Fundamentos Bíblicos

Desvendando o original hebraico

A palavra hebraica para dízimo é ma’asar, cuja raiz imediata é, como fica evidente, o número “dez” em hebraico (‘eser), pois o dízimo é a “décima parte”. Porém, a própria palavra ma’asar pode ser traduzida como “riquezas”, como ocorre em Provérbios 22.1: “Mais vale o bom nome do que as muitas riquezas (ma’osher)”. Isso porque o homem que possui riquezas, e que talvez oferte um bom dízimo, deve adequar não somente sua renda, mas seu caráter aos parâmetros divinos. Lembre que quando da entrega dos dízimos, muitos ricos estavam ofertando grandes quantias, mas a viúva, que tinham um “bom nome”, ou seja, um “bom caráter” (em hebraico, shem tanto significa “nome” quanto “caráter”) ofertou tudo que tinha e, segundo Jesus, em seu dízimo havia mais riqueza do que todos os demais (Marcos 12.41-44).

Além disso, a palavra ma’asar tanto pode significar “dízimo” como “riqueza”, pois aquele que oferta recebe em retorno muitas riquezas, não somente materiais, mas espirituais, como está escrito: “Dai, e dar-se-vos-á; boa medida, recalcada, sacudida, transbordante” (Lucas 6.38).

Por sua vez, tanto a palavra “dízimo” (ma’asar) o como o número “dez” (‘eser) são originados do termo ‘ashar, que significa “acumular”, “crescer”, “enriquecer”. Não porque somente os ricos têm capacidade de dizimar, mas porque quem é fiel a Deus em suas ofertas acumula para si bênçãos, cresce em graça em enriquece no amor e no conhecimento de Deus.

A raiz de ‘ashar é, por sua vez, ‘ash, que traz a ideia de “pressionar”, e também pode remeter ao “fogo” e ao “desespero”. O termo ‘ash é formado, em hebraico, por apenas duas letras, aleph (que significa “touro” e remete à ideia de “força”) e a letra shim (que significa “dente” e passa a ideia de “pressionar”). Unidas, as letras aleph e shim introduzem a ideia de uma “forte pressão abaixo”.
É por isso que, em hebraico, ‘ash significa “fogo”, pois este era conseguido através da pressão exercida por um graveto sobre um pedaço de madeira, cuja fricção produzia faíscas. Depois, colocava-se um pequeno pedaço de palha perto das faíscas, que, com a ajuda de assopros, fazia com que a palha se queimasse. Observe: não foi esse o processo pelo qual passou Abraão? Ele foi chamado (Gênesis 12), confrontado, provado, sentiu a pressão do desespero, enriqueceu (Gênesis 13), deu o dízimo a Melquisedeque (Gênesis 14) e fez uma aliança de fogo com Deus (Gênesis 15). Todas essas ideias (pressão, desespero, enriquecer, dízimo e fogo) estão contidas na raiz ‘ash.

O incrível é que a palavra ‘ash (relacionada a ‘ish) também pode significar “homem”, como em 2 Samuel 14.19: “Tão certo como vive a tua alma, ó rei, meu senhor, ninguém se poderá desviar, nem para a direita nem para a esquerda, de tudo quanto o rei, meu senhor, tem dito”. A expressão “ninguém” é, em hebraico, ‘im ‘ish (“nenhum homem”), onde “homem” está escrito da mesma forma que a palavra ‘ash, que dá origem a todos esses significados listados acima. Isso acontece porque foi através de um homem (‘ish) que, tendo provado o desespero (ya’ash), sendo pressionado e aprovado, deu-nos a possibilidade de reaproximação entre Deus, através de uma oferta não apenas da décima parte (ma’asar), mas de uma entrega total, como a da viúva. Oferta esta poderosa para nos dar acesso às maiores riquezas (ma’osher) celestiais e à comunhão com o fogo (‘esh) do Espírito Santo de Deus, e tornando-se fundamento (‘osh) de nossa fé, extinguindo todo pecado através do brilho (‘ashath) da sua glória.

::Por Daniel Lopez

Jornalista, mestre em Linguística e professor de Filosofia da Educação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), tendo estudado hebraico na Sinagoga ARI, em Botafogo – RJ.

