você e comigo e de vez em quando olhar nos nossos olhos, e com toda misericórdia e amor nos estimular a continuar caminhando ao encontro do Pai. Ele quer que continuemos andando e olhando com os olhos fixos nEle, o “autor e consumador da nossa fé” ( Hb. 12: 2 ). Querido irmão, O jugo que Ele deseja que levemos é a cruz! A cruz nos iguala, a cruz nos nivela, a cruz nos reconcilia com o Pai, carregar a cruz define a nossa posição e identidade de discípulos de Cristo ( Mt. 16: 24 ). É interessante observar que quando olhamos para uma junta de bois puxando um arado, o jugo e o eixo que os prende ao arado formam uma cruz.
Quando Jesus diz: “tomai sobre vós o meu jugo”, Ele está nos dizendo: tome a sua cruz.
3 – Aprendei de mim que sou manso e humilde de coração
Este é o terceiro nível de relacionamento para o qual Jesus nos convida. Nossa cultura ocidental não nos permite visualizar com clareza a realidade do discipulado aos moldes de Jesus. O discípulo andava com o seu mestre todo o tempo. Eles não se encontravam casualmente como nós aqui no Brasil fazemos com aqueles que consideramos estar discipulando. O mestre e o discípulo faziam coisas juntos, comiam juntos, trabalhavam juntos, estudavam juntos, enfim, tinham muitas atividades juntos durante o dia. Para aprender com um mestre, o discípulo precisava estar junto com ele. Porque o aprendizado era para a vida e não para algumas situações apenas. Por isso é que Jesus declarou no Evangelho de Lucas 14: 26 que aquele que quisesse ser discípulo teria que aborrecer pai, mãe, esposa, filhos, irmãos e irmãs e até a própria vida e segui-Lo, caso contrário não poderia ser Seu discípulo. Então, quando Jesus diz: “aprendei de mim” Ele está chamando para uma convivência diária com Ele para um aprendizado profundo em Sua presença. Só podemos aprender a ser mansos com Ele, não há outra escola melhor.
Quem quer abrir mão dos próprios direitos para que outro ganhe a causa? Quem quer abrir mão de tudo o que pensa para que outro tenha razão? Quem quer abrir mão de todos os seus métodos para que o método de outro tenha primazia? Quem quer abrir mão das próprias idéias para que a idéia de outro tenha lugar? Quem se dispõe a ser acusado sem se defender? A escola de Jesus trabalha com um nível alto de exigência. Ser manso não significa ser “bobo” no sentido mais literal da palavra. Ser manso significa abrir mão do seu direito, da sua posição, da sua “razão”. Significa não ter direito, não ter posição, não ser o dono da razão, não ter a última palavra, não se defender. Apenas a respeito de um homem a Bíblia diz ser o mais manso sobre a terra, Moisés. Ele nos dá um bom exemplo de mansidão ( Nm. 12: 1 – 15 ). Porém, mais tarde o veremos ferindo a rocha à qual deveria apenas falar. Quando, entretanto, olhamos para Jesus, veremos o Criador submetendo-se à criatura, veremos um mestre se colocando na posição de aprendiz perante os doutores da Lei, veremos um sacerdote sendo batizado, veremos um homem que não tinha motivos para ser acusado recebendo as mais sérias acusações sem se defender, veremos um Rei se submetendo ao poder temporal, veremos um Juiz recebendo contra si uma sentença de morte por crucificação. Por isso “Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu o nome que é sobre todo nome; para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai.” ( Fp. 2: 9 – 11 )
Não diga jamais em seu coração: ah! Mas Ele era Jesus não é? O Filho do Deus vivo. Sim, Ele é Jesus, o Filho do Deus vivo. Mas foi perfeitamente homem enquanto esteve vivendo entre os homens e sendo chamado de Filho do homem. Senão o escritor aos hebreus não reafirmaria o sacerdócio de Jesus segundo a ordem de Melquisedeque ( Hb. 5: 1 – 10 ), estabelecendo por padrão que o sacerdote pode “compadecer-se devidamente dos ignorantes e errados, porquanto também ele mesmo está rodeado de fraqueza.”
Seria redundância dizer que temos muito que aprender com Jesus, mas Ele mesmo nos convida: “aprendei de mim”. O ensino de Jesus traz descanso para as nossas almas. Que outro ensino traz descanso para as nossas almas? Jesus está dizendo que andar com Ele, aprender ao lado Dele, trará descanso para nós. Que preciosidade! Por isso é que o apóstolo Paulo afirma: “Ó profundidade das riquezas, tanto da sabedoria, como da ciência de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis os seus caminhos! Pois, quem jamais conheceu a mente do Senhor? ou quem se fez seu conselheiro? Ou quem lhe deu primeiro a ele, para que lhe seja recompensado? Porque dele, e por ele, e para ele, são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém.” ( Rm. 11: 33 – 36 ) Este apóstolo, não sabe se no corpo ou fora do corpo, “esteve no terceiro céu, no paraíso e ouviu palavras inefáveis, as quais não é lícito ao homem referir”. ( 2Co. 12: 2 – 4 ) Ele vivenciou o “aprendei de mim” literalmente em seu corpo espiritual. Ele foi instruído espiritualmente nos lugares celestiais e hoje somos enriquecidos através das palavras do seu testemunho. A presença do Senhor ensina, o unção do Senhor ensina ( 1Jo. 2: 27 ). Não temos que pedir ao Senhor que nos leve ao terceiro céu ou ao paraíso. Precisamos simplesmente buscar a Sua presença e receber a unção que nos ensina. Os livros são bons, há autores realmente consagrados e devemos ler livros instrutivos, preferencialmente aqueles que nos são indicados pelos nossos líderes, mas nada substitui o ensino na Presença de Jesus!
Preciso correr para Ele, para a Sua presença gloriosa e aprender Dele. Ele tem muito para me ensinar e eu nada sei. Preciso parar de me debater com as minhas próprias dúvidas, preciso parar de definir meus próprios conceitos como sendo os melhores, preciso abrir mão daquilo que penso que sei, daquilo que afirmo que sei, preciso parar de correr atrás daquilo que dizem ser o certo, preciso dar descanso à minha alma em Sua presença. Preciso permitir que Ele unja a minha cabeça com óleo e que a Sua unção me ensine.
Querido, oro para que você seja alcançado por esta palavra. Oro para que “o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da glória, vos dê o espírito de sabedoria e de revelação no pleno conhecimento dele; sendo iluminados os olhos do vosso coração, para que saibais qual seja a esperança da sua vocação, e quais as riquezas da glória da sua herança nos santos, e qual a suprema grandeza do seu poder para conosco, os que cremos, segundo a operação da força do seu poder” ( Ef. 1: 17 – 19 ).

Venha a Ele e receba alívio, tome sobre você o jugo Dele, ande com Ele, aprenda Dele como ser dependente do Pai e encontre descanso para a sua alma. Porque o jugo Dele é suave e o fardo Dele é leve.

Deus o abençoe em Cristo.

A bênção do perdão

Colossenses 15:11

O FILHO PRÓDIGO
– Tomou a herança: antes do tempo e com o pai em vida. Ele era o filho mais moço e tinha direito a um terço da herança do pai ( Dt. 21: 17 ). O ato praticado por esse rapaz era uma afronta muito grande contra o pai e era punida com apedrejamento à porta da cidade.
– Dissipou todos os bens: não soube investir, não soube multiplicar. A riqueza recebida fora do tempo traz maldição. A riqueza que vem facilmente é dilapidada sem deixar frutos.
– Viveu dissolutamente: O pecado é um trabalhador assalariado, cujo salário pago pelo seu trabalho é a morte. Morte significa separação. A primeira grande separação que aquele jovem experimentou foi a separação do seu pai. Da mesma forma, espiritualmente, somos separados de Deus quando pecamos, conforme Is. 59: 1 e 2. Morremos! O pior é que morremos, mas continuamos andando, fazendo coisas e nem percebemos a nossa morte. Ficamos como zumbis. É necessário que venha a fome e a necessidade para percebermos o quanto estamos longe, separados de Deus. A Palavra de Deus diz que: “aquele que é vencido, fica escravo daquele que o venceu.” ( 2Pd. 2: 19 ) A próxima conseqüência será perder tudo aquilo que representava segurança, poder, status, provisão. Ele perdeu todos os recursos que tinha. Era um jovem vindo do interior, do sertão, para a cidade grande. Certamente foi notado pelas prostitutas como um ingênuo, foi visto pelos jogadores como um alvo fácil, foi visto pelos donos dos bares como aquele que podia pagar a conta por si e por outros, portanto como fonte de lucro. Foi engolido por sua própria ingenuidade. Em seguida chega a outra conseqüência: servir a um cidadão da terra, o qual dará ordens para guardar aquilo que é abominável e imundo ao Senhor. A degradação é tão grande que ele deseja fartar-se daquilo que era oferecido aos porcos. As alfarrobeiras eram plantas cujo fruto tinha a forma de uma vagem e um sabor adocicado. Sua aparência era como a de um gafanhoto. Em tempos de escassez algumas famílias menos afortunadas comiam dessa planta. A alfarrobeira é uma figura da miséria. Este é o ponto em que a pessoa já não se importa de participar das festas aos ídolos, comer o que lhes foi oferecido. O pecado desnuda o homem de tudo quanto é bom e valioso. Da imagem de Deus, do conhecimento das coisas divinas, da santidade natural, da retidão moral e da capacidade de realizar o bem moral. Criar porcos era, para um judeu, a ocupação mais degradante que se poderia imaginar. Aquelas alfarrobas representam a ausência daquilo que é básico. O pecado nos afasta do suprimento das nossas necessidades mais básicas em Deus. ( Ver Jr. 30: 14 )
– Caindo em si: essa expressão mostra como o desperdício da vida em dissolução denota certo nível de insanidade. Entende-se que se uma pessoa “caiu em si”, ela antes esteve “fora de si”. O fato de sua mente retornar à sanidade permite que ele se arrependa. Esta é uma razão porque os nossos pensamentos precisam ser levados “cativos à obediência de Cristo.” ( 2Co. 10: 5 ) Querido a mente não recebe revelação! A revelação virá sempre ao seu espírito! A mente precisa ser submissa ao espírito, caso contrário não haverá redenção! Porque a redenção ocorre mediante o arrependimento e o arrependimento ocorre no espírito e não na mente. É por isso que muitos não conseguem alcançar transformação em sua vida. Analisam tudo, trabalham tudo no nível da mente. Estão sempre arrazoando. É o famoso “irmão cabeção.” Mas quando a nossa mente é vencida pelo espírito, então é que percebemos a nossa distância em relação a Deus. O arrependimento nos leva a uma tomada de atitude em relação a Deus. Somos levados a reconhecer nossa condição pecaminosa e a buscar o perdão.
– Pai, pequei – Vs. 18
O rapaz começa agora a ensaiar as palavras que pretende usar para falar com o seu pai para obter o seu perdão. Ele tem a convicção clara de que o seu pecado afetou tanto o mundo natural quanto o mundo espiritual ( contra o céu e diante de ti ). Ele também entende que não há pecado sem conseqüências ( não sou digno…, trata-me… )Ele continua se vendo na condição de escravo. “Aquele que é vencido, fica escravo do que o venceu.” 2Pd. 2: 19
– Seu pai o avistou de longe
Conta-se que no contexto judaico, o filho que tomava sua herança tendo o pai ainda vivo era digno de apedrejamento e isso ocorria à porta da cidade, já que era ali que todo tipo de causa era julgada. Então, quando o texto diz que o pai avistou o filho de longe, diz-se que isso aconteceu porque ele ia diariamente e por longos anos à porta da cidade para que se porventura ele retornasse não fosse apedrejado pelos seus acusadores que ficavam à porta da cidade.
– A postura de quem perdoa – Is. 30: 18 e Lc. 15: 20 a 23
1 – Vê a condição do ofensor e mostra compaixão
2 – Abraçou – demonstra afeto
3 – Beijou – devolve o relacionamento no nível da intimidade
4 – A melhor roupa – devolve a honra
5 – O anel no dedo – devolve a autoridade e o carinho
6 – Sandálias nos pés – devolve a dignidade e a posição, devolve a identidade
7 – Novilho cevado – devolve a alegria da comunhão
Fica claro, através desses gestos simples, que o pai recebeu muito bem seu filho. Não importa o que um filho faça seu pai nunca terá raiva dele. Em alguns casos, se o agravo aumenta, certos pais chegam a trazer para si a culpa do erro do filho e alguns ainda perguntarão: “meu Deus, onde foi que eu errei?” Tamanho é o amor dos pais por seus filhos. Se o amor de um pai biológico é assim tão tremendo, como não será o amor do nosso Pai celestial?! A expressão bíblica: “não entristeçais o Espírito Santo” deveria nos trazer muito temor.
– Pedro, o apóstolo viveu essa experiência do perdão quando Jesus o encontrou na praia após a ressurreição. Jesus recria a cena da traição fazendo uma fogueira, depois pergunta três vezes: “Pedro, tu me amas?” E depois de ouvir a resposta de Pedro Ele diz: “apascenta aos meus cordeirinhos”.
– Todos nós temos vivido essa experiência do perdão de Deus. Mas é triste perceber que muitas vezes não somos capazes de perdoar dessa maneira! Jesus, quando nos deixou a oração dominical, ensinou-nos a pedir que o Pai perdoasse as nossas dívidas assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido! Mas, eu pergunto: como é que nós temos perdoado aos nossos devedores?
1 – Será que eles têm sido vistos por nós com compaixão?
2 – Eles têm recebido o nosso afeto?
3 – Eles têm participado da nossa intimidade?
4 – Nós os temos honrado?
5 – Temos devolvido a eles a autoridade que eles tinham?
6 – Será que temos devolvido a eles a sua posição e identidade?
7 – Temos recebido a eles com alegria?
Se nossa prática não tem sido essa, na verdade não estamos imitando Jesus. Não podemos declarar que somos Seus discípulos.
– Para aquele pai, o filho estava morto e reviveu. Estava perdido e foi achado.
– Qual era antes a nossa condição?
Mortos?
Mas Ele nos deu vida estando nós mortos em nossos pecados e delitos.
Perdidos?
Mas Ele disse: “Eu Sou O Caminho, e A Verdade e A Vida…”
E nós? O que temos feito aos nossos devedores? O que temos oferecido a eles? Que caminho temos apontado para eles?
“Se, porém, andarmos na luz, como Ele está na luz, mantemos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, Seu Filho, nos purifica de todo pecado”. 1Jo. 1: 7
“Aquele que diz estar na luz e odeia a seu irmão, até agora, está nas trevas. Aquele que ama a seu irmão permanece na luz, e nele não há nenhum tropeço. Aquele, porém, que odeia a seu irmão está nas trevas, e anda nas trevas, e não sabe para onde vai, porque as trevas lhe cegaram os olhos.” 1Jo. 2: 9 – 11.
Muitos têm convivido com enfermidades terríveis, porque decidiram não perdoar. Outros estão como mortos: nada ouvem, nada falam, não se movem, nada enxergam, nada percebem.
Mas, hoje o Senhor quer resgatar pessoas de cárceres nos quais estiveram presas por muito tempo. Chegou o tempo de se livrar desse carcereiro chamado rancor, ressentimento, mágoa, falta de perdão. Comece a pedir perdão ao Senhor por ter retido o perdão na vida das pessoas. Comece a liberar perdão sobre você e sobre aqueles que lhe ofenderam.