daniel4310@terra.com.br / imersaoeintimidade@yahoo.com.br

Propósitos do Espírito Santo 4 – Ser guiado

Propósitos do Espírito Santo 4
Ser guiado

Seguindo a mesma linha de compreensão, ser guiado pelo Espírito Santo não é, necessariamente, manifestar os Seus carismas. Assim como o batismo do Espírito Santo, o ser cheio do Espírito Santo e o andar no Espírito, o ser guiado pelo Espírito também tem um propósito em Deus. A essência de tudo o que estamos estudando sobre a pessoa do Espírito Santo é que Ele deseja relacionar-Se conosco em intimidade. Ou seja, precisamos deixar de querer o Espírito Santo pelo que Ele pode nos dar, para O desejarmos por quem Ele é. O Espírito Santo foi enviado por Jesus para estar conosco todos os dias até a consumação dos séculos. A pergunta é: – como temos visto esta presença? O que ela tem significado para nós? Que importância damos a esta maravilhosa presença? Temos sido guiados pelo Espírito? O que a Bíblia diz sobre o ser guiado pelo Espírito?
Bem, de forma literal, o que a Bíblia diz sobre ser guiado pelo Espírito é muito pouco. Mas, indiretamente, muito! Porém, a essência do que a Palavra de Deus nos fala sobre o ser guiado pelo Espírito de Deus está escrito na carta de Paulo aos Romanos, no capítulo oito.
“Pois todos os que são guiados pelo Espírito de Deus, esses são filhos de Deus.” Rm. 8: 14
Qual é, então, a essência do ser guiado pelo Espírito? É esta, na minha opinião, a mais forte manifestação dos filhos de Deus. Estas são as únicas pessoas que podem desfrutar do privilégio de andar conforme o sopro da voz de Deus. O nosso Deus nos deu um destino e nos guia a este diariamente. Entretanto, podemos discernir o nosso destino melhor quando damos ouvidos à voz do Espírito Santo que habita em nós. Algumas pessoas estão vivendo sem propósito, sem direção, porque não conhecem a Deus e não se relacionam com o Seu Espírito. É o Espírito Santo quem nos guia, é Ele quem nos direciona e é à Sua voz que devemos ouvir. Se uma pessoa se diz cristão e não é guiada pelo Espírito de Deus, ela não pode se dizer filha de Deus! Num certo sentido, o Espírito Santo é como a mão de Deus nos guiando em todo o tempo na direção pela qual devemos seguir. Se esta mão não nos tem guiado, não é porque Ele não queira, mas, provavelmente, porque nós não O quisemos ouvir. Jesus anunciou que o Espírito Santo nos guiaria a toda a verdade. Como então alguns cristãos ainda vivem no engano? Se é o Espírito quem nos guia a toda a verdade e ainda estamos vivendo no engano, então podemos concluir de duas coisas, uma: ou não somos filhos de Deus, ou temos sido rebeldes à Sua voz.
“Quando vier, porém, aquele, o Espírito da verdade, ele vos guiará a toda a verdade; porque não falará por si mesmo, mas dirá o que tiver ouvido, e vos anunciará as coisas vindouras. 14 Ele me glorificará, porque receberá do que é meu, e vo-lo anunciará.” Jo. 16: 13 e 14

O homem guiado pelo Espírito Santo não toma decisões sozinho a respeito de nada. Todas as suas decisões precisam ser tomadas debaixo da orientação do seu Guia. É como se ele fosse um cego e necessitasse o tempo todo ser conduzido por outra pessoa que enxerga. E, espiritualmente falando, é exatamente isso. Como vamos nos conduzir pelo mundo espiritual sem enxergar nada? Precisamos, definitivamente, de um guia. E este guia é o Espírito Santo. Até nossas agendas precisam ser submetidas ao Espírito Santo. Não sabemos que planos Ele tem para nós no dia de hoje, então não podemos planejar nada sem antes ter uma “reunião” com Ele. Ele é o Guia, nós não saberemos nos conduzir pelas sendas espirituais sem que a Sua Poderosa mão nos tome. Isso é o que quer nos dizer o texto do Evangelho de João.

“O vento sopra onde quer, e ouves a sua voz; mas não sabes donde vem, nem para onde vai; assim é todo aquele que é nascido do Espírito.” Jo. 3: 8
Ou seja, não sabemos antecipadamente tudo o que faremos. Mas, se formos guiados pelo Espírito Santo, faremos exatamente o que Deus quer que façamos.
“Para a liberdade Cristo nos libertou; permanecei, pois, firmes e não vos dobreis novamente a um jogo de escravidão. 2 Eis que eu, Paulo, vos digo que, se vos deixardes circuncidar, Cristo de nada vos aproveitará. 3 E de novo testifico a todo homem que se deixa circuncidar, que está obrigado a guardar toda a lei. 4 Separados estais de Cristo, vós os que vos justificais pela lei; da graça decaístes. 5 Nós, entretanto, pelo Espírito aguardamos a esperança da justiça que provém da fé. 6 Porque em Cristo Jesus nem a circuncisão nem a incircuncisão vale coisa alguma; mas sim a fé que opera pelo amor. 7 Corríeis bem; quem vos impediu de obedecer à verdade? 8 Esta persuasão não vem daquele que vos chama. 9 Um pouco de fermento leveda a massa toda. 10 Confio de vós, no Senhor, que de outro modo não haveis de pensar; mas aquele que vos perturba, seja quem for, sofrerá a condenação. 11 Eu, porém, irmãos, se é que prego ainda a circuncisão, por que ainda sou perseguido? Nesse caso o escândalo da cruz estaria aniquilado. 12 Oxalá se mutilassem aqueles que vos andam inquietando. 13 Porque vós, irmãos, fostes chamados à liberdade. Mas não useis da liberdade para dar ocasião à carne, antes pelo amor servi-vos uns aos outros. 14 Pois toda a lei se cumpre numa só palavra, a saber: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo. 15 Se vós, porém, vos mordeis e devorais uns aos outros, vede não vos consumais uns aos outros. 16 Digo, porém: Andai pelo Espírito, e não haveis de cumprir a cobiça da carne. 17 Porque a carne luta contra o Espírito, e o Espírito contra a carne; e estes se opõem um ao outro, para que não façais o que quereis. Mas, se sois guiados pelo Espírito, não estais debaixo da lei. 19 Ora, as obras da carne são manifestas, as quais são: a prostituição, a impureza, a lascívia, 20 a idolatria, a feitiçaria, as inimizades, as contendas, os ciúmes, as iras, as facções, as dissensões, os partidos, 21 as invejas, as bebedices, as orgias, e coisas semelhantes a estas, contra as quais vos previno, como já antes vos preveni, que os que tais coisas praticam não herdarão o reino de Deus. 22 Mas o fruto do Espírito é: o amor, o gozo, a paz, a longanimidade, a benignidade, a bondade, a fidelidade. 23 a mansidão, o domínio próprio; contra estas coisas não há lei. 24 E os que são de Cristo Jesus crucificaram a carne com as suas paixões e concupiscências. 25 Se vivemos pelo Espírito, andemos também pelo Espírito.” Gl. 5: 1 – 25