Estando à beira do caminho

“Mt. 13:1 No mesmo dia, tendo Jesus saído de casa, sentou-se à beira do mar; 2 e reuniram-se a ele grandes multidões, de modo que entrou num barco, e se sentou; e todo o povo estava em pé na praia. 3 E falou-lhes muitas coisas por parábolas, dizendo: Eis que o semeador saiu a semear. 4 e quando semeava, uma parte da semente caiu à beira do caminho, e vieram as aves e comeram. 5 E outra parte caiu em lugares pedregosos, onde não havia muita terra: e logo nasceu, porque não tinha terra profunda; 6 mas, saindo o sol, queimou-se e, por não ter raiz, secou-se. 7 E outra caiu entre espinhos; e os espinhos cresceram e a sufocaram. 8 Mas outra caiu em boa terra, e dava fruto, um a cem, outro a sessenta e outro a trinta por um.”

“Sl. 140:5 Os soberbos armaram-me laços e cordas; estenderam uma rede à beira do caminho; puseram-me armadilhas.”
“Mt. 13:19 A todo o que ouve a palavra do reino e não a entendendo, vem o Maligno e arrebata o que lhe foi semeado no coração; este é o que foi semeado à beira do caminho.”
“Mt. 21:19 e, avistando uma figueira à beira do caminho, dela se aproximou, e não achou nela senão folhas somente; e disse-lhe: Nunca mais nasça fruto de ti. E a figueira secou imediatamente.”
“Lc. 8:12 Os que estão à beira do caminho são os que ouvem; mas logo vem o Diabo e tira-lhe do coração a palavra, para que não suceda que, crendo, sejam salvos.”
Os que estão à beira do caminho, muitas vezes são aqueles que apenas vêem as coisas acontecerem, mas não participam dos acontecimentos, não dão a sua contribuição, nem recebem os benefícios.
Os que estão à beira do caminho estão cegos ( Mc. 10: 46; Lc. 18: 35 )
Os que estão à beira do caminho precisam de um milagre ( Mc. 10: 46 )
Os que estão à beira do caminho ainda não conhecem sua identidade em Deus
Os que estão à beira do caminho precisam ser reconciliados
Os que estão à beira do caminho ainda estão sem a revelação de Jesus
Os que estão à beira do caminho ainda não conhecem sua posição em Cristo

O caminho é lugar de apresentar o Evangelho ( At. 8: 26 – 39 )
O caminho é lugar de reconciliação ( Mt. 5: 25 )
O caminho é lugar de receber revelação ( Mt. 20: 17 – 19; Mc. 8: 27 – 30 )
O caminho é lugar de conhecermos nossa posição em Deus ( Mc. 9: 33 – 35 )
O caminho é o lugar onde se aprende como alcançar a vida eterna ( Mc. 10: 17 )
O caminho é o lugar onde conhecemos o nosso futuro ( Mc. 10: 32 )
O caminho é o lugar onde Jesus se manifesta ressurreto ( Mc. 16: 12 )
O caminho é lugar de ser confrontado por Jesus ( At. 9: 17 )
O caminho é Jesus ( Jo. 14: 6 )
Quem está à beira do caminho está parado, pode estar assentado ou até deitado, mas quem está no caminho está andando em direção ao seu alvo.
Quem está à beira do caminho está mendigando.
Quem está à beira do caminho pede, mas quem está no caminho dá.
Nem sempre a minha posição condiz com a minha motivação.
Quem está à beira do caminho é pedra de tropeço, mas quem está no caminho é pedra de passagem.
À beira do caminho é lugar de murmuração, o caminho é lugar de adoração.
“Pv. 14:12 Há um caminho que ao homem parece direito, mas o fim dele conduz à morte.”

Tempos de refrigério

“Cheguei de férias semana passada, mas parece que já tem um ano que voltei a trabalhar.”

“Não estou agüentando nem ouvir a voz do meu chefe.”

“Ah! Como estou precisando de um descanso.”

Frases como estas têm se tornado cada vez mais comum nos nossos dias. É o retrato do controle que a agenda, o relógio e o dinheiro têm tido sobre as pessoas. Às vezes elas pensam: “como é que a gente conseguia viver antigamente sem um celular?” Outras vezes perguntam: “quem foi o idiota que inventou o celular?” As atividades tornam-se cada vez mais desgastantes, a busca pelos resultados são sempre imperativas e nos roubam momentos simples, mas ricos, com a família, conosco mesmo, momentos de lazer, de descontração, momentos pra se jogar conversa fora, momentos de introspecção e principalmente, o nosso momento a sós com Deus. Alguns são tomados de depressão, irritação, a motivação começa a desaparecer, a alegria já não está mais presente em tudo o que fazem, precisam de um tempo de refrigério. Mas, a maioria não sabe como encontrar esse tempo tão precioso. Tornaram-se “dependentes” da agenda, do trabalho, dos resultados que podem produzir, do tempo, enfim. Os resultados observados nas vidas dessas pessoas têm sido alarmantes. Alto nível de estresse, enfermidades diversas, perda da qualidade de vida, entre outras situações terríveis. E o pior é que nem todas, apesar de todo o esforço, alcançam os objetivos pelos quais têm lutado desesperadamente, mesmo com tantas perdas. Esta é uma geração de urgentes, descartáveis, da entrega em domicílio, da comida rápida, do microondas, da internet rápida, dos computadores velozes, dos telefones móveis acionados por simples toques. Tudo tem que ser muito rápido, a informação corre o mundo em segundos; o que eu sei agora no presente já pode ser passado no mundo da informação cibernética. Onde vamos parar? Ou, quando vamos parar? Não sei, não tenho tempo, não posso perder tempo, tenho que correr, tenho que atender alguém, tenho que fazer algo, tem alguém me esperando… Arrrrrrrr!

Que loucura!

Parece loucura? Ainda que pareça, é a realidade na qual estamos vivendo. Isto se chama ativismo e é a raiz de muitos dos problemas da sociedade. Casamentos têm desabado, filhos têm se perdido nas drogas, no mundo do crime, porque seus pais não têm tempo para eles. Famílias têm se desintegrado, a indústria farmacêutica tem aumentado os seus lucros cada dia mais, enfermidades novas têm sido descobertas, muitas delas relacionadas ao trabalho, ao estresse e ao estrangulamento das emoções. Aliás, emoções são coisas do passado. As pessoas têm que ser mais racionais e menos emocionais. Elas têm se tornado números e têm deixado de ser personalidades individuais. Não importa mais o que você pensa ou sente, o que realmente importa é que você obtenha os resultados esperados. E o pior é que essa “cultura” está presente também na vida da Igreja.

No contexto da Igreja a manipulação e o controle têm gerado cristãos imaturos, subservientes, mais focados nos resultados da instituição que na vontade de Deus que é boa, agradável e perfeita. Os gestores tomaram o lugar dos presbíteros e pastores, afinal a Igreja é uma empresa que precisa demonstrar resultados. Deixou de ser o Corpo Vivo de Jesus na Terra para ser uma instituição globalizada com mercado próprio, estratégias bem definidas para a conquista desse mercado, equipes de trabalho capazes de desenvolver entretenimento direcionado para o público alvo, shows e mais shows, eventos e mais eventos. Mudam-se os mercados, mas os trabalhadores são os mesmos, os problemas sãos os mesmos, as crises são as mesmas, as enfermidades são as mesmas, o estresse é o mesmo e em alguns casos até pior, porque estão trabalhando sob o jargão: “para o Senhor tem que ser o melhor”. Mas, na verdade não estão fazendo para o Senhor, mas para um líder orgulhoso, desejoso de aumentar o seu império particular sob o qual reina soberanamente.

O que aconteceu com “…e perseveravam na doutrina dos apóstolos, na comunhão, no partir do pão e nas orações. Em cada alma havia temor; e muitos prodígios e sinais eram feitos por intermédio dos apóstolos”.? O que aconteceu com a vida simples? O que aconteceu com a comunhão? O que aconteceu com as orações? Onde estão os verdadeiros apóstolos? E os prodígios e sinais? Onde está a unidade da Igreja? Onde estão os atos de misericórdia da Igreja?

Precisamos urgentemente de um avivamento transformador. A Igreja não tem impactado a sociedade como deveria. A Igreja não tem caído na graça do povo. A Igreja tem sido o foco das reportagens sobre a corrupção, a pedofilia, lavagem de dinheiro, imoralidades diversas. O impacto que esta Igreja tem causado à sociedade está na pergunta das crianças que não conseguem ter ensino de qualidade, dos menores que vivem nas ruas, debaixo dos viadutos, das famílias que têm perdido seus entes queridos para as drogas, para a prostituição e todo o tipo de perversão sexual, dos casais que perderam seus cônjuges para os amantes, dos governantes municipais, estaduais e federais que não sabem como governar e nem conseguem obter o conselho de Deus para o exercício das suas funções porque a Igreja não está presente. Enquanto isso, estamos dentro dos prédios promovendo eventos para entreter o “público alvo”, desgastando famílias, contribuindo para a destruição de casais, contribuindo para que os psiquiatras, psicólogos, psicoterapeutas tenham cada vez mais pacientes.

Precisamos que Deus nos traga tempos de refrigério!

Mas, o apóstolo Pedro apontou o caminho pelo qual teremos que passar se quisermos experimentar esse tempo de refrigério. Em Atos 3: 19 ele diz: “Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que sejam apagados os vossos pecados, de sorte que venham os tempos de refrigério, da presença do Senhor”.

Arrependei-vos

A palavra grega para arrepender é “metanoia” e significa 1“transformação básica do pensamento ou caráter”; 2“Metanoia também é um termo usado freqüentemente em discussão teológica. Quando usado neste contexto, é associado, ou freqüentemente identificou com, arrependimento.”

O apóstolo está nos dizendo que para que experimentemos um tempo de refrigério, o primeiro passo é mudar a nossa maneira de pensar, mudar a nossa atitude. Ou seja, se quisermos experimentar o refrigério que procede de Deus, teremos que parar tudo o que estamos fazendo, reavaliar nossa conduta, nossas atitudes, reavaliar nossas agendas, reavaliar nossa postura como cristãos, reavaliar o nosso testemunho. Precisamos mudar a maneira de pensar e agir. Não vai adiantar nada, ou quase nada, fazer uma pausa para reflexão sem provocarmos as mudanças que são necessárias em nossas vidas pessoais. O arrependimento é a porta que nos conduzirá aos tempos de refrigério.

Mas, não podemos ficar só no arrependimento. Há uma segunda atitude a ser tomada. Pedro diz ainda: “convertei-vos para serem cancelados os vossos pecados”

Converter = 3mudar-se, transformar-se

Conversão = 4Ação ou efeito de converter.Ação de voltar.Movimento que faz voltar. Mudança de forma ou de natureza.Transmutação, transformação.Mudança ou substituição de uma obrigação por outra.Abandono de uma religião ou seita, para se abraçar outra.Mudança de mau para bom procedimento.Mudança de opiniões, sobretudo para melhor.

A palavra hebraica que melhor traduz a palavra converter é a palavra Retornar = 5Voltar ao ponto de partida; tornar, regressar: Retornar à pátria, ao ninho. Retornar de viagem, retornar de algum lugar. Partir e não retornar. vtd 2 Fazer voltar; restituir 3 Fazer voltar; tornar. vint 4 Responder, retrucar.

O que o apóstolo Pedro está nos dizendo é que se faz necessário voltarmos para o Senhor. Deixarmos o caminho, a direção na qual estamos andando e retornarmos, voltarmos atrás, recomeçarmos. Só então poderemos experimentar os tempos de refrigério da parte do Senhor.

Muitos estão procurando a solução com as próprias mãos, mas a Palavra de Deus aponta o caminho correto.

Jr. 6:16 “Assim diz o Senhor: Ponde-vos nos caminhos, e vede, e perguntai pelas veredas antigas, qual é o bom caminho, e andai por ele; e achareis descanso para as vossas almas. Mas eles disseram: Não andaremos nele.” Jr. 6:16

O Espírito Santo, ao inspirar o apóstolo João na Ilha de Patmos para escrever o Apocalipse, falou à Igreja de Éfeso que retornasse. Esta parece ser uma necessidade de todos os homens, porque todos vieram de Deus. Todos foram criados por Deus e todos têm em si o sopro de Deus. Porém todos pecaram e perderam a glória inicial a qual Deus compartilhara com Adão. Então o Espírito, amorosamente, adverte à Igreja de Éfeso em Ap. 2: 4 e 5 “Tenho, porém, contra ti que deixaste o teu primeiro amor. Lembra-te, pois, donde caíste, e arrepende-te, e pratica as primeiras obras; e se não, brevemente virei a ti, e removerei do seu lugar o teu candeeiro, se não te arrependeres.” Ap. 2: 4 e 5

Qual era o problema da Igreja de Éfeso?

1 – deixou o primeiro amor

2 – deixou as primeiras obras

Não será este o problema da geração presente? Não será este o motivo pelo qual estamos tão ocupados, tão estressados, tão cansados, tão necessitados de um tempo de refrigério? Pense nos motivos que o levam todos os dias a se sentir triste, desmotivado, cansado, desiludido, frustrado. Não será o seu distanciamento do seu Pai? Não será porque as outras coisas lhe envolveram tanto que não sobra tempo para o Pai?

Não é exatamente isso que desmotiva os nossos filhos? Não é exatamente isso que gera problemas para eles nas escolas? Não é essa a causa, muitas vezes das quedas no rendimento escolar? Não é por isso mesmo que às vezes eles trabalham tanto para chamar a nossa atenção? Não é impressionante que eles até adoecem por estarem se sentindo distantes de nós, mesmo quando nos encontramos com eles todos os dias? Não é esta uma das principais causas do envolvimento com as drogas e outras situações como o homossexualismo, o lesbianismo, a prostituição e os furtos?

Deus não nos criou para vivermos longe Dele! Ele nos chama de filhos, espera que desejemos estar com Ele, deseja nos prover de tudo o que realmente necessitamos, deseja nos receber nos Seus átrios, deseja nos levar ao lugar mais separado para estarmos sozinhos com Ele, deseja nos encher com o Seu tremendo amor.

Deixe de lado agora os seus conceitos sobre Deus; deixe de lado as coisas que te afastaram Dele até alguns minutos atrás.

A ordem do Espírito Santo não mudou, continua a mesma:

– lembra-te donde caíste – reflita;

– arrepende-te – mude a sua maneira de pensar;

– pratica as primeiras obras – retorne.

O Senhor está desejoso de lhe encontrar para um tempo gostoso junto às águas de descanso. Deixe de lado a sua bagagem, deixe de lado as suas necessidades, deixe de lado as coisas que têm tomado o seu tempo, deixe de lado agora as coisas que têm te afastado do Pai. Ele deseja ter um tempo de qualidade com você. Ele quer ver você sorrindo outra vez; Ele deseja ver você realmente alegre. Jogue fora as suas justificativas; deixe que Ele conheça aquilo que aperta o seu coração. Fale com Ele das tuas tristezas, Ele te entende. Ele quer ouvir você falando honestamente. Não tenha medo, Ele é o Pai perfeito e tem muitos filhos parecidos com você. Outros já falaram com Ele de problemas muito semelhantes aos seus, não tenha vergonha.

1 = Michaelis Moderno Dicionário da Língua Portuguesa

2 = Wikipedia English – The Free Encyclopedia

3 = Michaelis Moderno Dicionário da Língua Portuguesa

4 = Michaelis Moderno Dicionário da Língua Portuguesa

5 = Michaelis Moderno Dicionário da Língua Portuguesa

Vencendo a tribulação pela Palavra de Deus

Muitas vezes somos levados a pensar que não daremos conta do que Deus está nos propondo. Parece que tudo se torna muito maior do que nós. Parece que, realmente, não daremos conta. Mas, será que Deus permitiria que viesse sobre nós qualquer nível de tribulação que fosse acima do que podemos suportar? Bem, pode ser que sim. Alguns homens de Deus foram perseguidos até a morte. A questão é: temos nós fé suficiente para permanecer inabaláveis até a morte? Temos fé suficiente para nos sustentar frente às mais terríveis tribulações? Conforme Hebreus 11, por ela os antigos alcançaram bom testemunho. Pela fé Abel ofereceu a Deus mais excelente sacrifício que Caim, pelo qual alcançou testemunho de que era justo, dando Deus testemunho das suas oferendas, e por meio dela depois de morto, ainda fala. Pela fé Enoque foi trasladado para não ver a morte; e não foi achado, porque Deus o trasladara; pois antes da sua trasladação alcançou testemunho de que agradara a Deus. Ora, sem fé é impossível agradar a Deus; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe, e que é galardoador dos que o buscam. Pela fé Noé, divinamente avisado das coisas que ainda não se viam, sendo temente a Deus, preparou uma arca para o salvamento da sua família; e por esta fé condenou o mundo, e tornou-se herdeiro da justiça que é segundo a fé. Pela fé Abraão, sendo chamado, obedeceu, saindo para um lugar que havia de receber por herança; e saiu, sem saber para onde ia. Pela fé peregrinou na terra da promessa, como em terra alheia, habitando em tendas com Isaque e Jacó, herdeiros com ele da mesma promessa; porque esperava a cidade que tem os fundamentos, da qual o arquiteto e edificador é Deus. Pela fé, até a própria Sara recebeu a virtude de conceber um filho, mesmo fora da idade, porquanto teve por fiel aquele que lho havia prometido. Pelo que também de um, e esse já amortecido, descenderam tantos, em multidão, como as estrelas do céu, e como a areia inumerável que está na praia do mar. Todos estes morreram na fé, sem terem alcançado as promessas; mas tendo-as visto e saudado, de longe, confessaram que eram estrangeiros e peregrinos na terra. Ora, os que tais coisas dizem, mostram que estão buscando uma pátria. E se, na verdade, se lembrassem daquela donde haviam saído, teriam oportunidade de voltar. Mas agora desejam uma pátria melhor, isto é, a celestial. Pelo que também Deus não se envergonha deles, de ser chamado seu Deus, porque já lhes preparou uma cidade.
E o nosso irmão Abraão?
Pela fé Abraão, sendo provado, ofereceu Isaque; sim, ia oferecendo o seu unigênito aquele que recebera as promessas, e a quem se havia dito: Em Isaque será chamada a tua descendência, julgando que Deus era poderoso para até dos mortos o ressuscitar; e daí também em figura o recobrou. Pela fé Isaque abençoou Jacó e a Esaú, no tocante às coisas futuras. Pela fé Jacó, quando estava para morrer, abençoou cada um dos filhos de José, e adorou, inclinado sobre a extremidade do seu bordão.
Lembra-se de ter ouvido falar de José do Egito?
Pela fé José, estando próximo o seu fim, fez menção da saída dos filhos de Israel, e deu ordem acerca de seus ossos. Pela fé Moisés, logo ao nascer, foi escondido por seus pais durante três meses, porque viram que o menino era formoso; e não temeram o decreto do rei. Pela fé Moisés, sendo já homem, recusou ser chamado filho da filha de Faraó, escolhendo antes ser maltratado com o povo de Deus do que ter por algum tempo o gozo do pecado, tendo por maiores riquezas o opróbrio de Cristo do que os tesouros do Egito; porque tinha em vista a recompensa. Pela fé deixou o Egito, não temendo a ira do rei; porque ficou firme, como quem vê aquele que é invisível. Pela fé celebrou a páscoa e a aspersão do sangue, para que o destruidor dos primogênitos não lhes tocasse. Pela fé os israelitas atravessaram o Mar Vermelho, como por terra seca; e tentando isso os egípcios, foram afogados. Pela fé caíram os muros de Jericó, depois de rodeados por sete dias. Pela fé Raabe, a meretriz, não pereceu com os desobedientes, tendo acolhido em paz os espias.
E que mais direi? Pois me faltará o tempo, se eu contar de Gideão, de Baraque, de Sansão, de Jefté, de Davi, de Samuel e dos profetas; os quais por meio da fé venceram reinos, praticaram a justiça, alcançaram promessas, fecharam a boca dos leões, apagaram a força do fogo, escaparam ao fio da espada, da fraqueza tiraram forças, tornaram-se poderosos na guerra, puseram em fuga exércitos estrangeiros. As mulheres receberam pela ressurreição os seus mortos; uns foram torturados, não aceitando o seu livramento, para alcançarem uma melhor ressurreição; e outros experimentaram escárnios e açoites, e ainda cadeias e prisões. Foram apedrejados e tentados; foram serrados ao meio; morreram ao fio da espada; andaram vestidos de peles de ovelhas e de cabras, necessitados, aflitos e maltratados (dos quais o mundo não era digno), errantes pelos desertos e montes, e pelas covas e cavernas da terra. E todos estes, embora tendo recebido bom testemunho pela fé, contudo não alcançaram a promessa; visto que Deus provera alguma coisa melhor a nosso respeito, para que eles, sem nós, não fossem aperfeiçoados. ( Hb. 11: 3 – 40 )
Mas, e a nossa fé? No que está fundamentada? E a nossa motivação? Em que direção tem nos levado? Nossa fé nos sustenta quando tudo vai mal? Ela é suficiente para nos manter olhando para Jesus, o Autor e Consumador da nossa fé? É suficiente para ver o tamanho da testa do gigante e a impossibilidade de a errarmos, mesmo com uma pedra pequena? Ou só tem sido suficiente para pequenos feitos hipócritas, como orar por alguém enfermo e pedir a Deus que faça conforme a Sua Soberana vontade? Ou tem sido suficiente apenas para nos levar para os assuntos escatológicos e pedir que Deus traga logo o juízo final sobre a Terra e consuma a todos os que andam na iniqüidade?
“Considerai, pois aquele que suportou tal contradição dos pecadores contra si mesmo, para que não vos canseis, desfalecendo em vossas almas. Ainda não resististes até o sangue, combatendo contra o pecado; e já vos esquecestes da exortação que vos admoesta como a filhos: Filho meu, não desprezes a correção do Senhor, nem te desanimes quando por ele és repreendido; pois o Senhor corrige ao que ama, e açoita a todo o que recebe por filho. É para disciplina que sofreis; Deus vos trata como a filhos; pois qual é o filho a quem o pai não corrija?” ( Hb. 12: 3 – 6 )
Será que seríamos capazes de olhar para as situações que estamos vivendo neste momento e considerar o texto acima, ou ficaríamos arrazoando com a nossa mente dizendo: Ah! Mas, eu não sou o apóstolo Paulo, muito menos Abraão, ou José. Aqueles homens viram a Deus bem de perto, eu não cheguei a vê-Lo. Será que Jesus terá que nos dizer as palavras que disse a Tomé: “Chega aqui o teu dedo, e vê as minhas mãos; chega a tua mão, e mete-a no meu lado; e não mais sejas incrédulo, mas crente.” ( Jo. 20: 27 )? Que fé seria esta que tem que ver pra crer? Certamente não é a fé mencionada em Hebreus, no capítulo onze.
Não quero com esta palavra apenas confrontar você, mas reavivar a minha própria fé. No mundo em que vivemos, somos levados todos os dias a situações criadas para nos roubar a fé, para nos desanimar, para deixar a comunidade com a qual convivemos, para jogar tudo para o alto e desistir. Se a alegria do Senhor é a nossa força, somos levados aos níveis mais profundos de tristeza para que sejamos enfraquecidos. Então, queremos abandonar todos os nossos relacionamentos, afinal, Deus não se importa mesmo comigo… Mas, o Senhor não perdeu o controle. Ele jamais quebrará a Sua aliança conosco. Tudo está debaixo do poder de suas fortes mãos. Nada nos sobrevirá sem a permissão Dele. E Ele nada imporá sobre nós que não nos seja possível suportar.
“Mas Sião diz: O Senhor me desamparou, o meu Senhor se esqueceu de mim. Pode uma mulher esquecer-se de seu filho de peito, de maneira que não se compadeça do filho do seu ventre? Mas ainda que esta se esquecesse, eu, todavia, não me esquecerei de ti. Eis que nas palmas das minhas mãos eu te gravei; os teus muros estão continuamente diante de mim.” ( Is. 49: 14 – 16 )

Em que posição nos encontramos? Somos como Jó, ou como sua esposa? Estamos prontos a passar pela tribulação, ou a aconselhar que Deus seja amaldiçoado como forma de trazer a morte como solução? Quem sabe se não estamos na posição dos “amigos de Jó” e não estamos prontos a condenar alguém pelas tribulações que está sofrendo? Talvez estejamos atribuindo o sofrimento de um irmão a uma “maldição”, quando Deus o está disciplinando, corrigindo e ensinando. E o que nos diz o sofrido irmão Jó?
Jó 5: 6 – 27
“Porque a aflição não procede do pó, nem a tribulação brota da terra; 7 mas o homem nasce para a tribulação, como as faíscas voam para cima. 8 Mas quanto a mim eu buscaria a Deus, e a Deus entregaria a minha causa; 9 o qual faz coisas grandes e inescrutáveis, maravilhas sem número. 10 Ele derrama a chuva sobre a terra, e envia águas sobre os campos. 11 Ele põe num lugar alto os abatidos; e os que choram são exaltados à segurança. 12 Ele frustra as maquinações dos astutos, de modo que as suas mãos não possam levar coisa alguma a efeito. 13 Ele apanha os sábios na sua própria astúcia, e o conselho dos perversos se precipita. 14 Eles de dia encontram as trevas, e ao meio-dia andam às apalpadelas, como de noite. 15 Mas Deus livra o necessitado da espada da boca deles, e da mão do poderoso. 16 Assim há esperança para o pobre; e a iniqüidade tapa a boca. 17 Eis que bem-aventurado é o homem a quem Deus corrige; não desprezes, pois, a correção do Todo-Poderoso. 18 Pois ele faz a ferida, e ele mesmo a liga; ele fere, e as suas mãos curam. 19 Em seis angústias te livrará, e em sete o mal não te tocará. 20 Na fome te livrará da morte, e na guerra do poder da espada. 21 Do açoite da língua estarás abrigado, e não temerás a assolação, quando chegar. 22 Da assolação e da fome te rirás, e dos animais da terra não terás medo. 23 Pois até com as pedras do campo terás a tua aliança, e as feras do campo estarão em paz contigo. 24 Saberás que a tua tenda está em paz; visitarás o teu rebanho, e nada te faltará. 25 Também saberás que se multiplicará a tua descendência e a tua posteridade como a erva da terra. 26 Em boa velhice irás à sepultura, como se recolhe o feixe de trigo a seu tempo. 27 Eis que isso já o havemos inquirido, e assim o é; ouve-o, e conhece-o para teu bem.”

Palavras fortes, estas, não? Porém saíram de um coração que estava entregue, rendido ao amor de Deus. Um coração que em momento algum atribuiu a Deus a responsabilidade por suas chagas ou suas dores. Um coração que soube ouvir as palavras faltas de sabedoria de seus amigos, as críticas, as acusações e mais tarde orar pelos mesmos amigos para que fossem aceitos diante de Deus. Uma pessoa como esta é capaz de compor salmos ao Senhor que declarem as Suas grandezas e os Seus livramentos. Em todo momento vamos perceber a manifestação da fé do salmista, a alegria de quem, ao passar pela tribulação, pode contar com a forte mão do Senhor. Esta é uma fé operante, é a fé que precisamos desenvolver e demonstrar em momentos difíceis pelos quais passamos como quem está atravessando o vale da sombra da morte.