Deste texto apreendemos que ao sermos guiados pelo Espírito somos livres da sentença de morte proveniente da Lei. Por quê? Porque o homem guiado pelo Espírito não vive na prática do pecado, porque é nascido de Deus e por conseguinte é filho de Deus.

Propósitos do Espírito Santo 3 – Andar, viver e frutificar no Espírito

PROPÓSITOS DO ESPÍRITO SANTO – PARTE 3
ANDAR, VIVER E FRUTIFICAR NO ESPÍRITO
“Digo, porém: Andai pelo Espírito, e não haveis de cumprir a cobiça da carne. 17 Porque a carne luta contra o Espírito, e o Espírito contra a carne; e estes se opõem um ao outro, para que não façais o que quereis. 18 Mas, se sois guiados pelo Espírito, não estais debaixo da lei. 19 Ora, as obras da carne são manifestas, as quais são: a prostituição, a impureza, a lascívia, 20 a idolatria, a feitiçaria, as inimizades, as contendas, os ciúmes, as iras, as facções, as dissensões, os partidos, 21 as invejas, as bebedices, as orgias, e coisas semelhantes a estas, contra as quais vos previno, como já antes vos preveni, que os que tais coisas praticam não herdarão o reino de Deus. 22 Mas o fruto do Espírito é: o amor, o gozo, a paz, a longanimidade, a benignidade, a bondade, a fidelidade. 23 a mansidão, o domínio próprio; contra estas coisas não há lei. 24 E os que são de Cristo Jesus crucificaram a carne com as suas paixões e concupiscências. 25 Se vivemos pelo Espírito, andemos também pelo Espírito.” Gl. 5: 16 – 25

Como temos discorrido nos últimos textos publicados, queremos compreender um pouco mais sobre a obra maravilhosa do Espírito Santo e que presente tão precioso é termos Sua Pessoa conosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Porém, mais que isso, queremos conhecer os propósitos de Sua presença e de Sua obra. Jesus disse:

“E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Ajudador, para que fique convosco para sempre, 17 a saber, o Espírito da verdade, o qual o mundo não pode receber; porque não o vê nem o conhece; mas vós o conheceis, porque ele habita convosco, e estará em vós.” Jo. 14: 16 e 17

Nada do que Jesus fez foi sem propósito, por isso, temos que concluir que até a vinda do Espírito Santo, anunciada por Ele, tem propósitos bem definidos. Já falamos sobre o Batismo do Espírito Santo, já falamos do enchimento do Espírito Santo e agora passamos a outro tópico deste tema, igualmente interessante. Rogamos ao Pai que ilumine os olhos do nosso coração e nos dê o espírito de revelação no pleno conhecimento de Cristo, para que possamos continuar caminhando no entendimento desse maravilhoso propósito.

Embora durante os anos da nossa vida cristã tenhamos ouvido muitas vezes que para obtermos uma vida vitoriosa, tudo o que temos a fazer é estudar a Bíblia e orar – o famoso jargão das vitaminas B e O, esse ensino torna-se falso quando levamos em conta o seguinte, por exemplo: uma pessoa pode estudar muito a Palavra de Deus, pode orar muito e nunca ter uma experiência pessoal com a pessoa do Espírito Santo. Ela poderá ter muito conhecimento teológico e uma boa vida devocional sem nunca vir a ser cheia do Espírito Santo. Um cientista pode estudar muito a Bíblia, mas se não houver nele o propósito de conhecer a pessoa de Cristo, ele poderá passar todos os anos da sua vida sem nem mesmo conhecer o Espírito Santo. Portanto, Bíblia e oração não são suficientes para uma vida cristã vitoriosa.
Mas, o que seria mesmo uma vida cristã vitoriosa?
Uma vida cristã vitoriosa implica na vitória do cristão sobre o pecado! Implica em não mais viver na prática do pecado. “Aquele que é nascido de Deus não peca habitualmente; porque a semente de Deus permanece nele, e não pode continuar no pecado, porque é nascido de Deus.” 1Jo. 3: 9
E o que é o pecado?
“Mas aquele que tem dúvidas, se come está condenado, porque o que faz não provém da fé; e tudo o que não provém da fé é pecado.” Rom 14:23

Tudo o que não provém da fé é pecado! Mas, como discernir o pecado se em mim não houver uma lei espiritual para me conduzir à santidade? Entendo, então, que assim como foi necessária a lei do pecado e da morte para que eu conhecesse aquilo que é contrário à Deus, tornou-se necessária a Lei do Espírito da vida para me conduzir àquilo que Lhe agrada pessoalmente. Porque, embora andando na carne, as armas da nossa milícia não são carnais. Ou seja, a nossa milícia, a nossa militância, a nossa carreira é espiritual e requer leis espirituais! E se somos espirituais, precisamos andar sob o governo do Espírito. Isso é mais do que simplesmente estudarmos a Bíblia e orarmos freqüentemente. Alguém poderá viver toda a sua vida dedicada à fé através da leitura sistemática da Palavra de Deus e da oração e ainda assim não se submeter ao governo do Espírito Santo.
Andar no Espírito, significa andar sob o Seu governo. Ou seja, tudo o que eu fizer será conseqüência do meu relacionamento com Ele. Sua Lei será o meu prazer, seus conselhos serão a minha busca diária, obedecer-Lhe será o meu alvo principal. O andar no Espírito é a única posição que me garante vitória sobre o pecado. Foi aqui, nesta posição, que Adão e Eva fraquejaram. Foi exatamente aqui que eles falharam e é no mesmo ponto que temos sucumbido. Escolhemos não depender do Espírito Santo para fazer qualquer coisa que seja. Escolhemos trabalhar e agir de acordo com as nossas competências desenvolvidas. Decidimos em nossas mentes carnais decaídas que o Espírito Santo demora muito em nos responder, por isso há decisões que preferimos tomar sozinhos sem Lhe ouvir os conselhos.
Quando o apóstolo Paulo escreveu aos Gálatas, vemos pelo contexto, ele falava da necessidade de amor entre os irmãos para que não houvesse julgamento de uns pelos outros. Quando ele fala que uns estavam devorando os outros, ele estava afirmando que eles, através do julgamento mútuo por causa de ensinos doutrinários, estavam-se destruindo. Uns defendiam a circuncisão, outros a incircuncisão. Paulo dizia que nem uma coisa, nem a outra era nada. “Porque a circuncisão somos nós, que servimos a Deus em espírito, e nos gloriamos em Cristo Jesus, e não confiamos na carne.” Fp. 3: 3 Aqueles irmãos estavam se esquecendo do amor supremo, que é fruto do Espírito manifesto na vida do cristão verdadeiro.
O andar no Espírito, em algumas traduções é escrito como andar pelo Espírito, querendo dizer que devemos caminhar sob a Sua poderosa influência. Mas, de uma forma ou de outra, o propósito é que sejamos vitoriosos contra o pecado. Aquele que anda no Espírito, obrigatoriamente, evidenciará o fruto do Espírito que é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio. Se estivermos atentos, veremos que a continuidade do versículo bíblico diz: contra estas coisas não há lei. Que tremendo! Paulo estava dizendo que não é possível que alguém nos condene por nenhuma destas práticas. Pode até ser que algumas pessoas nos critiquem por sermos longânimos, mansos, alegres; mas, será impossível que nos condenem! Contra estas coisas não há lei! Uma pessoa que anda no Espírito, ou sob a influência do Espírito, irá manifestar o fruto do Espírito. E isso é o que nos dará vitória contra o pecado e nos fará cumprir o propósito de andarmos no Espírito. A manifestação do fruto do Espírito em nossas vidas revela o nível de comunhão quem mantemos com Ele. Tudo o que o Espírito deseja é nos transformar à mesma imagem de Jesus. Isso não nos faz mais belos perante os homens, ao contrário. Vejamos o que a Bíblia no diz sobre a aparência de Jesus:
“Quem deu crédito à nossa pregação? e a quem se manifestou o braço do Senhor? 2 Pois foi crescendo como renovo perante ele, e como raiz que sai duma terra seca; não tinha formosura nem beleza; e quando olhávamos para ele, nenhuma beleza víamos, para que o desejássemos. 3 Era desprezado, e rejeitado dos homens; homem de dores, e experimentado nos sofrimentos; e, como um de quem os homens escondiam o rosto, era desprezado, e não fizemos dele caso algum.” Is. 53: 1 – 3
Jesus não era um homem de aparência bela como vemos em muitos filmes e ouvimos em algumas canções. Ele não era benquisto, ao contrário, era rejeitado. Mas, nós queremos ser aceitos por todos, queremos ser benquistos pelos homens. Enquanto que Jesus, em tudo, só quis agradar ao Pai não importando o que os homens pensavam ao seu respeito. O Espírito Santo quer nos tornar mais parecidos com Jesus, para que possamos nos tornar uma família para o Pai. E quando mais estivermos andando no Espírito, muito mais estaremos vivendo no Espírito e mais nos pareceremos com o Senhor Jesus. E quanto mais nos parecermos com Jesus, muito mais seremos guiados pelo Espírito.
Jesus foi tentado em tudo, porém, sem pecar. Este é o propósito de andarmos, vivermos e manifestarmos o fruto do Espírito.