“Sl. 107:1 Dai graças ao Senhor, porque ele é bom; porque a sua benignidade dura para sempre; 2 digam-no os remidos do Senhor, os quais ele remiu da mão do inimigo, 3 e os que congregou dentre as terras, do Oriente e do Ocidente, do Norte e do Sul. 4 Andaram desgarrados pelo deserto, por caminho ermo; não acharam cidade em que habitassem. 5 Andavam famintos e sedentos; desfalecia-lhes a alma. 6 E clamaram ao Senhor na sua tribulação, e ele os livrou das suas angústias; 7 conduziu-os por um caminho direito, para irem a uma cidade em que habitassem. 8 Dêem graças ao Senhor pela sua benignidade, e pelas suas maravilhas para com os filhos dos homens! 9 Pois ele satisfaz a alma sedenta, e enche de bens a alma faminta. 10 Quanto aos que se assentavam nas trevas e sombra da morte, presos em aflição e em ferros, 11 por se haverem rebelado contra as palavras de Deus, e desprezado o conselho do Altíssimo, 12 eis que lhes abateu o coração com trabalho; tropeçaram, e não houve quem os ajudasse. 13 Então clamaram ao Senhor na sua tribulação, e ele os livrou das suas angústias. 14 Tirou-os das trevas e da sombra da morte, e quebrou-lhes as prisões. 15 Dêem graças ao Senhor pela sua benignidade, e pelas suas maravilhas para com os filhos dos homens! 16 Pois quebrou as portas de bronze e despedaçou as trancas de ferro. 17 Os insensatos, por causa do seu caminho de transgressão, e por causa das suas iniqüidades, são afligidos. 18 A sua alma aborreceu toda sorte de comida, e eles chegaram até as portas da morte. 19 Então clamaram ao Senhor na sua tribulação, e ele os livrou das suas angústias. 20 Enviou a sua palavra, e os sarou, e os livrou da destruição. 21 Dêem graças ao Senhor pela sua benignidade, e pelas suas maravilhas para com os filhos dos homens! 22 Ofereçam sacrifícios de louvor, e relatem as suas obras com regozijo! 23 Os que descem ao mar em navios, os que fazem comércio nas grandes águas, 24 esses vêem as obras do Senhor, e as suas maravilhas no abismo. 25 Pois ele manda, e faz levantar o vento tempestuoso, que eleva as ondas do mar. 26 Eles sobem ao céu, descem ao abismo; esvaece-lhes a alma de aflição. 27 Balançam e cambaleiam como ébrios, e perdem todo o tino. 28 Então clamam ao Senhor na sua tribulação, e ele os livra das suas angústias. 29 Faz cessar a tormenta, de modo que se acalmam as ondas. 30 Então eles se alegram com a bonança; e assim ele os leva ao porto desejado. 31 Dêem graças ao Senhor pela sua benignidade, e pelas suas maravilhas para com os filhos dos homens! 32 Exaltem-no na congregação do povo, e louvem-no na assembléia dos anciãos! 33 Ele converte rios em deserto, e nascentes em terra sedenta; 34 a terra frutífera em deserto salgado, por causa da maldade dos que nela habitam. 35 Converte o deserto em lagos, e a terra seca em nascentes. 36 E faz habitar ali os famintos, que edificam uma cidade para sua habitação; 37 semeiam campos e plantam vinhas, que produzem frutos abundantes. 38 Ele os abençoa, de modo que se multiplicam sobremaneira; e não permite que o seu gado diminua. 39 Quando eles decrescem e são abatidos pela opressão, aflição e tristeza, 40 ele lança o desprezo sobre os príncipes, e os faz desgarrados pelo deserto, onde não há caminho. 41 Mas levanta da opressão o necessitado para um alto retiro, e dá-lhe famílias como um rebanho. 42 Os retos o vêem e se regozijam, e toda a iniqüidade tapa a sua própria boca. 43 Quem é sábio observe estas coisas, e considere atentamente as benignidades do Senhor.”

“Sl. 116:1 Amo ao Senhor, porque ele ouve a minha voz e a minha súplica. 2 Porque inclina para mim o seu ouvido, invocá-lo-ei enquanto viver. 3 Os laços da morte me cercaram; as angústias do Seol se apoderaram de mim; sofri tribulação e tristeza. 4 Então invoquei o nome do Senhor, dizendo: Ó Senhor, eu te rogo, livra-me. 5 Compassivo é o Senhor, e justo; sim, misericordioso é o nosso Deus. 6 O Senhor guarda os simples; quando me acho abatido, ele me salva. 7 Volta, minha alma, ao teu repouso, pois o Senhor te fez bem. 8 Pois livraste a minha alma da morte, os meus olhos das lágrimas, e os meus pés de tropeçar. 9 Andarei perante o Senhor, na terra dos viventes. 10 Cri, por isso falei; estive muito aflito.”

“Sl. 119:143 Tribulação e angústia se apoderaram de mim; mas os teus mandamentos são o meu prazer.”

Já no Novo Testamento encontraremos o apóstolo Paulo testemunhando do amor de Deus em meio à tribulação. Podemos dizer: Ah! Mas ele era o apóstolo Paulo. Sim, mas antes ele era o fariseu Saulo. Homem fervoroso no serviço ao Senhor, zeloso em tudo o que fazia, chamado por si mesmo fariseu dos fariseus, perseguidor da Igreja. Ele pensava que tudo o que fazia era agradável ao Senhor. Só mais tarde foi que ele descobriu o engano sob o qual vivia e, confrontado pelo próprio Senhor no caminho de Damasco começou a compreender a loucura que vinha praticando e as mudanças pelas quais deveria passar. Tudo nos leva a crer que o irmão Saulo não desceu no nível de zelo para com as coisas do Senhor, ao contrário, ele mostrou profundo zelo para com o Evangelho e a Igreja do Senhor Jesus Cristo. Porém, nem por isso ele deixou de ser perseguido, ou de sofrer tribulações. Mas, quais as palavras que ele escreve a respeito das tribulações?

“Rm. 5:1 Justificados, pois, pela fé, tenhamos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo, 2 por quem obtivemos também nosso acesso pela fé a esta graça, na qual estamos firmes, e gloriemo-nos na esperança da glória de Deus. 3 E não somente isso, mas também gloriemo-nos nas tribulações; sabendo que a tribulação produz a perseverança, 4 e a perseverança a experiência, e a experiência a esperança; 5 e a esperança não desaponta, porquanto o amor de Deus está derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado. 6 Pois, quando ainda éramos fracos, Cristo morreu a seu tempo pelos ímpios.”

A tribulação produz perseverança, experiência e esperança.

“Rm. 8:31 Que diremos, pois, a estas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós? 32 Aquele que nem mesmo a seu próprio Filho poupou, antes o entregou por todos nós, como não nos dará também com ele todas as coisas? 33 Quem intentará acusação contra os escolhidos de Deus? É Deus quem os justifica; 34 Quem os condenará? Cristo Jesus é quem morreu, ou antes quem ressurgiu dentre os mortos, o qual está à direita de Deus, e também intercede por nós; 35 quem nos separará do amor de Cristo? a tribulação, ou a angústia, ou a perseguição, ou a fome, ou a nudez, ou o perigo, ou a espada? 36 Como está escrito: Por amor de ti somos entregues à morte o dia todo; fomos considerados como ovelhas para o matadouro. 37 Mas em todas estas coisas somos mais que vencedores, por aquele que nos amou. 38 Porque estou certo de que, nem a morte, nem a vida, nem anjos, nem principados, nem coisas presentes, nem futuras, nem potestades, 39 nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor.”

A tribulação não pode nos separar do amor de Deus que está em Cristo Jesus.

“Rm. 12:12 alegrai-vos na esperança, sede pacientes na tribulação, perseverai na oração;”

“2Co. 1:2 Graça a vós, e paz da parte de Deus nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo. 3 Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai das misericórdias e Deus de toda a consolação, 4 que nos consola em toda a nossa tribulação, para que também possamos consolar os que estiverem em alguma tribulação, pela consolação com que nós mesmos somos consolados por Deus.”

É na tribulação que Ele nos consola. Não somos jamais abandonados! Este é um tempo de sermos treinados com o objetivo de consolar a outros pela mesma consolação com que nós mesmos somos consolados por Deus!

“2Co. 4:16 Por isso não desfalecemos; mas ainda que o nosso homem exterior se esteja consumindo, o interior, contudo, se renova de dia em dia. 17 Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós cada vez mais abundantemente um eterno peso de glória; 18 não atentando nós nas coisas que se vêem, mas sim nas que se não vêem; porque as que se vêem são temporais, enquanto as que se não vêem são eternas.”

O amado irmão Paulo nos diz que a tribulação que vivemos nos nossos dias é leve e momentânea e não tem significado frente ao eterno peso de glória produzido para nós.

“At. 14:19 Sobrevieram, porém, judeus de Antioquia e de Icônio e, havendo persuadido as multidões, apedrejaram a Paulo, e arrastaram-no para fora da cidade, cuidando que estava morto. 20 Mas quando os discípulos o rodearam, ele se levantou e entrou na cidade. No dia seguinte partiu com Barnabé para Derbe. 21 E, tendo anunciado o evangelho naquela cidade e feito muitos discípulos, voltaram para Listra, Icônio e Antioquia, 22 confirmando as almas dos discípulos, exortando-os a perseverarem na fé, dizendo que por muitas tribulações nos é necessário entrar no reino de Deus.”

Depois de ter sido apedrejado, ao invés de reclamar, murmurar, praguejar contra as pessoas da cidade, ele estimulou aos crentes daquele lugar dizendo que perseverassem na fé porque por muitas tribulações nos é necessário entrar no reino de Deus. Não foi com uma festa tremenda que Paulo foi recebido, mas isso não mudou a sua fé, nem diminuiu o seu desejo ardente de pregar o Evangelho onde ele ainda não havia sido pregado.

“2Ts. 1:4 De maneira que nós mesmos nos gloriamos de vós nas igrejas de Deus por causa da vossa constância e fé em todas as perseguições e aflições que suportais; 5 o que é prova clara do justo juízo de Deus, para que sejais havidos por dignos do reino de Deus, pelo qual também padeceis; 6 se de fato é justo diante de Deus que ele dê em paga tribulação aos que vos atribulam, 7 e a vós, que sois atribulados, alívio juntamente conosco, quando do céu se manifestar o Senhor Jesus com os anjos do seu poder em chama de fogo, 8 e tomar vingança dos que não conhecem a Deus e dos que não obedecem ao evangelho de nosso Senhor Jesus; 9 os quais sofrerão, como castigo, a perdição eterna, banidos da face do senhor e da glória do seu poder, 10 quando naquele dia ele vier para ser glorificado nos seus santos e para ser admirado em todos os que tiverem crido (porquanto o nosso testemunho foi crido entre vós). 11 Pelo que também rogamos sempre por vós, para que o nosso Deus vos faça dignos da sua vocação, e cumpra com poder todo desejo de bondade e toda obra de fé. 12 para que o nome de nosso Senhor Jesus seja glorificado em vós, e vós nele, segundo a graça de nosso Deus e do Senhor Jesus Cristo.”

Nosso irmão Paulo sabia o significado da palavra tribulação pela experiência.

“2Co. 11:22 São hebreus? também eu; são israelitas? também eu; são descendência de Abraão? também eu; 23 são ministros de Cristo? falo como fora de mim, eu ainda mais; em trabalhos muito mais; em prisões muito mais; em açoites sem medida; em perigo de morte muitas vezes; 24 dos judeus cinco vezes recebi quarenta açoites menos um. 25 Três vezes fui açoitado com varas, uma vez fui apedrejado, três vezes sofri naufrágio, uma noite e um dia passei no abismo; 26 em viagens muitas vezes, em perigos de rios, em perigos de salteadores, em perigos dos da minha raça, em perigos dos gentios, em perigos na cidade, em perigos no deserto, em perigos no mar, em perigos entre falsos irmãos; 27 em trabalhos e fadiga, em vigílias muitas vezes, em fome e sede, em jejuns muitas vezes, em frio e nudez.”

Paulo não está declarando que tudo isso foi fácil de viver. Ele põe peso em suas palavras quando fala de suas lutas. Mas, apesar das lutas ele não se entregou. Ele não ensinou a murmurar, a reclamar, a fugir, mas a continuar fazendo aquilo para o que fomos chamados. Ele declarou: “Rm. 8:37 Mas em todas estas coisas somos mais que vencedores, por aquele que nos amou.”
Em sua carta chamada, a carta da alegria ele escreve algo muito estimulante: “Fp. 1:21 Porque para mim o viver é Cristo, e o morrer é lucro. 22 Mas, se o viver na carne resultar para mim em fruto do meu trabalho, não sei então o que hei de escolher. 23 Mas de ambos os lados estou em aperto, tendo desejo de partir e estar com Cristo, porque isto é ainda muito melhor; 24 todavia, por causa de vós, julgo mais necessário permanecer na carne. 25 E, tendo esta confiança, sei que ficarei, e permanecerei com todos vós para vosso progresso e gozo na fé; 26 para que o motivo de vos gloriardes cresça por mim em Cristo Jesus, pela minha presença de novo convosco. 27 Somente portai-vos, dum modo digno do evangelho de Cristo, para que, quer vá e vos veja, quer esteja ausente, ouça acerca de vós que permaneceis firmes num só espírito, combatendo juntamente com uma só alma pela fé do evangelho; 28 e que em nada estais atemorizados pelos adversários, o que para eles é indício de perdição, mas para vós de salvação, e isso da parte de Deus; 29 pois vos foi concedido, por amor de Cristo, não somente o crer nele, mas também o padecer por ele, 30 tendo o mesmo combate que já em mim tendes visto e agora ouvis que está em mim.”
O apóstolo traz uma declaração para a qual poucos de nós atentamos: recebemos de Deus o privilégio de poder padecer por Cristo! Mas, quem para isso é idôneo? Quem deseja isso? Onde estão os cristãos maduros e dispostos a realmente padecer por Ele? Ao que me parece, os cristãos da atualidade estão mais dispostos à prosperidade, à vida regalada, às orações que resolvem quaisquer problemas. Ledo engano! Deus não está preocupado em atender às nossas demandas, Ele tem as Suas próprias. Nós somos os que estamos preocupados em conquistar a casa nova, o carro novo, a conta bancária gorda, a “prosperidade” e temos deixado de lado os princípios do Reino de Deus. Pedro, ainda discípulo, disse a Jesus que ele e os demais haviam deixado tudo para seguir o Mestre. Jesus então lhe responde: “Mc. 10:29 Respondeu Jesus: Em verdade vos digo que ninguém há, que tenha deixado casa, ou irmãos, ou irmãs, ou mãe, ou pai, ou filhos, ou campos, por amor de mim e do evangelho, 30 que não receba cem vezes tanto, já neste tempo, em casas, e irmãos, e irmãs, e mães, e filhos, e campos, com perseguições; e no mundo vindouro a vida eterna.” Jesus não agradeceu a Pedro pela atitude dos discípulos de terem deixado tudo, mas disse que a perseguição seria um dos prêmios que eles receberiam.
O apóstolo Paulo chegou ao ponto de se gloriar nas fraquezas! “2Co. 12:7 E, para que me não exaltasse demais pela excelência das revelações, foi-me dado um espinho na carne, a saber, um mensageiro de Satanás para me esbofetear, a fim de que eu não me exalte demais; 8 acerca do qual três vezes roguei ao Senhor que o afastasse de mim; 9 e ele me disse: A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza. Por isso, de boa vontade antes me gloriarei nas minhas fraquezas, a fim de que repouse sobre mim o poder de Cristo. 10 Pelo que sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias por amor de Cristo. Porque quando estou fraco, então é que sou forte.” Ele compreendia que o poder do qual ele precisava emanava de Deus e não dele mesmo! Por isso, para ele, estar fraco significava oportunidade para a manifestação do poder de Deus em sua vida e através dela! Aleluia! Quantos de nós compreendemos isso? A maioria de nós se lamenta por ser fraco e fica cheio de auto-comiseração por não achar em si forças para os combates. Mas, o nosso Deus é aquele que vai à nossa frente e peleja as nossas guerras. Tudo o que temos que fazer é entregar tudo a Ele para que Ele governe. O mesmo apóstolo escrevendo a Timóteo, seu filho espiritual diz: “2Tm. 3:12 E na verdade todos os que querem viver piamente em Cristo Jesus padecerão perseguições. 13 Mas os homens maus e impostores irão de mal a pior, enganando e sendo enganados. 14 Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste, e de que foste inteirado, sabendo de quem o tens aprendido,”
Ele não excluiu ninguém, mas disse “todos os que quiserem viver piamente em Cristo Jesus”. Então, se você tem passado por tribulações, louve ao Senhor. Mude a postura da murmuração para a postura da gratidão. O Senhor te ama! Ele está atento a todas as coisas que estão lhe ocorrendo! Você é como a menina dos Seus olhos! Creia! Não deixe o inimigo lhe conduzir pelo caminho mais difícil. Se entregue nos braços do Pai pra que Ele mesmo lhe conduza pelo caminho da tribulação que leva à perseverança, à experiência e à esperança. Deixe que o Pai lhe corrija, discipline e utilize os instrumentos que irão gerar para você um eterno peso de glória. Tire os olhos das coisas temporais e ponha-os nas que são eternas. Creia na verdade da Palavra de Deus que diz que: “O Senhor é bom e a Sua misericórdia dura para sempre”. Ouça o testemunho da Palavra de Deus quando diz: “1Jo. 4:4 Filhinhos, vós sois de Deus, e já os tendes vencido; porque maior é aquele que está em vós do que aquele que está no mundo. 5 Eles são do mundo, por isso falam como quem é do mundo, e o mundo os ouve. 6 Nós somos de Deus; quem conhece a Deus nos ouve; quem não é de Deus não nos ouve. assim é que conhecemos o espírito da verdade e o espírito do erro.”
Busque viver intensamente para Deus e deixe que Ele se revele a você em meio à sua tribulação. Você irá se surpreender com o amor de Deus.