“Pois todos os que são guiados pelo Espírito de Deus, esses são filhos de Deus.” Rm. 8:14

Propósitos do Espírito Santo 2 – Enchei-vos

PROPÓSITOS DO ESPÍRITO SANTO – Parte 2
Já temos compartilhado sobre o Espírito Santo e seus propósitos na vida do homem. Queremos, hoje, continuar falando sobre outro tópico relacionado ao mesmo tema que é o enchimento do Espírito Santo. No texto anterior abordamos o batismo do Espírito Santo como sendo algo dado por Jesus Cristo. “Ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo.” Já o enchimento do Espírito Santo é algo que diz respeito a uma ação do cristão, é uma ordem a ser cumprida por cada filho de Deus. Já não se trata de uma dádiva de Deus a nós simplesmente, mas algo que exige uma interação nossa, um posicionamento, uma postura. Pela Palavra de Deus entendemos que o enchimento do Espírito é como o alimento cotidiano; não podemos ficar sem ele. A instrução sobre o enchimento do Espírito Santo foi-nos dada por intermédio do apóstolo Paulo e encontra-se em sua carta aos Efésios, capítulo cinco.
“E não vos embriagueis com vinho, no qual há devassidão, mas enchei-vos do Espírito, 19 falando entre vós em salmos, hinos, e cânticos espirituais, cantando e salmodiando ao Senhor no vosso coração, 20 sempre dando graças por tudo a Deus, o Pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo, 21 sujeitando-vos uns aos outros no temor de Cristo.” Ef. 5: 18 – 21.