Deus lhe abençoe em Cristo.

As Armas da Nossa Milícia

“Porque, embora andando na carne, não militamos segundo a carne, pois as armas da nossa milícia não são carnais, mas poderosas em Deus, para demolição de fortalezas; derribando raciocínios e todo baluarte que se ergue contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo pensamento à obediência a Cristo;” ( 2Co. 10: 3 – 5 )

Quero trazer à sua memória que há poder de Deus liberado sobre a sua vida para vencer todo tipo de tribulação, tentação e para destruir todo o poder do inferno que se levantou contra a sua vida. Deus não nos lançou na Terra e depois nos abandonou para sempre entregues ao pecado e a Satanás para depois nos condenar ao inferno. Ele não é irresponsável quanto a nós, ao contrário, o fato de nos ter criado gerou Nele mesmo a responsabilidade de cuidar de nós e de nos prover de todas as necessidades para uma vida plena. Então, Ele nos disponibiliza todas as coisas de que tenhamos necessidade para esta referida vida e nós entramos de posse destas coisas, se quisermos. Porém, algumas pessoas preferem continuar vivendo como se o mundo fosse um grande “Self-service” de produtos para a satisfação da carne e por isso, jamais experimentam a vida plena que o Pai tem para nos dar. É verdadeiro afirmar que não precisamos nos esforçar para pecar, porque o pecado já é muito atraente para que tenhamos que lutar para cometê-lo. Mas a nossa luta contra o pecado requer esforço. A questão é que alguns de nós não estamos prontos para lutar contra o pecado, porque preferimos agradar a nós mesmos andando na satisfação da carne. E aqui há algo para atentarmos: uma coisa é andar na carne, ou seja, estar vivo fisicamente, porém mortificando a vontade forte da carne. Outra coisa é andar na satisfação da carne, ou seja, provendo para a carne tudo o que ela deseja, estando por isso mesmo morto espiritualmente. Nossa carne precisa ser disciplinada através de uma submissão total à vontade do nosso Senhor Jesus Cristo, ou caso contrário, teremos que chamá-la de “senhora carne” “…porque de quem um homem é vencido, do mesmo é feito escravo.” ( 2Pd. 2: 19 ) Portanto, se somos vencidos pela carne em sua vontade forte, temos nos tornado escravos do pecado. “Rm. 6:1 Que diremos, pois? Permaneceremos no pecado, para que abunde a graça? 2 De modo nenhum. Nós, que já morremos para o pecado, como viveremos ainda nele? 3 Ou, porventura, ignorais que todos quantos fomos batizados em Cristo Jesus fomos batizados na sua morte? 4 Fomos, pois, sepultados com ele pelo batismo na morte, para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim andemos nós também em novidade de vida. 5 Porque, se temos sido unidos a ele na semelhança da sua morte, certamente também o seremos na semelhança da sua ressurreição; 6 sabendo isto, que o nosso homem velho foi crucificado com ele, para que o corpo do pecado fosse desfeito, a fim de não servirmos mais ao pecado. 7 Pois quem está morto está justificado do pecado. 8 Ora, se já morremos com Cristo, cremos que também com ele viveremos, 9 sabendo que, tendo Cristo ressurgido dentre os mortos, já não morre mais; a morte não mais tem domínio sobre ele. 10 Pois quanto a ter morrido, de uma vez por todas morreu para o pecado, mas quanto a viver, vive para Deus. 11 Assim também vós considerai-vos como mortos para o pecado, mas vivos para Deus, em Cristo Jesus. 12 Não reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal, para obedecerdes às suas concupiscências; 13 nem tampouco apresenteis os vossos membros ao pecado como instrumentos de iniqüidade; mas apresentai-vos a Deus, como redivivos dentre os mortos, e os vossos membros a Deus, como instrumentos de justiça. 14 Pois o pecado não terá domínio sobre vós, porquanto não estais debaixo da lei, mas debaixo da graça. 15 Pois quê? Havemos de pecar porque não estamos debaixo da lei, mas debaixo da graça? De modo nenhum. 16 Não sabeis que daquele a quem vos apresentais como servos para lhe obedecer, sois servos desse mesmo a quem obedeceis, seja do pecado para a morte, ou da obediência para a justiça? 17 Mas graças a Deus que, embora tendo sido servos do pecado, obedecestes de coração à forma de doutrina a que fostes entregues; 18 e libertos do pecado, fostes feitos servos da justiça.”

Glória a Deus!

Esta é a grande liberdade para a qual Cristo nos chamou e por causa da qual muitos têm se entregado ao pecado. Mas, o mesmo apóstolo nos adverte quanto a essa prática libertina. “Gal 5:13 Porque vós, irmãos, fostes chamados à liberdade. Mas não useis da liberdade para dar ocasião à carne, antes pelo amor servi-vos uns aos outros.” A graça não é, portanto, a permissividade nem a libertinagem como alguns pensam; e por causa disso entendem que podem cometer pecado à vontade, andar de bar em bar e de orgia em orgia, de mentira em mentira e de roubo em roubo. Não! “1Jo. 3:1 Vede que grande amor nos tem concedido o Pai: que fôssemos chamados filhos de Deus; e nós o somos. Por isso o mundo não nos conhece; porque não conheceu a ele. 2 Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não é manifesto o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele; porque assim como é, o veremos. 3 E todo o que nele tem esta esperança, purifica-se a si mesmo, assim como ele é puro. 4 Todo aquele que vive habitualmente no pecado também vive na rebeldia, pois o pecado é rebeldia. 5 E bem sabeis que ele se manifestou para tirar os pecados; e nele não há pecado. 6 Todo o que permanece nele não vive pecando; todo o que vive pecando não o viu nem o conhece. 7 Filhinhos, ninguém vos engane; quem pratica a justiça é justo, assim como ele é justo; 8 quem comete pecado é do Diabo; porque o Diabo peca desde o princípio. Para isto o Filho de Deus se manifestou: para destruir as obras do Diabo. 9 Aquele que é nascido de Deus não peca habitualmente; porque a semente de Deus permanece nele, e não pode continuar no pecado, porque é nascido de Deus.”

Bem, mas o tema da mensagem não é o pecado, mas as nossas armas espirituais. Sim, mas como entregar armas espirituais a pessoas que vivem na prática do pecado? Seria uma irresponsabilidade! Seria como entregar armas aos bandidos! Não é isso o que desejamos. Então, voltemos ao texto inicial que começa dizendo: “embora andando na carne” e você vai entender tudo o que foi dito até agora.

Andando na carne

Este andar na carne a que o apóstolo Paulo se refere enquanto escreve aos crentes de Corinto, não significa andar na satisfação da carne, mas simplesmente significa ser humano. Ou seja, o andar na carne aqui significa apenas ser gente, estar neste corpo, ou neste tabernáculo, como o próprio apóstolo escreve em outra ocasião. Então, o andar na carne não é viver na prática do pecado. Por isso ele declara logo em seguida que nossas armas, ou, as armas da nossa milícia não são carnais. É claro que não! Uma vez que morremos e ressuscitamos, nossas armas são espirituais! Porém, muitos dos que se dizem cristãos ainda reagem na carne às tribulações e às tentações. Por isso não conseguem viver uma vida de vitória. Estão sempre sofrendo, em tristezas, em angústias e jamais experimentam a vida que Jesus proveu para nós. Se sendo atribulados, reagem na carne, como experimentarão o poder de Deus em suas próprias vidas? E como é esse reagir na carne? Vamos nos lembrar do que diz o apóstolo Paulo sobre as obras da carne: “Gl. 5:19 Ora, as obras da carne são manifestas, as quais são: a prostituição, a impureza, a lascívia, 20 a idolatria, a feitiçaria, as inimizades, as contendas, os ciúmes, as iras, as facções, as dissensões, os partidos, 21 as invejas, as bebedices, as orgias, e coisas semelhantes a estas, contra as quais vos previno, como já antes vos preveni, que os que tais coisas praticam não herdarão o reino de Deus.” Tremendamente esclarecedor para nós, este texto! Se quando sou atribulado, ou tentado, manifesto as obras da carne, então será impossível andar em vitória. A carne continua sendo vitoriosa e, portanto, não tem sido levada à cruz. O que Jesus declarou a todos os que quisessem ser seus discípulos foi: “Lc. 9:23 Em seguida dizia a todos: Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome cada dia a sua cruz, e siga-me.” Observe o contexto deste versículo: Jesus estava dizendo que Ele iria ser rejeitado pelos mais experientes ( anciãos ), pelos religiosos ( escribas e fariseus ) e até que seria morto! É neste contexto que Jesus declara que aquele que quiser ser seu discípulo terá que levar a própria cruz! Ainda no Evangelho de Lucas, no capítulo catorze e versículo vinte e sete ele continua dizendo que se não houver renúncia não poderemos ser seus discípulos! Se você não tem tomado diariamente a sua cruz, como pode desejar seguir a Jesus? Como espera vencer as tribulações e as tentações? Não há nenhum outro caminho! Muitas pessoas têm sido vencidas porque na hora da tribulação ou da tentação reagem na carne, ou seja, manifestam as obras da carne. Quando é atribulada manifesta ciúmes, inveja, ira, partidarismo! Como espera sair vitoriosa na tribulação? É impossível! O grande segredo porque Jesus venceu a Satanás foi poder declarar no Evangelho de João 14: 30 e 31: “…porque vem o príncipe deste mundo, e ele nada tem em mim; 31 mas, assim como o Pai me ordenou, assim mesmo faço, para que o mundo saiba que eu amo o Pai…” Jesus viveu uma vida de renúncia buscando agradar ao Pai e não aos homens, ou à própria carne. Foi desafiado por Satanás a manifestar o orgulho, a soberba, mas não cedeu! Por isso, Ele nos provê hoje armas espirituais para demolirmos fortalezas!

Fortalezas

O que são estas fortalezas? Vamos pensar primeiramente do ponto de vista físico em uma fortaleza. A fortaleza é um lugar construído para se combater exércitos inimigos. Elas têm toda uma estrutura apropriada, possuem armas peculiares, uma linguagem peculiar, todo um comportamento peculiar, uma disciplina estabelecida, compartimentos com destinações estabelecidas como alojamentos, prisões, lugares como calabouços, enfim. Geralmente são estabelecidas estrategicamente em lugares altos, sobre rochas, em portais por onde se acessam cidades ou nações. Dentro delas existem militares devidamente treinados e encarregados da defesa tanto da própria fortaleza, quanto da cidade ou nação por quem ela foi feita responsável cada um sujeito a uma autoridade superior. Todas as pessoas que trabalham ali dentro estão condicionadas à fortaleza e às suas peculiaridades. As fortalezas são construídas a partir da descoberta de valores importantes como riquezas minerais, por exemplo, existentes na cidade ou nação que elas protegem. Elas são chamadas de fortalezas porque são compostas por um conjunto de fortes, que são estruturas menores com as mesmas características da fortaleza toda. Assim como existem as fortalezas no mundo natural, existem também as fortalezas espirituais. Estas fortalezas espirituais são construídas ao redor das nossas almas e operam contra nós. Elas têm todas as características das fortalezas naturais como: armas, linguagem, comportamento, disciplina, prisões, calabouços, enfim, tudo o que uma fortaleza precisa ter. São construídas para defender um território espiritual, que é a nossa alma. Porém esta defesa não é sempre para o nosso bem, porque a construção está ligada diretamente com o espírito que opera na construção da fortaleza. Por isso, se fomos criados por nossos pais sob uma atmosfera de amor, aceitação, alegria, paz, ensino da Palavra de Deus, esta fortaleza será uma fortaleza para Deus. Manifestaremos pelos nossos semelhantes e por Deus, tudo o que caracteriza a fortaleza. Porém, se o ambiente no qual fomos criados não construiu em nós uma fortaleza para Deus, então precisaremos de armas espirituais para demolir esta fortaleza e seus vários fortes.

Discernindo uma fortaleza

Uma fortaleza só pode ser identificada, conhecendo-se o contexto no qual a pessoa viveu ou através de revelação espiritual diretamente do Pai. Uma pessoa que tenha vivido em um ambiente de rejeição, onde as pessoas diziam que ela não daria em nada, que o seu futuro seria horrível, que ninguém gostaria dela, por exemplo. Esta pessoa recebeu várias pedras para a composição de uma fortaleza ao redor dela e esta fortaleza não é uma fortaleza para Deus. Dentro dela está o “forte da rejeição”, o “forte da falta de esperança”, o “forte da angústia”, o “forte da inimizade”. Tudo isso terá que ser destruído, caso contrário, ela não conseguirá experimentar a vida que Deus tem pra ela em toda a plenitude. Ao se relacionar com as pessoas, ou nas tribulações e nas tentações, ela vai manifestar o comportamento característico da fortaleza, vai utilizar as armas da fortaleza e vai ferir com as armas da fortaleza. Se ela se sente rejeitada, vai rejeitar também. Se ela se sente sem esperança, vai ministrar a desesperança. Se ela se sente angustiada, vai oprimir com angústia e assim por diante. Dessa forma, a pessoa tem a “cara da fortaleza” onde viveu presa por tantos anos. E por mais que alguém olhe para ela, não conseguirá dissociá-la da fortaleza. Todos os que olharem para ela verão as características da fortaleza no seu comportamento, nos seus gestos, nas suas atitudes. Uma disciplina terrível imposta por Satanás, o arquiteto das fortalezas malignas contra Deus. Para a construção destas fortalezas malignas, ele trabalha utilizando “operários” que são pessoas muito próximas, muito ligadas a nós. Por exemplo, os pais, os tios, os avós, os professores, os líderes na igreja, enfim. Estes operários têm “ferramentas” poderosíssimas que fortalecem a construção das fortalezas – as palavras. Uma vez liberadas, as palavras são transformadas em ações e isto é um princípio espiritual. Vou refrescar sua memória quanto a isso; observe os textos a seguir: “Hb. 11:3 Pela fé entendemos que os mundos foram criados pela palavra de Deus; de modo que o visível não foi feito daquilo que se vê.”; “Tg. 1:18 Segundo a sua própria vontade, ele nos gerou pela palavra da verdade, para que fôssemos como que primícias das suas criaturas.”; “1Pd. 1:22 Já que tendes purificado as vossas almas na obediência à verdade, que leva ao amor fraternal não fingido, de coração amai-vos ardentemente uns aos outros, 23 tendo renascido, não de semente corruptível, mas de incorruptível, pela palavra de Deus, a qual vive e permanece.”; “2Pd. 3:5 Pois eles de propósito ignoram isto, que pela palavra de Deus já desde a antiguidade existiram os céus e a terra, que foi tirada da água e no meio da água subsiste; 6 pelas quais coisas pereceu o mundo de então, afogado em água; 7 mas os céus e a terra de agora, pela mesma palavra, têm sido guardados para o fogo, sendo reservados para o dia do juízo e da perdição dos homens ímpios.” O nosso inimigo não é capaz de criar nada novo, mas ele trabalha com coisas que já foram criadas. Ele não pode criar nenhuma lei nova ou princípio novo, mas ele sabe da eficiência das leis e princípios espirituais estabelecidos por Deus e conhece o seu funcionamento. Então, quando ele leva estas pessoas a dizerem coisas que não deveriam ter dito, ele faz uso da palavra destas pessoas para construir as fortalezas espirituais que deseja ao nosso redor. Por isso, você que é pai, mãe, tio, tia, professor ou líder, tenha cuidado com a maneira como você utiliza as palavras. Suas palavras podem ajudar a construir uma fortaleza para Deus, mas podem também ajudar a construir uma fortaleza contra Deus. E uma vez estabelecida a fortaleza, você poderá dificultar muito a vida de uma pessoa, poderá gerar sofrimentos que poderão durar por toda uma vida até que essa pessoa se encontre com o Senhor Jesus e Ele a resgate da fortaleza maligna que é contra Deus e comece todo o processo de construção de uma fortaleza para Deus.

As armas da nossa milícia

Mas, graças a Deus porque ninguém precisa ficar preso a nenhuma fortaleza espiritual maligna. O nosso texto inicial diz que as armas da nossa milícia são poderosas em Deus não apenas para demolir fortalezas, mas também são poderosas para derribar raciocínios e todo baluarte que se ergue contra o conhecimento de Deus! Então, não apenas as fortalezas, mas também todo o raciocínio que lhe é característico, próprio, peculiar! Todo o raciocínio da rejeição, todo o mecanismo criado para rejeitar e se sentir rejeitado, todo o raciocínio da falta de esperança criado para sofrer sem esperança e para oprimir com a falta de esperança, todo raciocínio do medo e da violência criado para trazer pavor e gerar pavor e violência na vida de outros, todo raciocínio de soberba criado para gerar soberba e orgulho, e para ferir com soberba e orgulho está agora com os minutos contados! As armas da nossa milícia são poderosas em Deus para derribar raciocínios! Aleluia! Agora pense no potencial que precisa ter a arma que vai demolir uma fortaleza. Lembra-se da descrição inicial de uma fortaleza natural? Precisaremos de armas com um poder de destruição muito grande, mas não se preocupe. O Senhor já preparou estas armas para nós e já disponibilizou todas elas no Seu arsenal para o uso da Sua Igreja. Louvado seja Deus! Então, antes de passarmos diretamente ao reconhecimento destas armas, lembre-se primeiramente que são armas espirituais, portanto, não serão utilizadas contra pessoas, mas contra as fortalezas espirituais, contra raciocínios e baluartes que se levantem contra o conhecimento de Deus. Muita atenção a isso! Deus não tem filhos camicases, nem assassinos! Por isso, quando perceber a necessidade de confrontar e destruir uma fortaleza, lembre-se que ela é uma fortaleza espiritual construída por um ser espiritual das trevas e não por pessoas, ainda que pessoas possam ter sido utilizadas como “operários” na construção desta fortaleza. Não queira levantar-se contra as pessoas porque isto só lhe traria mais sofrimento. As armas são poderosas em Deus para a demolição de fortalezas e para derribar raciocínios e baluartes, mas não podem ser utilizadas contra pessoas. Quero que isso fique muito claro a você que está lendo este texto.

Utilizando as armas

A primeira das armas que vamos utilizar para demolir uma fortaleza e derribar raciocínios e baluartes que se levantam contra Deus está no próprio texto que tomamos como tema:

1 – “levando cativo todo pensamento à obediência de Cristo”

Há muitas pessoas que, apesar de declararem sua fé em Jesus reafirmando o senhorio de Cristo em suas vidas, ainda mantêm uma mente desobediente, insubmissa, rebelde contra o Senhor. Elas nem mesmo levam em consideração a maneira como Jesus pensa. Para pensarmos como Jesus precisamos entender o princípio bíblico de renovação da nossa mente descrito em Romanos doze. “Rm. 12:1 Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos como um sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. 2 E não vos conformeis a este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus.” Esse princípio funciona como uma verdadeira faxina em nossas mentes. É quando reafirmamos ao nosso respeito aquilo que Deus pensa de nós e não o que as pessoas dizem, ou o que o Diabo diz. Quando alguém diz que sou triste, então posso afirmar que sou alegre e a alegria do Senhor é a minha força. Quando alguém diz que não vou dar em nada, posso reafirmar que o meu Pai já me deu um destino e que o meu futuro está escrito no livro de Deus ( Sl. 139: 16 ). Quando alguém diz que serei destruído, posso afirmar que o Senhor é quem me guarda, mil poderão cair ao meu lado e dez mil à minha direita, porém eu não serei atingido. ( Sl. 91: 7 ) Estas palavras penetram no mundo espiritual como verdadeiras bombas contra o nosso adversário e como uma fonte de poder para nós mesmos. E mesmo que nós pensemos mal de nós mesmos, poderemos afirmar e declarar a nós mesmos aquilo que Deus pensa de nós. Esse é o tipo de bomba que demole fortaleza e derriba raciocínios que se levantam contra Deus.

2 – A Palavra de Deus

Cl. 3:16 A palavra de Cristo habite em vós ricamente, em toda a sabedoria; ensinai-vos e admoestai-vos uns aos outros, com salmos, hinos e cânticos espirituais, louvando a Deus com gratidão em vossos corações.”
Não foi sem propósito que este versículo foi escrito, obviamente. Mas, neste texto ele nos fornece uma fonte de recursos tremenda! Ninguém poderá utilizar uma arma que não conhece bem. Um soldado, durante o seu treinamento militar, aprende a desmontar e montar a sua arma em pouquíssimos minutos. Para isso, ele tem que repetir esta ação várias vezes até que o possa fazer no escuro se necessitar. Ele também aprende que sua arma jamais se aparta dele qualquer que seja a circunstância. Quer seja no campo ou no quartel, ele não a deixará de lado, ao contrário, ele sempre a trará consigo bem junto ao seu corpo. A palavra milícia significa: vida ou carreira militar; exército, tropa, corporação bem disciplinada. Nosso texto tema fala das armas da nossa milícia, ou seja, da nossa carreira. Por isso, o apóstolo Paulo diz: “At. 20:24 mas em nada tenho a minha vida como preciosa para mim, contando que complete a minha carreira e o ministério que recebi do Senhor Jesus, para dar testemunho do evangelho da graça de Deus.” Somos comparados a soldados pelo mesmo apóstolo, como pessoas que buscam satisfazer Àquele que nos arregimentou. Diante dos fatos, perguntemos a nós mesmos: conhecemos a Palavra de Deus como um soldado conhece sua arma e tem a capacidade de desmontá-la e montá-la novamente mesmo que estejamos no escuro? Escrevendo aos colossenses Paulo disse: “habite em vós…” A Palavra de Deus habita em nós ricamente? Podemos ter uma conversa de pelo menos uma hora apenas citando versículos da Palavra de Deus? Se não, precisamos buscar isso com toda a diligência! Essa prática nos garantirá vitória contra o nosso inimigo em todas as circunstâncias. Esta foi a arma utilizada por Jesus quando foi levado pelo Espírito ao deserto para ser tentado. E Ele prevaleceu usando a Palavra com autoridade, como quem a conhecia bem! Então, quando a Bíblia diz que é “Sl. 1:1 Bem-aventurado o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores; 2 antes tem seu prazer na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e noite.” Ela está dizendo que aquele que renova a sua mente com a Palavra de Deus é feliz! Ou seja, meditar naquilo que Deus diz a nosso respeito, mudará a nossa maneira de pensar e fará de nós pessoas felizes. Meditar na Palavra de Deus nos fará lembrar que somos filhos de Deus, que somos herdeiros de Deus, que Ele é o nosso Pastor, o nosso Senhor, que fomos escolhidos para sermos conforme a imagem de Jesus, o primogênito entre muitos irmãos. Quando meditamos na Palavra de Deus somos lembrados de que Ele é a nossa sombra à nossa direita, debaixo de Suas asas estaremos seguros, que “…desde a antigüidade não se ouviu, nem com ouvidos se percebeu, nem com os olhos se viu um Deus além de ti, que opera a favor daquele que por ele espera.” Is. 64: 4. Isso nos traz paz, segurança, alegria, isso renova a nossa mente. A Palavra de Deus também é uma arma poderosa contra o inimigo e suas afirmações mentirosas sobre os filhos de Deus. E se observarmos bem, a Palavra de Deus não é apenas uma arma de ataque, mas uma tremenda arma de defesa. Quando meditamos na Palavra de Deus e em todas as promessas contidas nela, encontramos, não apenas alento para as nossas almas, mas forças para derribar raciocínios e todo o baluarte que se levanta contra o conhecimento de Deus. É nesse momento que ela se torna viva para nós e se transforma em uma arma em nossas mãos. E se estivermos adequadamente preparados para usá-la com a devida precisão, não haverá inimigo capaz de nos paralisar ou impedir o nosso caminhar em vitória, paz e segurança.

3 – O Sangue de Jesus

“Ap. 12:10 Então, ouvi uma grande voz no céu, que dizia: Agora é chegada a salvação, e o poder, e o reino do nosso Deus, e a autoridade do seu Cristo; porque já foi lançado fora o acusador de nossos irmãos, o qual diante do nosso Deus os acusava dia e noite. 11 E eles o venceram pelo sangue do Cordeiro e pela palavra do seu testemunho; e não amaram as suas vidas até a morte.”

Há poder no sangue de Jesus. O sangue de Jesus é o sangue do Novo Pacto ( Mc. 14: 24 ). Diferente do sangue de bodes, o sangue de Jesus, como de um cordeiro imaculado, é capaz de nos remir definitivamente dos pecados do passado, do presente e do futuro, não sendo mais necessário nenhum tipo de sacrifício. O poder do sangue de Jesus é incomparável! O sangue de Jesus é poderoso para resolver o nosso passado, presente e futuro. O sangue de Jesus nos dá vida em nós mesmos, nos garante a vida eterna, nos mantém Nele ( Jo. 6: 53, 54, 56 ). O sangue de Jesus foi o preço pago em resgate pela Sua Noiva, a Igreja ( At. 20: 28 ), o sangue de Jesus é suficiente para nos justificar ( Rm. 5: 9 ), o sangue de Jesus é o preço da nossa redenção ( Ef. 1: 7 ), é o sangue de Jesus que nos aproxima outra vez do Pai ( Ef. 2: 13 ), o sangue de Jesus nos trouxe a paz e a reconciliação ( Cl. 1: 20 ), o sangue de Jesus nos proporcionou eterna redenção ( Hb. 9: 12 ), o sangue de Jesus purifica a nossa consciência das obras mortas ( Hb. 9: 14 ), quase todas as coisas, segundo a lei, se purificam com o sangue; e sem derramamento de sangue não há remissão ( Hb. 9: 22 ), por causa do sangue de Jesus podemos entrar ousadamente no lugar santíssimo, isto é, na presença de Deus Pai ( Hb. 10: 19 ), o sangue de Jesus nos resgatou da nossa vã maneira de viver segundo a tradição dos nossos pais ( 1Pd. 1: 18 e 19 ), o sangue de Jesus Cristo nos purifica de todo pecado ( 1Jo. 1: 7 ), o sangue de Jesus nos libertou dos nossos pecados ( Ap. 1: 5 ), o sangue de Jesus foi a moeda espiritual usada para comprar homens de toda tribo, língua, povo e nação; aqueles que lavam suas vestes no sangue do Cordeiro, têm direito à árvore da vida e entram na cidade eterna pelas portas ( Ap. 22: 14 ). Seja na tentação ou na tribulação, clame pelo poder que há no sangue de Jesus e Ele mesmo virá em seu auxílio para te livrar. “Sl. 33:18 Eis que os olhos do Senhor estão sobre os que o temem, sobre os que esperam na sua benignidade, 19 para os livrar da morte, e para os conservar vivos na fome.

4 – O Nome de Jesus

“Fp. 2:9 Pelo que também Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu o nome que é sobre todo nome; 10 para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, 11 e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai.”

Estes versículos já são mais do que suficientes para afirmar o poder que há no Nome de Jesus. Todo joelho vai se dobrar diante deste Nome e língua vai confessar que Jesus Cristo é Senhor! Conhecendo esta verdade e fazendo uso desta verdade como arma da nossa milícia, poderá algum inimigo prevalecer de pé diante do Nome de Jesus?
Em nome de Jesus, coxos andaram ( At. 3: 6 ), em nome de Jesus deram testemunho de fé ( At. 4: 10 ), em nome de Jesus fizeram sinais e prodígios ( At. 4: 30 ), em nome de Jesus pregaram ousadamente ( At. 9: 27 ), em nome de Jesus expulsaram espíritos malignos ( At. 16: 18 ), em nome de Jesus exortaram a Igreja ( 1Co. 1: 10, 2Ts. 3: 6 ), no nome de Jesus fomos lavados, santificados e justificados ( 1Co. 6: 11 ). O nome de Jesus é Poderoso ao ponto de realizar milagres, expelir demônios ou até levar pessoas que não tiveram um relacionamento íntimo com Deus a profetizar. “Mt. 7:22 Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em teu nome não expulsamos demônios? e em teu nome não fizemos muitos milagres? 23 Então lhes direi claramente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniqüidade.” Mas, como poderia ser isso possível? A razão é que o poder está no Nome de Jesus e não nas pessoas, por isso elas realizam tanto em nome de Jesus. Esta é, portanto, uma arma da nossa milícia. Uma arma tremenda em poder!