Veja que instrução clara! O apóstolo não apenas nos transmite a ordem de nos enchermos do Espírito Santo, como também nos dá a fórmula para alcançarmos este enchimento. Então, para ser cheio do Espírito Santo eu não tenho que “ir ao monte”, não tenho que freqüentar vigílias de oração, não tenho que fazer jejuns; embora todas estas coisas façam parte do dia a dia do cristão. Não se trata de algo que eu tenha que buscar em Deus, insistentemente, até alcançar, mas de uma atitude pessoal. Eu parto do princípio que para ser cheio do Espírito Santo eu preciso tê-Lo. Ele já está em mim. O enchimento do Espírito Santo passa a ser então uma conduta e não um momento pontual como no caso do batismo. É muito interessante observar que o texto começa contrastando a embriaguez do vinho com o enchimento do Espírito. Mas, porque o apóstolo utilizou-se desse recurso? Porque contrastar embriaguez com o enchimento do Espírito? Vamos pensar em uma situação prática: um grupo qualquer de pessoas se reúne em um determinado local para festejar algo. Normalmente, aqueles que não têm em suas vidas o governo de Jesus Cristo, entregam-se facilmente à bebida em ocasiões como esta. Ali eles começam a beber e beber, até que “a certa altura” percebe-se que os ânimos já estão mais exaltados, há um vozerio mais forte e as palavras saem quase que sem pensar da boca das pessoas. Então começamos a ouvir conversas muito diferentes no meio do grupo. Alguns falam das dificuldades no trabalho, do salário insuficiente, outros falam mal do “chefe”, do colega de trabalho, há outros que começam a comentar a respeito da secretária, das roupas que ela usa, das curvas do seu corpo. Em alguns casos, ocorrem ainda discussões calorosas que podem até terminar em agressões físicas. É muito comum observar situações assim em reuniões onde o Espírito Santo não pode manifestar-se. Agora veja onde está o contraste aplicado pelo apóstolo: Enchei-vos do Espírito – falando entre vós, ou seja, quando estiverem juntos. Ele está apontando para uma conduta que manifesta a presença de Deus entre nós. Ele está dizendo que, ao invés de estarmos murmurando, reclamando, devemos salmodiar! Isso nos fará pessoas cheias do Espírito! Ele disse que devemos cantar hinos e cânticos espirituais. Isso nos encherá do Espírito! Ele ainda estimula um coração grato diante de Deus, ou seja, dêem graças ao Pai por todas as coisas. Quando comecei a pensar neste texto, confesso que cheguei a perguntar a Deus: Senhor, como dar graças por algo de ruim que está me acontecendo? Como dizer: Obrigado Senhor, porque o meu carro está estragado na garagem e não posso utilizá-lo? Estou confuso! Então o Senhor me perguntou algo que me paralisou. Ele disse: você se lembra do meu servo Jó? Que susto eu tomei! Essa pergunta foi feita a Satanás quando ele vinha de rodear a terra e de passear por ela. Eu me senti muito envergonhado! Mas, comecei a meditar no que acontecera a Jó e me lembrei de que quando a sua esposa lhe “aconselhou” a que amaldiçoasse a Deus e morresse, a resposta dele foi muito simples e igualmente incisiva:
“Mas ele lhe disse: Como fala qualquer doida, assim falas tu; receberemos de Deus o bem, e não receberemos o mal? Em tudo isso não pecou Jó com os seus lábios.” Jó 2: 10
Esta fala de Jó revela o quanto ele compreendia sobre o lugar de Deus e o seu próprio lugar no Reino. Ele entendeu que todas as coisas, boas ou más, estão sob o governo de Deus, o Eterno, e que tudo o que estava acontecendo não eram obras do acaso e nem estavam fora do controle do Senhor. Pude então entender o que o Pai estava me falando. Nós, costumeiramente, atribuímos tudo o que de ruim nos acontece ao nosso adversário e nos esquecemos de que Deus tem muito a nos ensinar em meio às adversidades. O apóstolo Paulo que o diga: “E não somente isso, mas também gloriemo-nos nas tribulações; sabendo que a tribulação produz a perseverança, 4 e a perseverança a experiência, e a experiência a esperança; 5 e a esperança não desaponta, porquanto o amor de Deus está derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado.” Rm. 5: 3 – 5 Nada do que nos acontece é sem propósito! Até a tribulação que nos sobrevém tem um propósito em Deus. Jó já entendia isso há muito tempo atrás. Deixei de arrazoar com Deus sobre a gratidão pelas coisas não tão agradáveis que me aconteciam para dar lugar ao Espírito Santo pra que Ele me enchesse, enquanto meditava na Palavra. Afinal, ainda não havia acabado o assunto. Faltava ainda pensar sobre “sujeitando-vos uns aos outros no temor de Cristo.” Ainda contrastando com a atitude do homem sem o Espírito Santo, que em suas reuniões prefere a afronta, a discussão, a agressão, o conselho do apóstolo Paulo é que nos sujeitemos uns aos outros no temor de Cristo. Que fórmula tremenda! Que receita bem prescrita! Diga-me: como é possível não ser cheio do Espírito Santo adotando uma atitude como esta? Isso é lindo! Mas, há ainda um propósito em Deus ao nos orientar para que nos enchamos do Espírito. Qual é então este propósito? Observe os textos seguintes e que atitude havia nas pessoas de quem se disse que estavam, ou ficaram cheias do Espírito Santo.
“Ao ouvir Isabel a saudação de Maria, saltou a criancinha no seu ventre, e Isabel ficou cheia do Espírito Santo, 42 e exclamou em alta voz: Bendita és tu entre as mulheres, e bendito é o fruto do teu ventre! 43 E donde me provém isto, que venha visitar-me a mãe do meu Senhor? 44 Pois logo que me soou aos ouvidos a voz da tua saudação, a criancinha saltou de alegria dentro de mim. 45 Bem-aventurada aquela que creu que se hão de cumprir as coisas que da parte do Senhor lhe foram ditas.” Lc. 1: 41 – 45
“Zacarias, seu pai, ficou cheio do Espírito Santo e profetizou, dizendo: 68 Bendito, seja o Senhor Deus de Israel, porque visitou e remiu o seu povo, 69 e para nós fez surgir uma salvação poderosa na casa de Davi, seu servo; 70 assim como desde os tempos antigos tem anunciado pela boca dos seus santos profetas; 71 para nos livrar dos nossos inimigos e da mão de todos os que nos odeiam; 72 para usar de misericórdia com nossos pais, e lembrar-se do seu santo pacto 73 e do juramento que fez a Abrão, nosso pai, 74 de conceder-nos que, libertados da mão de nossos inimigos, o servíssemos sem temor, 75 em santidade e justiça perante ele, todos os dias da nossa vida.” Lc. 1: 67 – 75
“O parecer agradou a todos, e elegeram a Estevão, homem cheio de fé e do Espírito Santo, Filipe, Prócoro, Nicanor, Timão, Pármenas, e Nicolau, prosélito de Antioquia, 6 e os apresentaram perante os apóstolos; estes, tendo orado, lhes impuseram as mãos. 7 E divulgava-se a palavra de Deus, de sorte que se multiplicava muito o número dos discípulos em Jerusalém e muitos sacerdotes obedeciam à fé. 8 Ora, Estêvão, cheio de graça e poder, fazia prodígios e grandes sinais entre o povo.” At. 6: 5 – 8
“Todavia Saulo, também chamado Paulo, cheio do Espírito Santo, fitando os olhos nele, 10 disse: ó filho do Diabo, cheio de todo o engano e de toda a malícia, inimigo de toda a justiça, não cessarás de perverter os caminhos retos do Senhor? 11 Agora eis a mão do Senhor sobre ti, e ficarás cego, sem ver o sol por algum tempo. Imediatamente caiu sobre ele uma névoa e trevas e, andando à roda, procurava quem o guiasse pela mão.” At. 13: 9 – 11
Nestes textos encontramos características marcantes em todos aqueles de quem se diz: ficaram cheios do Espírito Santo. Havia gratidão no coração, uma atitude de adoração a Deus e a manifestação de sinais e prodígios. Aqui está o propósito para o enchimento do Espírito Santo. O testemunho de um cristão cheio do Espírito Santo fica evidente! Não é o que ele diz, mas o que revela! Vemos, novamente, que ser cheio do Espírito Santo não significa apenas a manifestação de dons espirituais como línguas estranhas, palavra de conhecimento, palavra de sabedoria, enfim. Mas, fala de uma atitude que revela aos outros a presença de Deus em nossas vidas. Ser cheio do Espírito nos fornece armas, instrumentos, para que a evangelização e o testemunho seja ainda mais eficaz, sendo acompanhado de sinais e prodígios. Mas, algo muito tremendo que também temos que observar é que aquele que é cheio do Espírito Santo, é também grato a Deus. Essa característica é observada em todos os que revelam estar cheios do Espírito. Daqui podemos tirar um ensino que servirá para toda a vida: quando observamos alguém próximo de nós com uma atitude de ingratidão, murmuração, precisamos entender que esta pessoa não está cheia do Espírito Santo. E se não está, que espírito pode estar governando a sua vida? Será que não há, muito perto dela, um espírito de trevas oprimindo e gerando uma atmosfera espiritual favorável à atuação do adversário? Não seria o caso de alertar esta pessoa sobre o perigo que ela corre? E se ela não quiser ouvir, não seria o caso de ver a possibilidade de sair de debaixo daquela atmosfera e gerar uma atmosfera favorável à presença do Espírito Santo tornando o ambiente mais agradável e possibilitando o enchimento do Espírito Santo até mesmo na vida do murmurador? Que o Senhor nos conceda graça para manter uma atitude de gratidão gerada por sermos cheios do Espírito Santo.

Propósitos do Espírito Santo 1

PROPÓSITOS DO ESPÍRITO SANTO – PARTE 1
Neste texto, não tenho a intenção de esgotar o assunto sobre a pneumatologia – a doutrina do Espírito Santo. O objetivo é trazer instrução prática sobre o nosso relacionamento com a pessoa do Espírito Santo, buscando eliminar pensamentos distorcidos sobre este assunto e nos aproximar mais do Senhor pelo ministério do Espírito Santo.
Inicialmente, quero abordar o batismo do Espírito Santo. Sempre nos relacionamos com o batismo do Espírito Santo diferentemente da maneira como nos relacionamos com o batismo do arrependimento pregado por João. Sempre que falamos ou alguém falar do assunto “batismo”, vamos ao significado da palavra, à sua etmologia. E para isso recorremos ao grego, onde temos a palavra baptizo que significa, literalmente, mergulho. Mas, é interessante que não pensamos da mesma maneira quando falamos do batismo do Espírito Santo. Geralmente, falamos do batismo do Espírito Santo como um meio para se alcançar dons espirituais, ou falamos da busca pelo poder do Espírito Santo, porém sem um propósito claro. Isso tem-se tornado um jargão evangélico muito utilizado, mas quando vamos à Palavra de Deus não encontramos como respaldar o referido jargão. Então, vamos trabalhar este tema de outra forma e trazer uma visão diferente daquela à qual estamos habituados.
O BATISMO DO ESPÍRITO SANTO
Partiremos do sentido literal do batismo. Se pensarmos desta forma, entenderemos que uma pessoa será batizada no Espírito Santo quando ela for mergulhada Nele.
“Eu, na verdade, vos batizo em água, na base do arrependimento; mas aquele que vem após mim é mais poderoso do que eu, que nem sou digno de levar-lhe as alparcas; ele vos batizará no Espírito Santo, e em fogo.” Mt. 3: 11
“respondeu João a todos, dizendo: Eu, na verdade, vos batizo em água, mas vem aquele que é mais poderoso do que eu, de quem não sou digno de desatar a correia das alparcas; ele vos batizará no Espírito Santo e em fogo.” Lc. 3: 16
“Eu não o conhecia; mas o que me enviou a batizar em água, esse me disse: Aquele sobre quem vires descer o Espírito, e sobre ele permanecer, esse é o que batiza no Espírito Santo.” Jo. 1: 33
Aqui vemos três homens diferentes relatando quem seria aquele que batizaria com o Espírito Santo. Nos três relatos, concluímos que o batismo do Espírito Santo é dado pelo Senhor Jesus – “Ele vos batizará.” João batizava com água para o arrependimento, mas Jesus batiza com o Espírito Santo. Precisamos entender algo muito interessante que Jesus estaria fazendo quando batizasse aos discípulos com o Espírito Santo. Quando paramos para observar a cultura oriental, entendemos que o discípulo quer ser como o seu mestre em tudo o que for possível. Lendo o relato da vida de Elias e Eliseu, por exemplo, verificamos que Elias pediu a Elizeu que lhe dissesse o que desejava receber dele quando ele fosse tomado pelo Senhor. A resposta do discípulo foi imediata, concisa, definitiva: “eu quero porção dobrada do teu espírito.” Apesar de dizer que era algo duro o que Elizeu pediu, Elias prometeu-lhe que se o seu discípulo estivesse com ele quando fosse tomado para o Senhor, ele lhe concederia o que havia pedido. E não foi exatamente o que aconteceu? Elias, ao ser tomado em um “carro de fogo e seus cavaleiros”, deixou cair a capa que usava, à qual Elizeu tomou para si. Com esta capa ele começa o seu ministério profético na mesma unção que estava sobre Elias. Imagine agora qual era o sentimento que passava pelo coração dos discípulos ao verem Jesus curando enfermos, ressuscitando mortos, subjugando demônios, trazendo vista aos cegos, enfim. Nunca lhe passou pela cabeça que eles desejaram em seus corações obter porção dobrada do espírito de Jesus? Veja o relatório dado por eles ao retornarem de uma missão à qual o seu Mestre lhes designara: “Voltaram depois os setenta com alegria, dizendo: Senhor, em teu nome, até os demônios se nos submetem.” Lc. 10: 17 Que alegria havia no coração daqueles homens! Eu não tenho dúvida de que eles queriam receber do espírito que estava sobre Jesus e que é por isso que Ele lhes fez a promessa do Espírito. Mas, que propósito há no batismo com o Espírito Santo? Que propósito havia no coração de Jesus em compartilhar com os seus discípulos o Espírito Santo? O que nos diz Isaías 61: 1 – 3 “O Espírito do Senhor Deus está sobre mim, porque o Senhor me ungiu para pregar boas-novas aos mansos; enviou-me a restaurar os contritos de coração, a proclamar liberdade aos cativos, e a abertura de prisão aos presos; 2 a apregoar o ano aceitável do Senhor e o dia da vingança do nosso Deus; a consolar todos os tristes; 3 a ordenar acerca dos que choram em Sião que se lhes dê uma grinalda em vez de cinzas, óleo de gozo em vez de pranto, vestidos de louvor em vez de espírito angustiado; a fim de que se chamem árvores de justiça, plantação do Senhor, para que ele seja glorificado.”
Como fica mais claro para nós olhando por este ponto de vista! O Espírito do Senhor Deus está sobre mim para…