5 – A Adoração

“2Cr. 20:21 Tendo ele tomado conselho com o povo, designou os que haviam de cantar ao Senhor e louvá-lo vestidos de trajes santos, ao saírem diante do exército, e dizer: Dai graças ao Senhor, porque a sua benignidade dura para sempre. 22 Ora, quando começaram a cantar e a dar louvores, o Senhor pôs emboscadas contra os homens de Amom, de Moabe e do monte Seir, que tinham vindo contra Judá; e foram desbaratados.”

Esta é uma arma já utilizada há muito tempo pelos exércitos do Senhor. A adoração é uma arma poderosíssima de defesa e de ataque. Quando estivermos em tribulações ou tentações, ela deverá ser utilizada. Em tempos de paz, também ela deverá ser utilizada. Em confrontos espirituais, a adoração deve sempre ser utilizada. Há momentos nos quais não percebemos o nível da batalha na qual estamos envolvidos. Por exemplo, quando estamos ministrando um ensino da Palavra de Deus estamos em uma batalha espiritual ferrenha! Nosso inimigo trabalha para impedir que as pessoas recebam aquilo que está sendo ministrado para que elas não fiquem livres através da Palavra. Nesses momentos cabe uma pequena pausa para adorar ao Senhor e trazer uma atmosfera mais favorável ao ensino através da adoração. O Senhor enviará anjos que irão pelejar por nós contra espíritos malignos que querem resistir ao ensino da Palavra e eles tornarão o ambiente limpo da presença destes espíritos, fazendo que o ensino seja como a doutrina gotejando sobre nós como a chuva, como o chuvisco sobre a relva. Em outros momentos quando precisamos interceder por outras pessoas que estão distantes de nós em aperto e tribulação, começamos a adorar intercedendo apenas no espírito por elas e o Senhor envia-lhes sobrenaturalmente o refrigério. Depois temos notícias que em tal dia à tal hora o Senhor agiu e ao conferirmos o dia e a hora, eram exatamente os momentos que gastamos na presença do Pai em adoração. A adoração move os céus! O Pai procura adoradores ( Jo. 4: 23 e 24 )! Se nos utilizarmos desta arma de alta precisão veremos resultados tremendos nos combates contra as trevas e estaremos sempre em posição ofensiva e não apenas na defensiva. Uma das coisas mais frustrantes que pode acontecer na vida de um cristão é perceber que ele só vive para “apagar incêndios”, ou seja, o tempo todo está gastando tempo resolvendo problemas. Mas, se estivermos gastando mais tempo adorando, o Senhor se antecipa aos nossos problemas trazendo as soluções. Ele quer ser adorado e terá prazer em lhe suprir tempo para ser investido na adoração. A adoração é também uma arma poderosa tanto na demolição de fortalezas malignas, quanto no derribar dos raciocínios que se levantam contra o conhecimento de Deus. Imagine: como é possível uma fortaleza maligna permanecer de pé ao redor de uma alma que adora ao Senhor com alegria e gratidão? Essa fortaleza é fortemente bombardeada de dentro para fora até ao ponto de explodir e não poder permanecer de pé. E se for um baluarte, um raciocínio contra Deus? A própria adoração irá derribar qualquer tipo de raciocínio que seja contra Deus. Você já experimentou adorar em meio a uma tribulação? Já viveu a experiência de ver Deus batalhando por você destruindo toda a estratégia do inimigo? Você já viu o Pai posicionando suas milícias contra o inimigo que queria lhe resistir? Isso é algo indescritível! Apenas quem já viveu uma situação como estas sabe o valor da adoração para Deus. Sabe, Deus não nos quer presos a nenhuma fortaleza maligna, nem escravos de qualquer tipo de raciocínio que se levante contra o conhecimento Dele. Ele é a fortaleza na qual deseja que nos abriguemos! O salmista descobriu isto e cantou: “Sl. 46:1 Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente na angústia. 2 Pelo que não temeremos, ainda que a terra se mude, e ainda que os montes se projetem para o meio dos mares; 3 ainda que as águas rujam e espumem, ainda que os montes se abalem pela sua braveza. 4 Há um rio cujas correntes alegram a cidade de Deus, o lugar santo das moradas do Altíssimo. 5 Deus está no meio dela; não será abalada; Deus a ajudará desde o raiar da alva. 6 Bramam nações, reinos se abalam; ele levanta a sua voz, e a terra se derrete. 7 O Senhor dos exércitos está conosco; o Deus de Jacó é o nosso refúgio. 8 Vinde contemplai as obras do Senhor, as desolações que tem feito na terra. 9 Ele faz cessar as guerras até os confins da terra; quebra o arco e corta a lança; queima os carros no fogo. 10 Aquietai-vos, e sabei que eu sou Deus; sou exaltado entre as nações, sou exaltado na terra. 11 O Senhor dos exércitos está conosco; o Deus de Jacó é o nosso refúgio.” E a voz do Senhor brada sobre nós: “Zc. 9:12 Voltai à fortaleza, ó presos de esperança; também hoje anuncio que te recompensarei em dobro. 13 Pois curvei Judá por meu arco, pus-lhe Efraim por seta; suscitarei a teus filhos, ó Sião, contra os teus filhos, ó Grécia; e te farei a ti, ó Sião, como a espada de um valente. 14 Por cima deles será visto o Senhor; e a sua flecha sairá como o relâmpago; e o Senhor Deus fará soar a trombeta, e irá com redemoinhos do sul. 15 O Senhor dos exércitos os protegerá; e eles devorarão, e pisarão os fundibulários; também beberão o sangue deles como ao vinho; e encher-se-ão como bacias de sacrifício, como os cantos do altar. 16 E o Senhor seu Deus naquele dia os salvará, como o rebanho do seu povo; porque eles serão como as pedras de uma coroa, elevadas sobre a terra dele. 17 Pois quão grande é a sua bondade, e quão grande é a sua formosura! o trigo fará florescer os mancebos e o mosto as donzelas.”
Deus nos quer abrigados Nele, a fortaleza de amor. O apóstolo Paulo escrevendo sobre o caminho de amor declarou no final: “1Co. 13:11 Quando eu era menino, pensava como menino; mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino. 12 Porque agora vemos como por espelho, em enigma, mas então veremos face a face; agora conheço em parte, mas então conhecerei plenamente, como também sou plenamente conhecido. 13 Agora, pois, permanecem a fé, a esperança, o amor, estes três; mas o maior destes é o amor.”
Corra para a fortaleza do amor, corra para Jesus! Você foi destinado aos lugares altos! Você não foi criado para as masmorras de Satanás! Você foi criado para alçar vôo e subir às alturas, à presença de Deus! Deixe que o Senhor ministre sua vida e resista às fortalezas malignas nas quais o diabo tem prendido sua alma! Em nome de Jesus, receba luz sobre as suas trevas! Olhe para Jesus e seja iluminado!
Que o Senhor Jesus te abençoe!