1 – pregar boas-novas aos mansos
2 – restaurar os contritos de coração
3 – proclamar liberdade aos cativos
4 – proclamar abertura de prisão aos presos
5 – apregoar o ano aceitável do Senhor e o dia da vingança do nosso Deus
6 – consolar a todos os tristes
7 – a ordenar acerca dos que choram em Sião que se lhes dê uma grinalda em vez de cinzas
8 – óleo de gozo em vez de pranto
9 – vestidos de louvor em vez de espírito angustiado
10 – que se chamem árvores de justiça, plantação do Senhor, para que ele seja glorificado
Meu Deus! Como não prestamos atenção à Sua Palavra! Por quanto tempo temos ensinado aos novos convertidos a buscarem o batismo do Espírito Santo e não lhes damos uma motivação correta! A instrução da Palavra é tão simples! O propósito é tão simples! Porque erramos em coisas tão simples?
Jesus queria compartilhar o Espírito Santo com os seus discípulos para que eles continuassem a realizar o ministério na terra, já que Ele estava indo para o Pai para nos preparar lugar. Em outras palavras, Ele estava dizendo o seguinte: filhos, eu comecei esta tarefa de reunir os irmãos para o encontro com o Pai. Vou compartilhar com vocês o mesmo espírito que está em mim para que vocês continuem a fazer o que eu comecei. Vocês serão mergulhados no Espírito Santo e então receberão poder para realizar a obra que vos tenho confiado. Que obra Jesus? “Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; 20 ensinando-os a observar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos.” Mt. 28: 19 e 20 Este é o propósito do batismo no Espírito Santo! Senão, vejamos: “Porque, na verdade, João batizou em água, mas vós sereis batizados no Espírito Santo, dentro de poucos dias. 6 Aqueles, pois, que se haviam reunido perguntavam-lhe, dizendo: Senhor, é nesse tempo que restauras o reino a Israel? 7 Respondeu-lhes: A vós não vos compete saber os tempos ou as épocas, que o Pai reservou à sua própria autoridade. 8 Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém, como em toda a Judéia e Samária, e até os confins da terra.” At. 1: 5 – 8 “Partiu Ananias e entrou na casa e, impondo-lhe as mãos, disse: Irmão Saulo, o Senhor Jesus, que te apareceu no caminho por onde vinhas, enviou-me para que tornes a ver e sejas cheio do Espírito Santo. 18 Logo lhe caíram dos olhos como que umas escamas, e recuperou a vista: então, levantando-se, foi batizado. 19 E, tendo tomado alimento, ficou fortalecido. Depois demorou- se alguns dias com os discípulos que estavam em Damasco; 20 e logo nas sinagogas pregava a Jesus, que este era o filho de Deus.” At. 9: 17 – 20
Está claro que o batismo do Espírito Santo não tem outro propósito senão que sejamos habilitados para evangelizar com poder e autoridade! É para que ao nos verem as pessoas desejem ter o que nós temos, dizendo: você tem algo diferente e eu quero ter o que você tem. E nesse momento, não sejamos tímidos ao dizer que o que temos não é ouro, nem prata, mas é o poder de Deus para todo aquele que crê! Aleluia! O que nós temos é o mesmo espírito que ressuscitou a Jesus dentre os mortos! “E, se o Espírito daquele que dos mortos ressuscitou a Jesus habita em vós, aquele que dos mortos ressuscitou a Cristo Jesus há de vivificar também os vossos corpos mortais, pelo seu Espírito que em vós habita.” Rm. 8: 11 Fomos batizados – mergulhados no mesmo Espírito! O propósito de Deus para nós está muito claro! Jesus disse: “O Espírito do Senhor Deus está sobre mim… hoje se cumpriu esta Escritura aos vossos ouvidos.” Lc. 4: 18 – 21 Este é o propósito do batismo do Espírito Santo! Se você é batizado pelo Espírito Santo, esta é a mensagem que sua vida deve carregar. Você não deve andar tímido como se o Evangelho fosse a banana do final da feira. Aquele produto que ninguém quer comprar mesmo, então você vai barateando o preço até que alguém, finalmente, se interesse. Não, meu irmão! O Evangelho é o poder de Deus! Você deve perguntar: você quer que Jesus governe a sua vida? Você deve perguntar: vai tudo bem com você? E aguardar que a pessoa lhe diga se realmente vai tudo bem. E quando alguém lhe perguntar se vai tudo bem com você, você deve responder prontamente: sim, vai tudo bem comigo. O meu Senhor governa! O Seu amor incomparável já me alcançou! Eu sou amado, suprido, provido de tudo o que tenho necessidade! O meu Senhor tem conduzido tudo a bom termo. E se Ele de fato governa a sua vida, as pessoas verão no seu olhar, na sua maneira de falar, no seu comportamento, que, de fato, Jesus governa todas as coisas em sua vida. E isso atrairá a glória para o Seu bendito Nome! Que o Senhor te abençoe, querido! E que você cumpra o propósito do batismo do Espírito Santo em seu dia a dia.