Entrega o teu futuro ao Senhor

“Entrega o teu caminho ao Senhor; confia nele, e ele tudo fará”. Sl. 37: 5

Este Salmo é de uma riqueza muito grande. Ele fala de uma caminhada com Deus, sobre como vencermos a ansiedade. Muitas vezes, estamos ansiosos por observarmos o caminho do ímpio e deixamos de observar o nosso próprio, ou então, só temos olhos para o que não está bem em nós, no nosso trabalho, nos relacionamentos, enfim. Este Salmo nos ensina a como alcançarmos sossego para as nossas almas dando passos firmes e seguros na direção do Senhor. O salmista nos diz: “confia, deleita-te, entrega, descansa e espera”. É uma caminhada em fé onde avançamos para lugares cada vez mais altos e mais sólidos em Deus.
Vivemos situações críticas em dois mil e nove. Foram conflitos grandes para alguns, intransponíveis para outros, num primeiro momento. Houve momentos nos quais percebemos que o inimigo estava muito perto, a ponto de o seu mau cheiro nos roubar a possibilidade de um discernimento mais apurado. Mas, desde o início do ano o Senhor nos advertia para que estivéssemos atentos, porque os nossos inimigos mais ousados seriam a soberba e o orgulho, a insubmissão e a rebeldia, e a murmuração. Este último, com um potencial altíssimo para nos roubar. Sabíamos que seríamos testados em situações onde a humildade, a submissão e a gratidão seriam necessárias. O Mestre nos advertiu que passaríamos por situações difíceis, mas Ele estaria nos conduzindo numa jornada rumo à maturidade. Pelo testemunho que cada um tem dado, pudemos constatar que, de fato, experimentamos momentos onde o orgulho cresceu dentro de nós de maneira assombrosa. E como eles nunca andam sozinhos, este inimigo trouxe junto consigo a rebelião e a murmuração. Alguns estiveram mesmo à beira do abismo e a ponto de desistir de continuar caminhando com Deus, parecia que o ano não terminaria nunca. Porém, chegou o dia trinta e um de dezembro e, graças a Deus o ano de dois mil e nove encerrou-se. Lutas terríveis, mas vitórias tremendas. Não foi um tempo muito fácil, pelo contrário, os desafios foram realmente grandes. Nem todos foram vencidos, algumas pendências ainda ficaram. Mas, reconhecemos que o Senhor nos guiou dentro do Seu glorioso propósito, a despeito de todas as frustrações que tivemos, seja no nível das emoções, seja no nível profissional, seja nos relacionamentos.
Agora que avançamos a uma nova década, continuemos olhando para Jesus, discernindo a estação à qual Ele nos está conduzindo e cantando juntamente com o Fernandinho: “Um novo tempo Deus tem para nós, uma nova estória Deus tem pra nós.”
Nosso foco hoje, primeiro domingo do ano de dois mil e dez, será apenas no versículo cinco do Salmo trinta e sete. Estamos entendendo, pelo Espírito de Deus que, durante o ano de dois mil e dez, vamos nos deparar com muitas portas e são portas grandes! São oportunidades que teremos, e precisaremos vê-las do ponto de vista de Deus. Durante este ano que se inicia, acessaremos muitas portas espirituais, veremos estas portas diante de nós e tudo o que teremos que fazer será discernir a porta e então passar por ela. Não podemos nos esquecer que o nosso adversário vive sempre ao derredor, por isso precisamos nos lembrar que ele também poderá colocar diante de nós portas pelas quais não poderemos passar, porque serão portas de engano, colocadas diante de nós apenas para nos afastar do Senhor e do Seu propósito para as nossas vidas. Teremos que saber discernir entre uma porta e outra porta, teremos que discernir entre a porta que poderemos passar e aquela que representa armadilha contra nós. O erro no discernimento poderá nos afastar muito do caminho, por isso precisamos apurar o nosso discernimento espiritual. E isso só será possível se estivermos em uma sintonia muito fina com Deus. Se o nosso discernimento não estiver bem apurado, teremos dificuldade para discernir corretamente a porta que estiver diante de nós. Portanto, aumente, melhore a qualidade do seu relacionamento com Deus. Se ainda existe algo que ainda lhe prende, desprenda-se, aumente o seu relacionamento com Deus porque você vai precisar se mover Nele para discernir estas portas. Compreenda o chamado do Espírito Santo: aumente o seu relacionamento com Deus. Porque você precisará olhar através dos olhos de Deus, você precisará ver como Ele vê. Algumas portas aparecerão diante de nós muito bonitas, muito convidativas, parecerão oportunidades imperdíveis, mas você precisará olhar para essa porta através dos olhos de Deus. Porque oportunidades, aparentemente imperdíveis, poderão representar laços para prender você e impedir que você chegue onde Deus quer, para impedir que você acesse as riquezas que Ele tem pra você. Agora compreenda algo: riqueza não é só dinheiro! Fique atento! Conhecimento espiritual é uma riqueza enorme! Sabedoria é uma riqueza enorme! Entendimento é riqueza! Relacionamento com Deus é riqueza! Comunhão com os irmãos é riqueza! Portanto, tome cuidado para você não passar por portas que vão te afastar da sabedoria de Deus, do entendimento, do discernimento, da comunhão com Deus e da comunhão com os irmãos. Cuidado! Preste muita atenção: tudo o que você fizer, cada porta que você acessar que começar a puxar você para baixo, não foi aberta por Deus. Fique atento! O caminho por trás de uma porta aberta por Deus, sempre nos levará para cima! Sempre que Deus abrir uma porta diante de você, Ele mesmo dará garantias de um futuro melhor, ainda que você passe por lutas e dificuldades. Se foi Deus quem abriu a porta, o seu futuro será melhor! Jamais se esqueça disso! Se ao acessar uma porta espiritual você perceber que não foi imediatamente lançado para cima, arrependa-se rapidamente e retome a sua caminhada, porque você entrou por uma porta errada, é laço do inimigo contra a sua vida para tirar você daquilo que Deus tem para que você alcance. Clame ao Senhor para que Ele lhe dê um discernimento mais apurado, busque ao Senhor para encontrar um relacionamento mais íntimo com Ele, porque você ainda está acessando a porta errada. Invista mais tempo adorando, lendo e meditando na Palavra, orando, relacionando-se com Ele. O que Ele espera de você é obediência para que você tenha melhor discernimento. Haverá portas de engano e se você não estiver mantendo um relacionamento íntimo com Deus, se o seu discernimento não estiver afinado, se você não estiver olhando para as coisas à partir do ponto de vista de Deus, você poderá acessar portas de engano e estas portas levarão você a caminhos distantes de Deus. Então, durante o ano que se inicia, guarde o seu coração daquilo que é riqueza temporal, ponha os seus olhos nas riquezas que são eternas. Compreenda algo: nada impede que Deus traga a você riquezas que são temporais, mas essas riquezas temporais são apenas a conseqüência do seu foco nas riquezas que são eternas. Tudo o que é visível veio a existir por meio do que é invisível. Então, concentre-se no que é invisível e Deus trará o que é visível. Este versículo tem uma tradução muito interessante na versão da CNBB: “Entrega o teu futuro ao Senhor, confia nele e ele vai agir”. Apareceu a porta diante de você? Apenas passe por ela. Logo que você passar pela porta, aguarde a próxima instrução. Não tenha pressa! Junto à porta que Deus vai abrir haverá também um anjo para instruir você. Então, logo ao acessar a porta, pergunte ao Senhor: – Senhor, quem é o guardião desta porta? Eu quero conhecer quais são as instruções que o guardião desta porta tem pra mim. Querido, compreenda que é Deus quem está falando com você agora! Guarde consigo esta palavra! Tudo o que você terá que fazer é pedir ao Senhor para que Ele dê ordem ao Seu anjo para que as instruções lhe sejam passadas. Ele dará ordens a seus respeito e você caminhará em segurança.
Quero repassar a você algo que eu li em um livro chamado “O Código da Honra” ( Ap. Renê Terra Nova ): “- um homem julgava ser muito azarado. Ele acreditava que tudo com ele dava errado, então decidiu questionar Deus sobre esta situação. E em certo dia, saiu à procura de Deus afim de encontrá-lo e perguntar a razão porque era tão azarado. Em sua jornada, encontrou-se com um lobo muito magro, pelo arrepiado, faminto, que o questionou dizendo: – amigo, onde você vai com tanta pressa?
– olha lobo, não tenho tempo pra muita conversa. Estou à procura de Deus e vou perguntar porque sou tão azarado, porque as coisas pra mim estão sempre tão erradas.
O lobo então disse a ele:
– caso você O encontre, poderia perguntar-Lhe porque eu não consigo mais caçar? Estou a ponto de morrer de fome e já não sei mais o que fazer.
– Tudo bem, lobo. Eu perguntarei a ele.
Afastando-se dali, continuou sua jornada nervosa em busca de Deus e de uma resposta para o seu “azar”. Um pouco mais à frente, deparou-se com um belo castelo e com uma princesa debruçada em uma de suas janelas, que lhe perguntou:
– moço, onde o senhor vai tão apressadamente?
– olha moça, não me perturbe, estou muito nervoso. Quero encontrar-me com Deus e perguntar-Lhe porque sou tão azarado.
– moço, se o senhor O encontrar, poderia perguntar-Lhe porque sendo eu uma jovem tão bela, dona de um palácio e de um território tão atraente como este, ainda não me casei?
– está bem. Quando O encontrar, perguntarei.
Continuando em sua viagem, ia passando por uma árvore à beira do caminho, muito ressequida, já quase sem vida que lhe fez a mesma pergunta, obtendo também a mesma resposta. A árvore então lhe fez o seu pedido pessoal:
– moço, caso O encontre, poderia perguntar-lhe porque estando eu em um terreno como este não consigo produzir folhas e frutos?
O homem concordou em fazer a pergunta e prosseguiu em sua viagem à procura de Deus. Não tardou muito até que encontrou uma forte luz e dela uma voz que lhe argüia: – você está me procurando? – Sim, respondeu o azarado. Estou muito nervoso com o Senhor. Quero saber porque sou tão azarado, porque tudo para mim tem dado errado. O Senhor respondeu mansamente àquele homem dizendo: – olha, eu tenho trazido muitas oportunidades diante de você, mas você não entendeu. Mas, agora, volte pelo seu caminho e eu vou abrir portas diante de você. Eu testifico que se você estiver atento às oportunidades que lhe proporei, sua vida jamais será a mesma. Ele já ia saindo quando se lembrou dos seus interlocutores. Então retornou ao Senhor e lhe falou: – Senhor, eu vinha pra cá quando passei por uma árvore e ela me pediu que, caso encontrasse o Senhor, Lhe perguntasse porque está tão ressequida, sem vida e não consegue produzir flores ou frutos, mesmo estando em um terreno aparentemente tão bom. Ao que o Senhor respondeu: – diga a ela que isso se deve ao fato de haver tido uma guerra naquele território e o exército que possuía aquele território escondeu debaixo dela um grande tesouro contendo ouro, prata e muitas pedras preciosas como esmeraldas, rubis e diamantes, muitos diamantes. Acontece que a acidez desse tesouro junto à árvore tornou-se prejudicial à sua saúde. Mas, diga a ela, que hoje ainda vai passar por ela uma pessoa que desenterrará o tesouro e a sua saúde voltará e ela produzirá flores e frutos novamente. O homem, muito contente pela resposta, passou à segunda pergunta: – Senhor, também passei por um palácio onde havia uma princesa, uma moça muito bonita, dona de um território muito grande, mas que até então não havia se casado. Ela pediu-me que Lhe perguntasse porque isso aconteceu com ela. O Senhor então lhe respondeu: bem, diga a ela que o tempo de se casar chegou e que um príncipe irá passar por ela hoje e lhe fará uma proposta de casamento à qual ela poderá aceitar, se quiser. O homem então passou logo à terceira pergunta: – senhor, havia também um lobo no meu caminho. Ele estava muito magro, seu pelo estava muito feio, mas ele também me pediu para perguntar-Lhe porque ele estava assim tão fraco, magro, feio e já não conseguia caçar. O Senhor então respondeu àquele homem, já desejoso de retomar sua jornada de volta em busca das suas oportunidades: – diga ao lobo que ele precisa ser mais ágil. Quando vir uma caça, ele precisa avançar logo na direção dela e saciar a sua fome! O homem saiu alegre e pensando em quais seriam as oportunidades que Deus poria à sua frente. Depois de caminhar algum tempo encontrou-se novamente com a árvore que lhe indagou sobre a jornada e lhe deu prontamente a resposta. – Olha, Deus disse que você está assim porque houve uma guerra nesse território e o exército que antes possuía este território enterrou aos teus pés um tesouro muito grande cheio de ouro, prata e pedras preciosas. Muito diamante, rubis e esmeraldas. Ele disse também que iria passar por você hoje um príncipe que desenterraria este tesouro e você voltaria a florescer e a frutificar. A árvore se alegrou muito com a informação, mas o homem continuou dizendo que estava muito apressado e que não tinha tempo para desenterra tesouro nenhum. Então, ela deveria esperar que o príncipe passasse e desenterrasse aquele tesouro. Logo mais à frente ele encontrou a princesa no palácio que também indagou sobre o encontro. Ele respondeu a ela as palavras que Deus lhe havia dito e saiu apressadamente dizendo que estava agora em busca das oportunidades que Deus estava para abrir diante dele e não tinha tempo para falar sobre casamento de princesa. Continuando sua jornada encontrou-se com o lobo que também quis saber o resultado do encontro daquele homem com Deus e da resposta que teria à sua pergunta. O homem deu ao lobo a sua esperada resposta. Imediatamente o lobo avançou contra aquele homem e o devorou”.
Talvez alguém tenha julgado que durante o ano de dois mil e nove não aconteceu nada que lhe fizesse andar em alegria, em vitória. Talvez alguém se considere como este homem, um azarado. Mas, observe algo: aquele homem passou pela oportunidade de se tornar milionário e não entendeu. Passou pela oportunidade de se casar com uma princesa e ser o dono de um grande território, mas não entendeu. E no final, ainda deu ao seu predador a estratégia pra que ele mesmo fosse caçado! Este homem não discerniu as portas que se apresentaram diante dele! Deus lhe falou sobre elas antes! Tudo o que ele tinha que fazer era acessar as portas, mas ele estava tão preocupado em achar a oportunidade de Deus para a sua vida, que quando ela apareceu, ele não a discerniu. Amado, isso é o que Deus não quer pra nós em dois mil e dez. Deus quer que, passando pelo lobo, você o mate. Quando passar pela árvore, desenterre o tesouro e torne-se um príncipe abastado e case-se com a princesa! Deus tem um território amplo pra você em dois mil e dez! Assuma o palácio! Assuma o território! Olhe para a porta com os olhos de Deus, busque discernir a porta que está diante de você! Eu não quero deixar de acessar as portas que Deus tem pra mim neste ano que se inicia. Se você me conhece e me vir passar por alguma porta que Deus abriu, por favor, alerte-me! Não me deixe passar adiante sem acessar a porta que Deus tem colocado à minha frente. Ajude-me a discernir a porta! Se for o lobo, me avise! Grite! Não me deixe dar ao inimigo a estratégia que ele precisa para me vencer! Eu quero acessar o território amplo que o Senhor tem pra mim, eu quero acessar as riquezas espirituais que o Pai reservou pra mim para este ano!
Quando olhei para o número dois mil e dez, eu somei os algarismos e cheguei ao número três. O número três é o número da Trindade. O nosso Deus é um Deus único, mas é também um Deus triuno, ou seja, Ele se manifesta como Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo. Mas, três também é o número da terceira pessoa da Trindade – o Espírito Santo. À partir dessa observação, eu passei a entender que durante o ano que se inicia, nós teremos uma atuação de Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo de uma forma tremenda sobre as nossas vidas! Nós vamos experimentar de uma Paternidade tal que até aqui ainda não havíamos alcançado, não havíamos entendido, não havíamos aprendido! Nós vamos alcançar algo que ainda não havíamos alcançado sobre ser o Corpo de Cristo, ser Igreja, ser Noiva! E vamos ainda alcançar dons e manifestações desses dons espirituais, como ainda não vimos durante toda a nossa existência! O que estou compreendendo é que, se buscarmos diligentemente a face do Senhor, vamos experimentar a Paternidade de Deus, a unidade do Corpo e a manifestação dos dons e carismas do Espírito Santo como jamais vimos antes. Isso é plenitude de Deus em nós! Não virá “de mão beijada”, mas terá que ser buscado com diligência! Se este é mesmo um ano que aponta para o número três e para a terceira pessoa da Trindade – o Espírito Santo, nós teremos que andar afinados com Ele, teremos que andar ligados intimamente a Ele, teremos que parar para ouvir o que Ele tem a nos dizer e isso não se pode obter sem intimidade com Ele!
Então, eu quero lhe encorajar a mudar de vida. Deus está lhe dando uma outra chance. Seu casamento estava mal? Deus está lhe dando outra chance. Você estava mal profissionalmente? Deus está lhe dando outra chance. Você estava mal espiritualmente? Deus está lhe dando outra chance. Você estava mal fisicamente? Deus está lhe dando outra chance. Você estava mal emocionalmente? Ele está lhe dando outra chance. Você está recebendo de Deus um novo começo, a chance de escrever uma nova estória! “Uma nova estória Deus tem pra você. Um novo tempo Deus tem pra você. Você vai ouvir da boca Dele: Te abençoarei!” Não receba esta como sendo mais uma pregação formulada em cima da teologia da prosperidade, mas compreenda que, se quisermos, vamos experimentar muito de Deus no ano de dois mil e dez. Nós terminamos um ciclo. Nós completamos uma década. Dez é o número da Lei, é o número das nossas obrigações. Você venceu um ciclo, você cumpriu uma legalidade. Dois mil e dez será o ano de entrar na posse do que Deus tem pra você desfrutar. Então, comece este ano com temor no seu coração, com o desejo de ser amigo íntimo de Deus. Muitos querem ser Abraão para serem chamados amigos de Deus, ou para obter as promessas feitas a ele de ter uma herança, de ser próspero, de avançar e frutificar mesmo na velhice. Mas, poucos querem passar pelo relacionamento com Melquisedeque, poucos querem passar por Moriá! Moriá é o lugar onde eu sacrifico tudo o que amo para consolidar a minha aliança com Deus pela obediência! Moriá é o lugar de reafirmar a minha aliança com Deus pelo amor! Moriá é o lugar de revelar até que ponto chega a minha intimidade com Ele! As pessoas querem as promessas de Deus, mas não querem honrar a Deus. Deus disse a respeito de Jesus: Tu és sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedeque. Durante o ano de dois mil e dez, eu quero que você aprenda sobre a honra. A honra desata bênçãos espirituais e financeiras sobre as nossas vidas. Busque informações sobre a palavra honra e sobre a atitude de honrar. As portas que se abrirão diante de você vão requerer atitudes. A primeira atitude é passar pela porta, depois ouvir as instruções para prosseguir depois de haver passado pela porta. Em algumas portas você será desafiado a honrar. A honra poderá ser sobre os seus pais, seu cônjuge, sua liderança. Deus vai lhe dizer. Daí a necessidade de estarmos afinados com a voz de Deus. A voz de Deus tem uma tonalidade específica para cada ocasião. Nós precisamos discernir o tom da voz de Deus. Precisamos discernir qual seja a vontade diretiva de Deus e a vontade permissiva de Deus. Para isso precisaremos conhecer o tom da voz de Deus. Algumas vezes Deus nos adverte quanto a perigos iminentes, mas nós pela nossa insistência queremos avançar na direção do perigo. Como Deus nos advertiu, algumas vezes Ele nos deixa avançar na direção que desejamos. Mas, não significa que era isso exatamente o que Ele queria. Então nos tornamos presa fácil para o inimigo e depois, chorando, voltamos ao Senhor, pedimos perdão, arrependidos, e reconhecemos que Ele estava certo em não querer que fôssemos naquela direção. Não vamos então entregar ao inimigo a estratégia para que ele nos alcance e consiga nos ferir. Caminhemos na direção que Deus está apontando, porque a Sua vontade é boa, perfeita e agradável. Deus tem para nós um território amplo e espaçoso, um território de prosperidade a ser alcançado. As portas se abrirão diante de nós. Tenhamos o cuidado de discernir a porta, o anjo que está junto à porta e as instruções que ele tem a nos entregar. Ao passar pela porta, entre com o entendimento que você é Igreja, você é Corpo, você é Noiva. Passe pela porta discernindo que o Noivo vai amparar você, que o Pai vai proteger você, que o Espírito vai guiar você. Entre pela porta discernindo a Trindade, o Deus Pai, o Deus Filho e o Deus Espírito Santo. Uma vez que você entrou pela porta, entenda o que fazer: “Entrega ao Senhor o teu futuro, confia nele, que Ele vai agir”. Em dois mil e dez, ande com a cabeça erguida. Quem anda com a cabeça abaixada só pode ver a ponta do sapado, ou do chinelo, ou do tênis, ou dos dedos dos pés. Mas, se andarmos com a cabeça erguida, poderemos ver a porta diante de nós. Pare de olhar pra você mesmo como se fosse um derrotado. Abandone a auto-comiseração, repreenda os inimigos que vêm como aduladores dizendo: coitadinho de você, você não tem nada, não consegue nada. Diga não a esses inimigos em nome de Jesus e entre na terra da promessa que Deus tem pra você. Deus já pagou o dote pela Noiva. Toda a provisão para todas as necessidades já está liberada! Acesse as riquezas de que você tem necessidade, porque o dote já foi pago! Tudo está disponível! Tudo está acessível! Faça uso da sua identidade, acesse a dispensa e supra a sua necessidade. Jesus se tornou pobre para que fôssemos enriquecidos. As riquezas estão disponíveis aos discípulos de Jesus. Não há restrições. As riquezas estão disponíveis aos filhos. Os filhos têm acesso à dispensa. Continuaremos no processo de vencer o gigante da soberba, da rebelião e da murmuração. Precisaremos vencê-los diariamente também em dois mil e dez. mantenha a santificação, mantenha a vigilância contra a soberba e o orgulho, contra a insubmissão e a rebelião, contra a murmuração e a ingratidão. Eu desejo ver, nesse ano, a manifestação do Espírito Santo como nunca vimos antes entre nós. Minha oração é que alcancemos um relacionamento tão íntimo com o Senhor, que Ele deseje manifestar-se entre nós através do Seu Santo Espírito, com dons e carismas, realizando sinais, milagres, dando visões, revelações, trazendo libertação e cura. Invista em você durante este ano, invista no seu relacionamento com Deus, em sua vida espiritual.
Deus te abençoe e confirme as portas que se apresentarão diante de você.